UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA ROSILAINE GOMES DE SANTANA COSTA UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES NO ENSINO DE FÍSICA São Cristóvão - SE Abril, 2013. ROSILAINE GOMES DE SANTANA COSTA UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES NO ENSINO DE FÍSICA Dissertação apresentada ao Núcleo de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática, da Universidade Federal de Sergipe, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ensino de Ciências e Matemática. Orientador: Celso José Viana Barbosa São Cristóvão - SE Abril, 2013. FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Costa, Rosilaine Gomes de Santana C837e Um estudo bibliográfico sobre a utilização de mapas conceituais como ferramenta de avaliação da aprendizagem: algumas considerações no ensino de física / Rosilaine Gomes de Santana Costa; orientador Celso José Viana Barbosa. – São Cristóvão, 2013. 128 f.: il. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências Naturais e Matemática)–Universidade Federal de Sergipe, 2013. 1. Física – Estudo e ensino. 2. Pesquisa bibliográfica. I. Barbosa, Celso José Viana, orient. II. Título CDU 53:37 iv AGRADECIMENTOS A Deus, por sempre me dar forças, sabedoria e paciência para conseguir realizar meus objetivos. Ao meu orientador, pela paciência, pelos incentivos, dedicação e empenho com que conduziu a orientação desta pesquisa. Aos meus familiares, em especial, a minha mãe Fátima que sempre me incentivou e proporcionou condições para que eu pudesse chegar até aqui. Aos colegas do NPGECIMA, pela convivência e troca de experiências durante o período do mestrado. Em especial, ao meu esposo Fábio, pela paciência e compreensão que me dispensou. A Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (FAPITEC/SE), pela bolsa concedida. Em fim, a todos os amigos com os quais pude compartilhar, durante o período do mestrado, diversos momentos de alegria e de dificuldades. v “Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho. A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda”. Paulo Freire vi COSTA, R. G. S. Um estudo bibliográfico sobre a utilização de Mapas Conceituais como ferramenta de avaliação da aprendizagem: algumas considerações no ensino de física. 2013. 128f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão-SE, 2013. RESUMO Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica, do tipo revisão sistemática sem metanálise, realizada em diversos periódicos nacionais e internacionais e nas atas das Conferências Internacionais sobre Mapas Conceituais (MC) com o objetivo de analisar como vêm sendo desenvolvidas as pesquisas que utilizam MC como ferramenta de avaliação da aprendizagem dos estudantes e que estabelecem critérios para avaliá-los. O objetivo de utilizar MC é verificar a aprendizagem dos alunos em relação aos conteúdos trabalhados em sala de aula, obtendo informações sobre os conceitos aprendidos de forma significativa, aqueles que não foram aprendidos e os aprendidos de forma incorreta, verificando se esses alunos conseguiram estabelecer as relações dos novos conceitos com os conhecimentos já existentes na sua estrutura cognitiva. Foi possível observar, por meio da análise da metodologia dos artigos, que há um número significativo de trabalhos, de um universo de 105, que utilizam MC como ferramenta de avaliação em diferentes áreas, dentre elas a Física, e com diversas metodologias. Foi perceptível ainda a preocupação dos autores em estabelecer critérios para verificar/avaliar se os MC elaborados pelos alunos atingiram os objetivos desejados. Espera-se que essa pesquisa possa orientar professores/pesquisadores que pretendam trabalhar com tal ferramenta de avaliação da aprendizagem, que, embora tenha grande importância para o ensino, ainda é pouco utilizada no meio educacional. Palavras-Chave: MC, Avaliação, Aprendizagem, Pesquisa Bibliográfica, Ensino de Física. vii COSTA, R. G. S. A bibliographical study on the use of Concept Maps as an assessment tool of learning: some considerations on the teaching of physics. 2013. 128f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão-SE, 2013. ABSTRACT This work is a bibliographical research, which is a systematic review without meta-analysis, performed in various national and international journals and proceedings in the International Conferences on Concept Maps (CM) aiming to analyze how the researches which make use of CM are being developed as an assessment tool to of student learning and it also establishes criteria to evaluate them. The goal in using CM is to check students’ learning process regarding to the contents learned in the classroom, getting information about the concepts learned significantly, as well as those who have not been learned or learned incorrectly, making sure that these same students were able to establish connections between the new concepts and the already existing knowledge in their cognitive structure. It was observed through the analysis of the methodology of the researched articles, that there is a significant number of works, from a universe of 105, making use of CM as an assessment tool in different areas, including Physics, and with different methodologies. It was also noticeable a certain concern from the authors in establishing criteria to check/assess whether CM prepared by students achieved the desired goals. It is hoped that this research can guide teachers/researchers who intend to work with such an tool of learning assessment, which, although greatly important to education, is not widely used in the educational environment. Keywords: CM, Assessment, Learning, Bibliographic Research, Teaching of Physics. viii Lista de Figuras Figura 1. Os significados das experiências são um conjunto do pensamento, sentimentos e ações.................................................................................................. 05 Figura 2. MC com os cinco elementos que um caso educacional compreende: formando, professor, conhecimento, avaliação e contexto........................................ 06 Figura 3. Um MC mostrando as características dos MC. Eles costumam ser lidos progressivamente de cima para baixo........................................................................ 09 ix Lista de Quadros Quadro 1. Mostra os objetivos de algumas pesquisas relativas à utilização dos MC como ferramenta de avaliação........................................................................... 17 Quadro 2. Mostra como os MC foram avaliados..................................................... 29 x Lista de Gráficos Gráfico 1: Quantidade de pesquisas em cada nível versus níveis de ensino em que as pesquisas foram desenvolvidas.................................................................. 23 Gráfico 2: Quantidade de pesquisas versus disciplinas do ensino fundamental e médio................................................................................................................... 24 Gráfico 3: Porcentagem de artigos relacionados à importância de treinar os alunos para a confecção de MC............................................................................. 25 Gráfico 4: Porcentagem de alunos que possuíam, ou não, experiência na montagem de MC nos artigos encontrados............................................................ 26 Gráfico 5: Quantidade de MC montados pelos alunos........................................ 27 Gráfico 6: Quantidade de artigos em que os MC foram montados individualmente, em grupos e/ou duplas................................................................ 28 Gráfico 7: Quantidade de MC versus tipo de construção dos MC (Por meio de seleção de Conceitos (S-MAP), Fill in (F-MAP) ou Construa o MC (C-MAP))....... 41 Gráfico 8: Quantidade de artigos versus tipo de montagem do MC..................... 42 Gráfico 9: Quantidade de artigos versus critérios utilizados para análise dos MC.......................................................................................................................... 43 Gráfico 10: Pesquisas que foram desenvolvidas na área de Ensino de Física no âmbito nacional e internacional......................................................................... 45 Gráfico 11: Quantidade de pesquisas que foram desenvolvidas na área da física nos diversos níveis de ensino....................................................................... 46 xi Lista de Apêndices Apêndice A (Tutorial sobre o Cmap Tools).......................................................... 63 Apêndice B (Quadro que mostra os resultados da análise da metodologia dos 105 trabalhos que foram pesquisados em periódicos nacionais, internacionais e nas atas das Conferencias Internacionais sobre MC)............................................. 79 Apêndice C (“Vê” do conhecimento)...................................................................... 102 xii Lista de Anexos Anexo A (Dez passos que devem ser seguidos para facilitar a montagem dos MC).......................................................................................................................... 104 Anexo B (Estratégias para a introdução de MC desde o grau sete do ensino básico até o nível universitário)............................................................................... 105 Anexo C (Critérios de análise de MC mais utilizados e que estão descritos na literatura - Novak e Gowin, 1996)............................................................................ 108 Anexo D (Critérios de análise de MC mais utilizados e que estão descritos na literatura - Cañas et al, 2006)................................................................................. 110 Anexo E (Critérios de análise de MC mais utilizados e que estão descritos na literatura - Miller e Cañas, 2008)............................................................................. 111 Anexo F (Critérios de análise de MC mais utilizados e que estão descritos na literatura - Yoval, 2006)........................................................................................... 113 xiii SUMÁRIO 1. Introdução................................................................................................ 01 2. A Teoria da Educação de Novak............................................................ 04 2.1 Mapas Conceituais (MC) como ferramenta de organização do conhecimento..................................................................................................... 07 3. A avaliação............................................................................................... 13 3.1. O Mapa Conceitual como ferramenta de avaliação................................ 16 4. Metodologia............................................................................................. 19 5. Resultados e discussões....................................................................... 23 6. Considerações finais.............................................................................. 47 Referências bibliográficas.......................................................................... 52 Apêndices..................................................................................................... 63 Anexos.......................................................................................................... 104 xiv CAPÍTULO 1 Introdução “A avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como problematizadora, questionamentos, reflexão sobre a ação. Educar, fazer ato de sujeito, é problematizar o mundo em que vivemos pra superar as contradições, comprometendo-se com esse mundo para recriá-lo constantemente.” (GADOTTI, 1984, p.52). A dicotomia entre o ato de ensinar e o de avaliar é vivenciada pelos educadores como dois momentos distintos e não relacionados. Porém, é imprescindível que se observe a relação entre esses dois atos, tendo em vista que a avaliação é um tema preocupante e de grande interesse para a educação. É necessário que se repensem as práticas de ensino a fim de que estejam constantemente preocupadas com a promoção da transformação social e não com sua manutenção inconsciente. Para que isso aconteça, é preciso possuir clareza sobre os atos aplicados a fim de que eles reflitam decisões explícitas relacionadas ao trabalho pedagógico. Por isso, o processo de avaliação não pode ser algo pontual e mecânico, e sim contínuo, com a função não de classificação, mas de qualificação. Buscam-se assim, novas alternativas de avaliação tanto no ensino de Física como no ensino das demais disciplinas. É imprescindível que os professores adotem/utilizem métodos avaliativos que complementem ou superem as tradicionais formas de avaliação utilizadas nas escolas, ou seja, métodos avaliativos que possibilitem a exposição de como o conhecimento foi organizado e construído na estrutura cognitiva dos estudantes. A avaliação não deve estar relacionada unicamente à atribuição de nota, simplesmente para classificar os alunos, criando um ambiente de exclusão. Esse sistema deve ser utilizado concomitantemente a outros meios avaliativos, que priorizem o aspecto qualitativo e proporcionem a visualização de elementos não observados por meio da utilização única de provas tradicionais. Um dos métodos de avaliação qualitativa é denominado MC. Esse método vem sendo utilizado em diversas pesquisas de nível nacional (Santana e Viana-Barbosa, 2011; Santana e Viana-Barbosa, 2012a) e internacional (Santana e Viana-Barbosa, 2012b) como instrumento didático de avaliação da aprendizagem. 1 Inicialmente, essa pesquisa visaria analisar os MC elaborados por estudantes a fim de estabelecer alguns critérios, bem como mostrar os já existentes na literatura e definir quais seriam os melhores critérios para se analisar um MC, comprovando a aprendizagem ou não dos alunos. Porém, no decorrer de sua elaboração, foi percebido que não bastaria mostrar os melhores critérios de análise de um MC sem ao menos ressaltar a melhor forma de aplicá-lo em sala para obter evidências de aprendizagem com relação a algumas questões, como a quantidade de MC que cada aluno deve montar, o número de integrantes que deve construí-los, a necessidade, ou não, de se realizar uma fundamentação teórica referente ao seu uso em sala de aula e disponibilizar um período para treinamento quanto à ferramenta, a especificação das disciplinas e dos níveis de ensino em que os MC podem ser utilizados, entre outras observações que podem ser feitas por meio da análise de trabalhos encontrados em uma pesquisa bibliográfica. Sabe-se da necessidade de se atribuir uma nota ao aluno, fazendo a análise dos MC construídos por ele, pois o próprio sistema de ensino exige que o aluno seja avaliado com uma pontuação de 0 a 10, mas essa nota pode ser atribuída fazendo-se uma análise quantitativa e qualitativa dos MC. A primeira análise pode ser feita por meio do estabelecimento de critérios que pontuem os MC dos alunos, enquanto a segunda, observando se os conceitos estão corretos por meio do diagnóstico das proposições, ligações cruzadas e de outros elementos. Porém, não basta somente estabelecer sistemas de pontuação de MC para verificar se os alunos obtiveram uma aprendizagem significativa, é necessário observar todo o processo, desde as instruções de como se deve elaborar um MC até a sua avaliação, pois diversos fatores podem levar à elaboração de um MC eficaz ou ineficaz. Por meio da análise dos trabalhos encontrados na literatura que abordam o uso de MC como ferramenta de avaliação da aprendizagem, percebe-se que há necessidade de se realizar uma síntese do desenvolvimento das pesquisas que utilizam MC como ferramenta de avaliação e assim definir parâmetros e categorias que serão essenciais para o desenvolvimento de novas pesquisas nessa área. A questão foco que essa pesquisa pretende responder é: como são desenvolvidas as pesquisas que utilizam MC como ferramenta de avaliação da 2 aprendizagem dos alunos que facilita e evidencia a aprendizagem significativa? Dentro desta questão, surge outra questão específica: os autores de tais pesquisas estabelecem critérios para análise/avaliação dos MC? Para responder a essas perguntas, essa pesquisa bibliográfica, tipo revisão sistemática, realizada em periódicos nacionais, internacionais e nas atas das Conferências Internacionais (2004, 2006, 2008, 2010 e 2012) sobre MC, analisa se esses trabalhos abordam o uso de MC como ferramenta de avaliação da aprendizagem e se os autores estabelecem critérios para avaliação dos MC construídos pelos alunos. Esta pesquisa tem sido desenvolvida com base nos trabalhos de Toigo, Moreira e Costa (2012); Ruiz-Primo e Shavelson (1996), pois ambos realizaram uma revisão da literatura. O primeiro trabalho trata-se da análise de pesquisas que utilizam MC como estratégia didática e de avaliação, já o segundo procura analisar algumas pesquisas que tratam da utilização do MC como ferramenta de avaliação, além de estabelecer sistemas de pontuação. Esse trabalho pretende servir de subsídio a professores e pesquisadores que desejam trabalhar com MC como ferramenta de avaliação e pretendem utilizar critérios para validar os conceitos expostos nos mesmos. Esta dissertação está dividida em seis capítulos. No primeiro capítulo faz- se uma discussão sobre a necessidade de inserção do MC como ferramenta de avaliação em sala de aula, além de apresentar todo o trabalho de pesquisa. No capítulo 2, aborda-se a Teoria da Educação de Novak, mostrando seus elementos fundamentais, além de fazer uma síntese sobre MC. No capítulo 3 conceitua-se a avaliação escolar e discute-se o que é considerado avaliação em grande parte das escolas, propondo ainda o MC como ferramenta de avaliação que pode ser utilizada juntamente com a avaliação considerada tradicional. No capítulo 4, aborda-se a metodologia utilizada por meio de discussões sobre o que é uma pesquisa bibliográfica tipo revisão sistemática sem metanálise. No capítulo 5 são apresentados os principais resultados dessa pesquisa, por meio da sistematização e categorização dos artigos, mostrando também os resultados em gráficos e quadros, junto a algumas considerações sobre o uso de MC no ensino de Física. O capítulo 6 traz algumas considerações finais sobre a análise dos trabalhos encontrados. 3 CAPÍTULO 2 A Teoria da Educação de Novak A Teoria da Educação de Joseph D. Novak é muito ampla e tem a aprendizagem significativa como parte integrante. Foi criada por David P. Ausubel, porém, alguns estudiosos afirmam que deveria ser considerada teoria da aprendizagem significativa de Ausubel e Novak, pois a partir do momento em que Ausubel abandonou a psicologia educacional, todo o trabalho de divulgação e refinamento dessa teoria foi feito por Novak. Mais adiante essa teoria será retomada. Para Novak (2000), uma educação bem sucedida deve concentrar-se além do pensamento do aluno. Os sentimentos e as ações também são importantes no processo educativo. É por isso que se devem considerar três tipos de aprendizagem relacionados a esses três aspectos: a aprendizagem cognitiva, relacionada à aquisição do conhecimento; aprendizagem afetiva, que se refere à alteração dos sentimentos e emoções; e a aprendizagem psicomotora, relacionada ao aumento das ações físicas ou motoras ou do desempenho. São esses três tipos de aprendizagem que contribuem para que os seres humanos lidem com a vida diária. Foi a partir desses aspectos (pensamentos, sentimentos e ações) que Novak construiu a sua Teoria da Educação. A figura 1 mostra um MC em que os pensamentos, os sentimentos e as ações formam juntos os significados de experiências. 4 Figura 1: Os significados das experiências são um conjunto do pensamento, sentimentos e ações. (NOVAK, 2000, p. 10). A ideia fundamental da Teoria da Educação de Novak é a de que qualquer acontecimento educativo é uma ação partilhada que procura trocar significados e sentimentos entre o aluno e o professor. Essa ideia pode ser explicada após a citação dos seus cinco elementos. Joseph Schwab propôs que a educação envolvesse o que ele denominava “quatro lugares comuns” (SCHWAB, 1973 apud NOVAK, 2000, p. 10), que são: formando (aluno), professores, assunto (currículo) e meios (contexto). Partindo da experiência que tinha em suas pesquisas, Novak observou que grande parte do que acontece no ensino depende das formas de avaliação utilizadas e assim propôs a avaliação como complemento aos “quatro lugares comuns”. Novak preferiu utilizar a denominação elementos a lugares comuns. Logo, os cinco elementos de Novak que compreendem um caso educacional são: formando, professor, conhecimento, contexto e avaliação. A figura 2 mostra um MC em que os cinco elementos de Novak estão presentes num caso educativo e combinam-se para constituir ou reconstruir o significado das experiências. 5 Figura 2: MC com os cinco elementos que um caso educacional compreende: formando, professor, conhecimento, avaliação e contexto. (NOVAK, 2000, p. 11). A troca de significados entre professor e aluno, que é obtida por meio da interação entre os cincos elementos de Novak, tem como principal objetivo almejar uma aprendizagem significativa. A aprendizagem significativa é um conceito-chave na Teoria da Educação de Novak. Como já foi abordado, sua teoria é muito ampla e a aprendizagem significativa é apenas uma parte dela. Para Novak, A aprendizagem significativa está subjacente à integração construtiva do pensamento, dos sentimentos e das ações que levam à capacitação humana quanto ao compromisso e à responsabilidade. (NOVAK, 2000, p. 15). Já para David P. Ausubel a aprendizagem significativa é a ideia central da sua teoria, um processo por meio do qual uma nova informação é relacionada a aspectos relevantes da estrutura cognitiva do indivíduo. Para que ela ocorra de fato, três condições deverão ser atendidas: o indivíduo deve possuir os conhecimentos prévios (ou seja, os requisitos necessários para ancorar as novas informações); predisposição para aprender; e o material utilizado precisa ser potencialmente significativo. 6 Porém, quando os conceitos relevantes necessários para ancorar as novas informações não existem na estrutura cognitiva do indivíduo, novas informações têm que ser aprendidas mecanicamente. Para Novak, A aprendizagem mecânica é sempre necessária quando um indivíduo adquire informação, em uma área do conhecimento, completamente não relacionado ao que ele já sabe. [...] Elementos de conhecimento aprendidos mecanicamente ficam distribuídos de maneira arbitrária na estrutura cognitiva; eles não são ligados a conceitos especificamente relevantes na estrutura cognitiva (NOVAK, 1981, p. 59). Os MC e os diagramas em “Vê” são duas importantes ferramentas para o ensino, na visão de Novak e Gowin (1996), e servem para evidenciar a aprendizagem significativa. Segundo eles, os MC ajudam os educadores e alunos a perceber os significados dos materiais de aprendizagem, enquanto os diagramas em “Vê” ajudam-nos a penetrar na estrutura e no significado do conhecimento que procuram compreender. Além disso, os autores citam a influência positiva que esses dois instrumentos podem ter no ensino, na aprendizagem e no currículo. A seguir, descreveremos as principais características dos MC, uma vez que é o tema e o objeto de pesquisa desse trabalho. 2.1 Mapas Conceituais como ferramenta de organização do conhecimento Os MC foram criados por Joseph D. Novak em 1972 dentro de um programa de pesquisa desenvolvido na Universidade de Cornell, que, por meio de entrevistas com crianças, buscava acompanhar e entender as mudanças na maneira como elas compreendiam a ciência (NOVAK e MUSONDA, 1991 apud NOVAK e CAÑAS, 2008, p. 10). Esse programa baseava-se na psicologia da aprendizagem de David Ausubel, cuja ideia central é a de que a aprendizagem se dá por meio do processo de assimilação de novos conceitos a conceitos preexistentes na estrutura cognitiva do aprendiz, ou seja, uma nova informação adquire significados para ele quando se ancora a aspectos relevantes da sua estrutura cognitiva. Novak propôs que esses MC são uma eficiente forma de organizar o conhecimento. [...] À medida que os alunos adquiriam capacidades e experiência com a construção de MC, declaravam que estavam a aprender a aprender. Começavam a tornar-se melhores na aprendizagem significativa e descobriram que podiam reduzir ou eliminar a necessidade de aprendizagem por memorização. (NOVAK, 2000, p. 27). 7 A partir daí, surge então a ideia da utilização de MC a fim de encontrar uma ferramenta que melhor representasse a compreensão conceitual, tanto nas pesquisas, como em diversos campos do conhecimento. Mas o que vem a ser um MC? Se essa pergunta for feita a alunos, professores e pesquisadores, talvez muitos não saibam responder com exatidão o que é, qual a sua finalidade e principalmente qual a sua importância e contribuição para o ensino. Todos esses questionamentos não são fáceis de serem respondidos em virtude da pouca ou nenhuma aplicação dessa ferramenta nos meios educacionais, onde são insuficientes as formas de avaliação da aprendizagem, bem como as maneiras de verificar se os alunos conseguiram associar um novo conceito a outro já existente na sua estrutura cognitiva. Pode-se então definir MC como diagramas hierárquicos que servem para mostrar as relações significativas entre vários conceitos. Novak e Gowin (1996) afirmam: Os MC têm por objetivo representar relações significativas entre conceitos na forma de proposições. Uma proposição consiste em dois ou mais termos conceituais ligados por palavras de modo a formar uma unidade semântica. (NOVAK e GOWIN, 1996, p.31). Para melhor entendimento desse conceito, segue abaixo, na figura 3, um exemplo no qual um especialista expõe sua visão sobre algumas particularidades do próprio MC. 8 Figura3. Um MC mostrando as características dos MC. Eles costumam ser lidos progressivamente de cima para baixo (NOVAK e CAÑAS, 2010, p.3). Percebe-se, por meio desse exemplo, algumas características e elementos que compõem um MC: • Os conceitos devem estar dentro de diagramas e interligados por linhas; • Uma proposição pode ser formada por dois conceitos, sendo que entre esses dois conceitos deve haver uma palavra de ligação; • O MC deve ser hierárquico (Novak e Gowin, 1996), isto é, apresentar os conceitos mais gerais e mais inclusivos no topo, acima dos conceitos mais específicos e menos inclusivos; 9 • A presença de ligações cruzadas indica que o autor fez inter-relações não hierárquicas entre segmentos distantes do MC, as quais estabelecem novas relações entre conceitos. As características do MC da figura 3, citadas anteriormente, são importantes para verificar se o mesmo foi bem elaborado, levando em consideração a sua estrutura e a quantidade e validade dos conceitos interligados e das proposições formadas. Porém, ressalta-se que não há um modelo rígido para se elaborar MC. Não se pode classificá-los em corretos ou incorretos, existem apenas alguns mais completos que outros, pois cada um representará a estrutura cognitiva de determinado indivíduo. Entretanto, é necessário observar se estão corretas as palavras de ligação e os conceitos empregados. Novak e Gowin (1996) associam o conceito de MC a mapas rodoviários, além de enfatizar que, depois de uma tarefa de aprendizagem, os mesmos podem mostrar um resumo do que foi aprendido. Porém, diferentemente dos mapas rodoviários, Moreira e Buchweitz, (1987) afirmam que cada MC deve ser visto como “um MC” e não como “o MC”, pois cada um representa a estrutura de conhecimento de um indivíduo e a forma como os conceitos foram assimilados na estrutura cognitiva. Os MC servem para tornar claro, tanto aos professores como aos alunos, o pequeno número de ideias chave em que eles se devem focar para uma tarefa de aprendizagem específica. Um MC também pode funcionar como um mapa rodoviário visual, mostrando alguns dos trajetos que se podem seguir para ligar os significados de conceitos de forma a que resultem proposições. (NOVAK e GOWIN, 1996, p. 31). Além da utilização dos MC para representar a estrutura conceitual de cada indivíduo, Novak (2000) afirma que um dos papeis fundamentais que eles podem desempenhar é ajudar um grupo ou equipe a apreender e chegar a um consenso sobre seus conhecimentos comuns, relativamente a qualquer questão ou conjunto de questões de interesse da equipe. A utilização dessa ferramenta em sala de aula não exige equipamentos ou materiais sofisticados, apenas predisposição do professor para tentar inovar suas práticas, pois para montagem dos mesmos basta apenas lápis e papel ou se preferir um computador, uma vez que eles podem ser editados por meio do programa Cmap Tools, que foi desenvolvido e é distribuído gratuitamente pelo Institute for Human 10 Machine Cognition (IHMC) da Universidade da Florida, apresentando uma estratégia cognitiva para representação do conhecimento, além de recursos para formatação dos MC, como imagens, vídeos, textos, sons, planos de fundo, diferentes fontes e até mesmo outro MC. Encontra-se nos apêndices desse trabalho um tutorial para auxiliar os alunos, professores e pesquisadores desde a instalação do Cmap Tools à edição dos MC (Apêndice A). Sugere-se que o professor, ao iniciar a tarefa de ensinar aos alunos a montagem dos MC, parta de um tema familiar e posteriormente solicite que eles elaborem outro MC sobre um tema específico da disciplina, pois a montagem dessa ferramenta torna-se complexa quando não há um período de experiência com ela e principalmente quando não houve entendimento significativo do conteúdo. Nos anexos (Anexo A) dessa dissertação mostram-se os dez passos que devem ser seguidos para facilitar a montagem de MC (Novak, 2000). Há também uma tabela (Anexo B) que mostra estratégias para a introdução de tais MC desde o grau sete do ensino básico até o nível universitário. Essa tabela serve de base para estudantes, professores e pesquisadores que tenham interesse em utilizar e aperfeiçoar essa ferramenta em sua sala de aula (Novak e Gowin, 1996). Dentro e fora da sala de aula o MC poderá ser utilizado de diferentes formas com diversas finalidades: • Para diagnosticar os conhecimentos prévios dos alunos - caso o professor queira coletar as concepções prévias dos mesmos antes de trabalhar o conteúdo, pois os MC podem funcionar como um instrumento de entrevista; • Como planejamento do currículo - os MC auxiliam os professores a planejar toda uma disciplina, um tópico, uma unidade, um experimento de laboratório e entre outros; • Para resumir conteúdos e fazer anotações - de textos, seminários ou do conteúdo a ser estudado para a prova; • Como instrumento avaliativo – os MC podem ser úteis na avaliação da aprendizagem dos alunos e evidenciar se eles conseguiram aprender os conceitos abordados em uma disciplina; • Para proporcionar um consenso entre um grupo ou equipe – ajudando- os a acordar seus conhecimentos comuns (Novak, 2000). Assim como qualquer outra ferramenta utilizada no meio educacional, é necessário que se verifiquem as vantagens e desvantagens da sua utilização e por 11 isso serão aqui destacadas, a fim de contornar e evitar algumas situações que não propiciem uma aprendizagem eficaz. No trabalho de Moreira e Buchweitz (1987), eles destacam algumas vantagens da aplicação dos MC em sala de aula: 1) Enfatizar a estrutura de uma disciplina e o papel dos sistemas conceituais no seu desenvolvimento; 2) Mostrar que os conceitos de uma certa disciplina diferem quanto ao grau de inclusividade e generalidade e apresentar esses conceitos numa certa ordem hierárquica de inclusividade que facilite a aprendizagem e retenção dos mesmos; 3) Promover uma visão integrada do assunto e uma espécie de “listagem” daquilo que foi abordado nos materiais instrucionais. (MOREIRA e BUCHWEITZ, 1987, p. 41 e 43). Outra vantagem da utilização dos MC é aplicá-los como forma de avaliação da aprendizagem e assim verificar se o aluno realmente aprendeu todos os conceitos trabalhados pelo professor em uma determinada unidade. Identificar também os conceitos não aprendidos ou aprendidos de forma incorreta e assim possibilitar um melhoramento no processo ensino-aprendizagem e mudanças nas práticas educativas, quando necessário. Além dessas vantagens podemos destacar ainda algumas possíveis desvantagens do uso indevido dos MC: 1) Se o mapa não tiver significado para os alunos, eles poderão encará-lo apenas como algo mais a ser memorizado; 2) Os mapas podem ser muito complexos ou confusos e dificultar a aprendizagem e retenção, ao invés de facilitá-las; 3) A habilidade dos alunos para construir suas próprias hierarquias conceituais pode ficar inibida em função do fato de que já recebem prontas as estruturas propostas pelo professor segundo sua própria percepção e preferência. (MOREIRA e BUCHWEITZ, 1987, p. 43). Todas essas desvantagens podem ser apenas aparentes se o professor procurar explicar aos seus alunos a real função dos MC e introduzi-los em sala de aula quando os mesmos tiverem conhecimento de como se dá a sua montagem. Além disso, é necessário conscientizar os alunos de que não existe um MC ideal e completo, cada MC poderá estar em constante modificação e tornar-se mais elaborado e com um número maior de conceitos interligados à medida que novos conceitos são incorporados à estrutura cognitiva do aprendiz. 12 CAPÍTULO 3 Avaliação A avaliação é um processo essencial para a vida humana e por isso funciona como fator indispensável para a educação. Ela deve exercer o papel de orientar os alunos quanto aos seus conhecimentos e mostrar se os mesmos estão progredindo, pois a função da avaliação é fazer a apreciação dos dados relativos ao processo de ensino e aprendizagem a fim de ajudar os educadores a tomar decisões sobre o seu trabalho e proporcionar melhorias ao ensino e à aprendizagem dos alunos. Ou seja, a avaliação reflete o nível de qualidade do trabalho escolar dos docentes e discentes. No entanto, na prática escolar, o real significado da avaliação tem sido distorcido, pois professores utilizam a avaliação como forma de punir e disciplinar os estudantes. Segundo o Referencial Curricular da Rede Estadual de Ensino de Sergipe, a avaliação não deve ser concebida como instrumento de poder. A avaliação da aprendizagem deve ser balizadora, diagnóstica e contínua. Deve ainda contemplar todas as dimensões da formação humana, desde o conhecimento científico desenvolvido, sobretudo na Escola, até os valores, atitudes e comportamentos pré-existentes em que todos esses aspectos devem ser contemplados no processo de avaliação. (SERGIPE, 2011, p. 15). Os professores, na maioria dos casos, valorizam o produto, ou seja, o resultado final, sem ao menos tentar observar e compreender o processo que levou os alunos a darem determinadas respostas, tornando a avaliação um instrumento de pressão e controle, funcionando como “arma” contra os alunos, a fim de que seus objetivos sejam alcançados. A concepção de avaliação para os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) contradiz essa prática, afirmando que a avaliação não deve funcionar contra o aluno, mas compreender um processo que envolve aluno, professor e sistema escolar. A avaliação é considerada um elemento favorecedor da melhoria de qualidade da aprendizagem, deixando de funcionar como arma contra o aluno. É assumida como parte integrante e instrumento de auto-regulação do processo de ensino e aprendizagem, para que os objetivos propostos sejam atingidos. A avaliação diz respeito não só ao aluno, mas também ao professor e ao próprio sistema escolar (BRASIL, 1997, p. 42). 13 A avaliação escolar cumpre, na visão de Libâneo (1994), pelo menos três funções: pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle, não podendo ser consideradas isoladamente. - A função pedagógico-didática se refere ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e específicos da educação escolar [...] - A função de diagnóstico permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e a atuação do professor que, por sua vez, determinam modificações [...] - A função de controle se refere aos meios e à frequência das verificações e de qualificação dos resultados escolares, possibilitando o diagnóstico das situações didáticas [...] (LIBÂNEO, 1994, p. 196 e 197) Porém, percebe-se que a prática de avaliação nas escolas se restringe à função de controle em que as formas de avaliar os alunos ocorrem por meio de provas e realização de exames atribuindo notas e classificando os alunos. Para estudiosos da área, dentre eles Luckesi (2005), a prática realizada pelas escolas usualmente denominada de avaliação da aprendizagem pouco tem a ver com avaliação, constitui-se muito mais de provas e exames. Segundo Catani e Gallego (2009), essa prática constitui verificação da aprendizagem e não avaliação. [...] as provas e os exames têm por objetivo verificar o nível de desempenho dos educandos em certos conteúdos e classificá-los mediante o uso de notas de zero a dez ou conceitos denominados A, B, C, D e E, quase sempre associados a um intervalo numérico, ou indicações como superior, inferior, sem-rendimento, muito satisfatório, satisfatório, pouco satisfatório. (CATANI e GALLEGO, 2009, p. 28 e 29). É possível questionar-se se as notas atribuídas dessa forma aos alunos serviriam para comprovar de fato o que eles sabem sobre um determinado assunto ou até mesmo se servem para medir o nível de aprendizagem dos mesmos. Esta característica das provas/exames, segundo Luckesi (2005), tem sua origem na escola moderna, que se sistematizou nos séculos XVI e XVII com a cristalização da sociedade burguesa. [...] a prática que conhecemos é herdeira dessa época, do momento histórico da cristalização da sociedade burguesa, que se constitui pela exclusão e marginalização de grande parte dos elementos da sociedade. A sociedade burguesa é uma sociedade marcada pela exclusão e marginalização de grande parte de seus membros. Ela não se constitui num modelo amoroso de sociedade [...] (LUCKESI, 2005, p. 169). Essa forma de avaliar a aprendizagem dos alunos tem sofrido várias críticas desde meados dos anos setenta e oitenta do século XX, porém só na década de noventa foi possível observar uma mobilização mais ampla por parte dos educadores em decorrência, especialmente, das disposições legais que tentam 14 romper com alguns paradigmas presentes há anos na cultura escolar (CATANI e GALLEGO, 2009). Um dos problemas relacionados à utilização única de provas tradicionais, nas quais se espera que os alunos resolvam questões muito similares às resolvidas em sala de aula com enunciados diretos que não lhes proporcionem dificuldades na resolução, é que quase sempre essas questões não abrangem todos os conteúdos. O que geralmente acontece é que, se porventura um aluno estudar os conteúdos referentes às questões que caíram na prova, obterá sucesso por meio de uma boa nota, enquanto aqueles que não estudaram tais conteúdos encontrar-se-ão na situação inversa. Além disso, esse tipo de avaliação incentiva a aprendizagem por memorização, gerando um ciclo vicioso em que algoritmos para resolução dos problemas e fatos são memorizados, sem desenvolver os conhecimentos dos alunos, sua estrutura conceitual e os princípios relacionados aos conteúdos estudados. Além das desvantagens apresentadas sobre a utilização de provas tradicionais, outro problema relativo a esse tipo de prova refere-se à pouca ou nenhuma discussão feita em momentos posteriores aos resultados obtidos nas provas. Os professores as veem como um fim, não aproveitando os momentos posteriores à correção para gerar discussões, mostrar os erros cometidos e gerar novas aprendizagens, evitando assim que tais erros ocorram novamente. Apesar dos problemas apresentados com relação à utilização da avaliação quantitativa é importante considerar que o entendimento correto de avaliação, na concepção de Libâneo (1994) consiste em considerar a relação mútua entre aspectos quantitativos e qualitativos. Não se deve considerar apenas o quantitativo, pois esse tipo de avaliação é visto apenas como instrumento de medida. Além disso, é preciso ter cuidado com o aspecto qualitativo para que a avaliação não se perca na subjetividade de professores e alunos. Por isso têm ocorrido mudanças na forma de avaliar os alunos. Ela vem sendo utilizada formativamente para melhorar a aprendizagem. Para Trumpower e Sarwar (2010), a utilização da avaliação formativa proporciona um feedback para melhorar o conhecimento do aluno sobre um determinado tema avaliado. [...] A avaliação formativa eficaz deve atender a quatro critérios: deve avaliar o conhecimento de ordem superior, identificar os pontos fortes e fracos dos alunos, fornecer feedback eficaz, e ser fácil de usar. (TRUMPOWER E SARWAR, 2010, p. 132); (Tradução nossa). 15 Com a avaliação formativa, que valoriza o processo de aprendizagem e centra-se em compreender o funcionamento da construção do conhecimento, deseja-se uma compreensão maior dos conteúdos e dos procedimentos avaliativos, pois é necessário dar atenção não somente aos alunos que se saem bem nas provas, mas também aos que não apresentaram bom desempenho, os quais podem aprender com seus erros. Assim, pode-se levar em consideração a ideia de Luckesi (2005), que define a avaliação da aprendizagem dos alunos como um ato amoroso, acolhedor, integrativo e inclusivo. Segundo ele, a avaliação tem por objetivo diagnosticar e incluir o educando pelos mais variados meios no curso da aprendizagem satisfatória, integrando todas as suas experiências de vida, pois a avaliação como ato diagnóstico tem por objetivo a inclusão e não a exclusão ou seleção (LUCKESI, 2005, p. 173). 3.1 O Mapa Conceitual como ferramenta de avaliação É na perspectiva de inserção de uma avaliação que enfatize o aspecto qualitativo (em que se almeja a aprendizagem significativa), isto é, a aprendizagem preocupada com a organização dos conceitos e proposições da estrutura conceitual dos estudantes, que Novak e Gowin (1996) propuseram a estratégia de MC para avaliação da estrutura cognitiva dos alunos e instrumentalizar a teoria da aprendizagem significativa. O MC como ferramenta de avaliação tem sido utilizado em pesquisas no Brasil desde as duas últimas décadas, nas quais os autores têm evidenciado sua importância, devido à sua aplicação e contribuição em diversas áreas, demonstrando que representam um caminho promissor na busca por melhores resultados de aprendizagem nas escolas e universidades. Dentre as vantagens da utilização do MC como ferramenta de avaliação da aprendizagem dos alunos, destaca-se: Nesse último caso, (em que os MC são utilizados para avaliar a aprendizagem), os MC ajudam a romper o paradigma da prova como instrumento quase exclusivo para essa finalidade. Além disso, a avaliação por meio de MC não ocorre com a intenção de testar conhecimentos e atribuir nota aos alunos para classificá-los, mas sim com o objetivo de obter informações sobre o tipo de estrutura que o aluno estabelece para um dado conjunto de conceitos. Os MC elaborados pelos alunos auxiliam na verificação das alterações nas suas redes cognitivas, por meio da 16 comparação das ligações entre os conceitos antes e depois dos momentos de aprendizagem. (CORREIA, JR e INFANTE-MALACHIAS, 2008, p. 485). O MC não direciona o aluno como se estivesse resolvendo uma questão fechada. Por meio dele há uma infinidade de maneiras de expor os conceitos que foram aprendidos. Essa característica torna as respostas individualizadas e permite aos alunos realizar uma série de inferências que exijam não somente o significado dos conceitos, mas das inter-relações entre os mesmos. Determinadas falhas provenientes da falta de clareza no ensino de um conceito são ocultadas na avaliação tradicional, mas podem ser observadas por meio da construção do MC. Tais observações são importantes para que se analise se os alunos assimilaram os conceitos de forma correta e que dificuldades foram encontradas. Desse modo podem-se estabelecer diferentes maneiras de abordagem do conteúdo em sala de aula. Por meio de buscas em periódicos, citados na metodologia dessa pesquisa, sobre a temática MC utilizado como ferramenta de avaliação, percebe-se que há dezenas de trabalhos que utilizaram tal meio visando diferentes objetivos. No quadro abaixo, procurei mostrar, de forma cronológica e sintética, os objetivos de alguns trabalhos relativos à utilização dos MC como ferramenta de avaliação da aprendizagem. Quadro 1: Mostra os objetivos de algumas pesquisas relativas à utilização dos MC como ferramenta de avaliação. OBJETIVOS CENTRAIS CASTIÑEIRAS et al Apresentar os resultados de um estudo transversal em que se explora, (1996) mediante MC, o grau de utilização de um modelo microscópico da matéria no domínio conceitual calor e temperatura por parte dos estudantes, alunos e alunas de diferentes níveis educativos da Escola Normal de Olavarría (R. Argentina) Pg. 11 GANGOSO Estudar a facilidade da incorporação de MC como estratégia para melhorar (1997) a estrutura cognitiva dos alunos e desse modo aumentar sua eficiência na resolução de problemas. Pg. 17 STRUCHINER, [...] apreender a estrutura cognitiva de alunos do último ano (sétimo VIEIRA e período) do curso de graduação em odontologia da UFRJ em relação à RICCIARDI (1999) temática do esmalte. Pg.55 COSTAMAGNA Utilizar MC para avaliar, em dois instantes diferentes e de forma (2001) comparativa, as relações dos alunos sobre a compreensão do organismo humano desde um enfoque integral. Pg. 312 SILVA e SOUSA [...] verificar a eficiência da utilização de MC como estratégia de ensino (2007) dos conceitos da Calorimetria no processo de promoção e avaliação da aprendizagem significativa de alunos de 2ª série do Ensino Médio. Pg. 63 17 MORENO et al. [...] apresentar e discutir critérios de análise de MC elaborados por pós- (2007) graduandos do Mestrado “Ensino em Ciências da Saúde” [...] Pg. 453 TOIGO e MOREIRA [...] relatar três experiências de inserção dos MC como estratégia de (2008) avaliação [...] Pg. 7 [...] ilustrar a potencialidade dos MC como facilitadores da aprendizagem significativa e da conceitualização quando utilizados isoladamente ou em conjunto com testes objetivos ou de resolução de problemas-tipo. Pg. 7 ALMEIDA e [...] apresentar os resultados de uma investigação que abordou as MOREIRA (2008) dificuldades de estudantes de graduação em física na aprendizagem de conceitos da óptica física, envolvendo concepções alternativas e a utilização de MC como instrumento didático para facilitar a aprendizagem significativa desses conceitos. Pg. 1 NUNES e PINO [...] apresentar a análise de uma estratégia didática, que utiliza MC, na (2008) disciplina de Química, numa proposta integradora dos componentes curriculares de Química e Biologia, com a finalidade de identificar e avaliar as relações que se constituem entre conceitos químicos, se há associação destes com aqueles da Biologia e uma melhor aprendizagem dos conceitos de Química pelos estudantes. Pg. 53 COGO et al. (2009) [...] objetiva avaliar a estratégia de utilização de MC elaborados com o software CmapTools, no curso na modalidade a distância denominado Introdução a Anamnese e ao Exame Físico de Enfermagem [...] Pg. 482 KRUMMENAUER e [...] relatamos uma experiência bem sucedida de ensino de Física com uma COSTA (2009) turma do Ensino Médio da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) na qual utilizamos a construção de MC como instrumentos de avaliação. Pg. 33 MARTINS, Utilizar diagramas conceituais no ensino da física, incorporados as aulas VERDEAUX e expositivas e demonstrativas, visando promover a aprendizagem SOUSA (2009) significativa de conteúdos de ondulatória, acústica e óptica em nível de ensino médio. Pg. 1 PACHECO e [...] utilizar o MC como organizador do conhecimento de um projeto de DAMASIO (2009) ciências. Pg. 180 RAZERA et al. [...] avaliar os resultados de um projeto de aprendizagem que utilizou MC, (2009) no ensino de Ciências da 7ª série, sobre a temática de zoologia [...] Pg. 235 AIZICZON e [...] implantar uma abordagem didática para a educação em Biofísica e CUDMANI (2010) Ciências da Saúde, que supere o Modelo de Recepção-transmissão. Pg. 90 SOUZA e [...] apresentar uma reflexão sobre as potencialidades do MC como BORUCHOVITCH estratégia de ensino/aprendizagem e ferramenta avaliativa. Pg. 195 (2010) Não se quer afirmar que MC são absolutos no processo de avaliação, mas se sabe da sua utilidade como uma ferramenta nesse processo. Sua validade decorre da necessidade de o professor analisar como o aluno está organizando e reorganizando sua estrutura cognitiva tendo em vista os novos conhecimentos adquiridos. 18 CAPÍTULO 4 Metodologia Esta pesquisa foi desenvolvida por meio de buscas de artigos que utilizaram MC como ferramenta para avaliar a aprendizagem dos alunos no âmbito nacional, em diversos periódicos do Brasil, e no âmbito internacional, em periódicos internacionais e atas das Conferências Internacionais sobre MC (International Conference on Concept Mapping). Nos periódicos nacionais o levantamento foi feito em revistas conceituadas relacionadas ao ensino de ciências, na área de ensino de física e em outros periódicos que surgiram por meio das referências dos artigos já lidos. Nos periódicos internacionais procurou-se pesquisar em alguns jornais e revistas reconhecidos na área de ensino de ciências e também em outros periódicos que surgiram por meio das referências dos artigos já lidos. Nas Conferências Internacionais sobre MC selecionaram-se os artigos que foram apresentados nos eventos dos anos 2004, 2006, 2008, 2010 e 2012, ou seja, em todas as edições que ocorreram. Por estar realizando uma revisão da literatura por meio da coleta de informações sobre determinado tema em diversas revistas, o tipo de investigação adotada consiste em uma pesquisa bibliográfica. Esse tipo de pesquisa também recebe outras denominações: revisão bibliográfica ou estudo bibliográfico. A revisão bibliográfica de trabalhos é um tipo de investigação que procura inventariar, sistematizar e avaliar a produção científica numa determinada área do conhecimento (FIORENTINI, 1994). É o passo inicial para o desenvolvimento de qualquer pesquisa, pois permite que o pesquisador tenha mais familiaridade com a problemática a ser investigada. Esse tipo de pesquisa é muito importante, pois são necessários referenciais teóricos para esclarecer, justificar e demonstrar os fenômenos estudados. Além disso, esses referenciais são as fontes dessa pesquisa, dados fundamentais para seu desenvolvimento. Dentre os vários tipos de estudos bibliográficos, Fiorentini e Lorenzato (2009) destacam três: a metanálise, os estudos do estado da arte e os estudos tipicamente históricos. 19 A metanálise trata-se de uma revisão sistemática de outras pesquisas que visa realizar uma avaliação crítica e/ou produzir novos resultados ou sínteses a partir do confronto desses estudos; os estudos do estado da arte tendem a ser mais históricos e procuram “inventariar”, sistematizar e avaliar a produção científica numa determinada área do conhecimento; os estudos tipicamente históricos utilizam geralmente fontes primárias (textos impressos, manuscritos e outros documentos originais) (FIORENTINI e LORENZATO, 2009, p. 103). Um conceito mais amplo encontrado na literatura sobre metanálise foi observado no trabalho de Sampaio e Mancini (2007). Metanálise é a análise da análise, ou seja, é um estudo de revisão da literatura em que os resultados de vários estudos independentes são combinados e sintetizados por meio de procedimentos estatísticos, de modo a produzir uma única estimativa ou índice que caracterize o efeito de (uma) determinada intervenção. (LAW e PHILP, 2002 apud SAMPAIO e MANCINI, 2007, p. 84). Além dos três tipos de pesquisa destacados por Fiorentini e Lorenzato (2009) pode-se citar ainda a revisão sistemática, que é uma forma de obter maior confiabilidade e rigor no desenvolvimento de pesquisas bibliográficas. Para Kitchenham (2004) a revisão sistemática é uma abordagem mais formal de sistematizar a revisão bibliográfica. Segundo ele: Uma revisão sistemática da literatura é um meio de identificar, avaliar e interpretar toda a pesquisa disponível e relevante para uma questão específica de pesquisa, área temática ou fenômeno de interesse. Estudos individuais que contribuem para uma revisão sistemática são chamados estudos primários; uma revisão sistemática é uma forma de um estudo secundário. (KITCHENHAM, 2004, p. 1); (Tradução nossa). O objetivo de se realizar uma revisão sistemática decorre da necessidade de resumir toda a informação existente sobre determinado assunto a fim de obter conclusões mais gerais sobre algum fenômeno. Essas conclusões servirão para explicar novos aspectos do fenômeno investigado, direcionando novas pesquisas em diversas áreas. O presente estudo enquadra-se num estudo bibliográfico do tipo revisão sistemática sem metanálise, pois não sistematiza dados por meio de métodos estatísticos e não segue rigorosamente um protocolo, ou seja, uma sequência de passos conforme o citado por Kitchenham (2004), Sampaio e Mancini (2007) e Atallah (1997). Para iniciar a revisão sistemática dos artigos, buscas foram feitas nas páginas das revistas, citadas mais adiante, por meio das palavras-chave “Mapas Conceituais” ou “Concept Map” ou “Conceptual Maps” em cada volume disponível. 20 Inicialmente, na etapa de seleção dos artigos era feita a leitura de seu resumo. Caso não ficasse explícito que se tratava da utilização do MC como ferramenta de avaliação da aprendizagem dos alunos, que facilita e evidencia a aprendizagem significativa, era realizada a leitura de partes ou de todo o artigo. Em outro momento, após a seleção dos artigos, foi feita uma leitura minuciosa da metodologia de cada trabalho, observando alguns elementos e estabelecendo categorias as quais serão descritas mais adiante nos resultados desta pesquisa. Por se tratar de um estudo bibliográfico, as buscas desses artigos foram feitas em nível nacional nos seguintes periódicos: Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Caderno de Saúde Pública, Ciências & Cognição, Ciência & Educação, Experiências em Ensino de Ciências, Investigações em Ensino de Ciências, Revista Brasileira de Ensino de Física, Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências e Texto e Contexto Enfermagem; já em nível internacional nos periódicos: Journal of Research in Science Teaching, Science Education, International Journal of Science Education, Journal of Research in Mathematics Education, European Journal of Engineering Education, Revista Electrónica de Investigación Educativa, Journal of Applied Social Psychology, Journal of Engineering Education, Medical Teacher, Teaching & Teacher Education e Teaching of Psychology. Destaca-se ainda que as buscas nos periódicos internacionais foram feitas por meio do portal da Capes, por isso não foi possível realizar pesquisas em algumas revistas consideradas importantes. Além disso, em grande parte das revistas pesquisadas, apenas os artigos publicados a partir do ano de 1996 estavam disponíveis. Os publicados em anos anteriores encontravam-se somente em forma de resumo. Por meio de buscas nos periódicos (nacionais e internacionais) e nas atas das Conferências Internacionais sobre MC, foi selecionado um universo de 105 artigos, distribuídos da seguinte forma: • Periódicos nacionais: 27 artigos • Periódicos internacionais: 20 artigos • Atas das Conferências Internacionais sobre MC: 58 artigos, sendo 2004 (10 artigos), 2006 (16 artigos), 2008 (11 artigos), 2010 (9 artigos) e 2012 (12 artigos). 21 Esses artigos foram categorizados, de acordo com as características que eram constantes aos artigos lidos, em relação aos seguintes critérios: nível de ensino, disciplina na qual os MC foram aplicados, quantidade de alunos envolvidos na pesquisa, quantidade de MC montados, organização do curso/pesquisa, tema(s) geradores dos MC, explicação da teoria e treinamento quanto ao uso dessa ferramenta, experiência na sua construção, período em que foram trabalhados, número de integrantes que os montou, MC apresentados/discutidos pelos alunos, avaliação do professor, forma como foram montados (manuscritos, montados com o auxílio do Cmap Tools, do power point ou de outro software) e tipo de construção (seleção de conceitos, fill in - preencher, construir e seleção de conceitos/fill in). É importante destacar que, na etapa de seleção dos artigos, só foram selecionados aqueles que trabalharam com MC como ferramenta de avaliação da aprendizagem em sala de aula e procuraram analisá-los ou avaliá-los por meio da utilização de algum critério, pois assim pode-se observar o nível de desempenho e aprendizagem dos estudantes nas atividades com MC. 22 CAPÍTULO 5 Resultados e Discussões Por meio da análise da metodologia dos 105 artigos encontrados nas revistas e nas conferências já citadas, foi possível observar alguns elementos e estabelecer categorias, as quais serão discutidas a seguir. Inicialmente observou-se nos artigos a disciplina e o nível de ensino em que as pesquisas foram desenvolvidas. Conforme se pode observar por meio do gráfico 1, mais de 40% das pesquisas foram desenvolvidas no ensino superior e logo em seguida vêm ensino fundamental e médio, curso técnico/formação e pós- graduação. 50 46 45 40 35 30 22 22 25 20 15 10 5 5 1 1 3 1 1 3 0 Gráfico 1: Quantidade de pesquisas em cada nível versus níveis de ensino em que as pesquisas foram desenvolvidas. O elevado índice de trabalhos no ensino superior pode ser explicado pela maior divulgação dessa ferramenta nesse nível de ensino, onde há incentivo e disponibilidade de tempo dos docentes para realizar pesquisas, pela falta de informação dos docentes nos demais níveis, tendo em vista a pouca utilização dos MC no meio educacional, ou pela indisponibilidade de tempo dos profissionais da educação básica, que pode ser justificada pela elevada carga horária de trabalho. 23 33 35 30 25 20 15 6 10 5 1 0 Ciências (Química, Matemática Física e Inglês Biologia) Gráfico 2: Quantidade de pesquisas versus disciplinas do ensino fundamental e médio. No ensino fundamental, destacaram-se as disciplinas matemática, ciências, inglês e química/física, enquanto no ensino médio as disciplinas química, física, matemática e biologia. Por meio da junção desses dois níveis de ensino pode- se observar, no gráfico 2, um predomínio das disciplinas relacionadas ao ensino de ciências (química, física e biologia), sendo as pesquisas na área da física aprofundadas posteriormente nesse trabalho. Em se tratando da análise de pesquisas que utilizam uma ferramenta pouco conhecida, aproximadamente 54% dos trabalhos indicam que os autores acharam importante e necessário treinar os alunos na montagem dos MC, como consta no gráfico 3. É importante destacar que em apenas 4% das pesquisas os autores não treinaram os estudantes devido ao fato de eles já conhecerem a ferramenta, enquanto em 42% os autores não informaram ou não deixaram explícito, no decorrer do texto, a apresentação ou não da ferramenta aos alunos bem como seu possível treinamento para utilizá-la. 24 42% Achou importante 54% Não treinou Não informa 4% Gráfico 3: Porcentagem de artigos relacionados à importância de treinar os alunos para a confecção de MC. No gráfico 4, observa-se que 10% dos autores afirmaram que os alunos possuíam experiência na montagem dos MC, 13% declararam que os alunos não tinham experiência e 77% não informaram se os alunos possuíam conhecimento de MC. Na fase de familiarização dos alunos com os MC, a maioria dos autores achou necessário que os primeiros MC dos alunos fossem elaborados a partir de um tema escolhido por eles ou quaisquer temas não relacionados aos conteúdos da disciplina. Essa metodologia foi utilizada pelos pesquisadores a fim de minimizar as dificuldades na hora da montagem da ferramenta bem como atrair o interesse dos alunos quanto ao seu uso. 25 10% 13% Possuem experiência Não possuem experiência 77% Não informa Gráfico 4: Porcentagem de alunos que possuíam, ou não, experiência na montagem de MC nos artigos encontrados. Analisando as pesquisas, no gráfico 5 percebe-se que em 13% dos trabalhos (14 pesquisas) os alunos montaram, em média, apenas um MC; em 11% (12 pesquisas) montou-se dois MC; em 6% (6 pesquisas) constam três; em 2% (2 pesquisas) foram montados quatro e seis; em 1% (1 pesquisa) elaborou-se sete e em 59% não consta a quantidade de MC elaborados; enquanto em 6% (6 pesquisas) os autores não informaram a quantidade de alunos envolvidos, logo, não foi possível observar a quantidade de MC montados por cada um deles. Percebeu-se assim que o número de MC construídos pelos alunos, na maioria das pesquisas, foi reduzido tendo em vista a complexidade e necessidade de um período maior de experiência quanto ao uso dessa ferramenta, pois estudos revelam, dentre eles o de Pacheco e Damasio (2009), que o aperfeiçoamento dos alunos ocorre na proporção em que aumenta o número de MC construídos por eles, ou seja, é necessário um tempo para que os alunos se adaptem ao uso da ferramenta e consequentemente refinem seus MC. 26 Um MC Dois MC 6% 13% Três MC Quatro MC 11% 6% Seis MC Sete MC Não informa 59% 2% Outros 2% 1% Gráfico 5: Quantidade de MC montados pelos alunos. A elaboração de poucos MC no desenvolvimento da maioria das pesquisas pode ser justificada, tendo em vista que eles não foram utilizados como foco principal durante toda a pesquisa e sim em alguma etapa, com a finalidade, dentre outras, de proporcionar melhor ordenação dos conceitos estabelecidos durante o processo (Petry, Lima e Lahm, 2010) e de funcionar como testes de avaliação (Moreira e Lagreca, 1998). É importante destacar que esses percentuais são referentes ao número de MC elaborados durante o desenvolvimento da pesquisa. Os MC elaborados na fase de treinamento não constam nesses percentuais. 27 60 55 50 40 30 16 18 20 10 5 5 2 4 0 Gráfico 6: Quantidade de artigos em que os MC foram montados individualmente, em grupos e/ou duplas. A maioria dos MC foram montados individualmente, de acordo com o gráfico 6. Percebe-se que a utilização dos MC em grupos também ganhou destaque entre as pesquisas, apresentando pontos positivos e negativos. Segundo Aiziczon e Cudmani (2010), a elaboração de MC em grupo é importante no processo de interação social e para promover mudanças significativas na estrutura cognitiva dos alunos; os MC construídos respeitam as características individuais de cada componente (Gangoso,1997) e; na fase de divisão dos grupos para iniciar o trabalho, busca-se incluir no mínimo um conhecedor da estratégia para auxiliar os demais integrantes do grupo (Toigo e Moreira, 2008). Entretanto, existem pontos negativos referentes à utilização dos MC em grupos, relacionados ao não favorecimento da avaliação do nível de aprendizagem de cada aluno, uma vez que, na construção de um MC em grupo pode ocorrer a colaboração de todos os componentes ou apenas de alguns, e por isso não se pode perceber como os conhecimentos estão organizados na estrutura cognitiva de cada aluno e como cada um assimilou as informações referentes a um determinado conteúdo. Almeida e Moreira (2008) sugerem que a tarefa de construção de MC seja realizada em grupos compostos por até três alunos a fim de não comprometer a participação de todos os estudantes. Por meio da categorização e análise da metodologia dos trabalhos encontrados nos periódicos nacionais e internacionais e nas atas das conferências, 28 notou-se que os autores procuraram avaliar os MC montados pelos estudantes nas pesquisas. Essa avaliação consistiu na utilização de critérios de análise de MC já existentes na literatura, no estabelecimento de novos critérios, na realização de uma análise conceitual dos MC, de uma análise temporal e de comparações dos MC dos estudantes com o do especialista. Todos esses critérios estão descritas no quadro 2. Os critérios de análise de MC já existentes na literatura mais utilizados pelos autores estão descritos nos Anexos C (critérios propostos por Novak e Gowin, 1996), D (taxonomia topológica de Cañas et al, 2006), E (avaliação semântica Miller e Cañas, 2008) e F (análise estrutural de MC - AEMC Yoval, 2006) dessa dissertação. Quadro 2: Mostra como os MC foram avaliados. Avaliação dos MC AZCÁRATE e Os MC foram avaliados por meio de comparações com o MC do GARCÍA (2012) especialista. Novos critérios: Observaram-se as hierarquias, ligações cruzadas, presença de conectores, os exemplos e a correção ou incorreção dos conceitos nos MC. GARCIA e ARABÍ A análise de MC consistiu na adaptação dos critérios propostos por (2012) Miller e Cañas, (2008), Iriarte (2010) e outros. Esses critérios estão relacionados com: a organização, relações entre conceitos, palavras de ligação, ligações cruzadas e recursos. CAVALCANTI e Os MC foram avaliados de acordo com a análise estrutural de MC LOURENÇO (AEMC) Yoval et al (2006) Onde: i) Cada MC transforma-se em uma (2012) matriz de associação na qual, a cada par de conceitos com um valor existente da relação, se atribui o valor 1; ii) As matrizes agregam-se, resultando em uma matriz final que indica o número total das relações para cada par de conceitos; iii) A adição das relações para cada conceito proporciona o número total das relações (R); iv) A razão entre as diversas relações e o número de relações possíveis indica a frequência de relações de um conceito com relação ao outro (F); v) Por meio da matriz final pode-se, com o uso da prova de Olmstead-Tukey, determinar quais dos conceitos são dominantes (alto R e alto F), constantes (baixo R e alto F), ocasionais (alto R e baixo F) e raros (baixo R e baixo F); vi) A licença da matriz final (um MC representativo para cada um dos grupos de alunos estudados) foi construída. Para isso, foram consideradas as relações presentes em pelo menos 25% de cada grupo. CAVALCANTI e Os MC foram avaliados de acordo com a análise estrutural (AEMC) de MAXIMIANO Yoval et al (2006), conforme se viu anteriormente. (2012) MARTÍNEZ et al Os MC foram analisados de acordo com os critérios propostos por (2012) Novak e Gowin (1996), que analisam as hierarquias, as relações válidas, ligações cruzadas válidas e significativas e os exemplos. MENDONÇA e Novos critérios: Os MC foram analisados com base nas seguintes SILVEIRA (2012) categorias: i) Mapa Bom (MB) - Indica uma maior aceitação do tema; ii) Mapa Regular (MR) – Indica baixa aceitação do tema ; e iii) Mapa Deficiente (MD) - Indica a falta de compreensão do tema em questão. 29 Além disso, os autores analisam os MC segundo as recomendações de Novak e Gowin (1996) observando o total de conceitos, as ligações, os níveis hierárquicos, as relações entre conceitos, as ligações cruzadas e a estrutura hierárquica. SILVEIRA, SOUSA Os MC foram submetidos a uma análise qualitativa, (Novak e Gowin, e MENDONÇA 1996). (2012) MERRILL (2012) Novos critérios: A análise dos MC foi feita por meio das mudanças nos níveis hierárquicos e da validade dos conceitos. VANHEAR (2012) Novos critérios: A análise foi feita por meio de observações quanto ao número de conceitos e proposições dos MC dos alunos. HARRELL et al Novos critérios: O método de análise e pontuação dos MC envolve uma (2012) contagem total de proposições corretas e classifica as proposições do MC como conceitos científicos e conceitos espontâneos conforme determinado pelo consenso de quatro especialistas. HILGER, Análise conceitual: Os autores procuraram analisar os MC verificando se MOREIRA e os mesmos compreendem a maioria dos conceitos abordados na PMTU GRIEBELER - Unidades de Ensino Potencialmente Significativas, além de verificar se (2012) os alunos expressam conceitos que são aceitos cientificamente na área de física quântica. SOIKA, REISKA e Os MC foram avaliados por meio do Cmap Analysis (Cañas, Bunch e MIKSER (2012) Reiska, 2010), que permite medir diferentes categorias: tamanho, qualidade e estrutura. CICUTO e Novos critérios: Os MC foram avaliados de acordo com a Aviz (análise CORREIA de vizinhança). A AViz utiliza o conceito obrigatório (CO) como um (2012) ponto privilegiado para analisar as proposições dos MC. RORATTO, Análise conceitual: Os autores fizeram uma análise dos MC observando NOGUEIRA e a apresentação ou não de indicativos de ocorrência de aprendizagem KATO (2011) significativa, observando a hierarquia, as ramificações, ligações cruzadas, etc. Avaliaram ainda os MC por meio de questionamentos aos alunos que os elaboraram. AIZICZON e Novos critérios: Análise dos MC de acordo com as seguintes categorias: CUDMANI (2010) correcta identificação dos núcleos conceituais fundamentais, relações significativas cientificamente corretas entre conceitos, ordenação hierárquica, MC ou seqüência linear, resolução sobre o uso de curinga e criatividade na elaboração do MC. ALMEIDA e Estabeleceram-se três categorias para comparar o mapa do especialista FONTANINI (2010) com o mapa dos alunos (conceitos relevantes, relações expressas adequadamente e relações que indicam poder de transferência). Novos critérios: Além de fazer uma análise dos MC com o intuito de sinalizar a ocorrência ou não da diferenciação progressiva, da reconciliação integrativa, dos níveis de hierarquia, etc. CORREIA, SILVA Um procedimento comparativo, envolvendo o professor, três e especialistas em mapeamento conceitual e os alunos, foi utilizado para JUNIOR (2010) avaliar os MC. SILVEIRA e Análise conceitual: Os autores observaram se os conceitos presentes MILTÃO nos MC apresentaram conexões lógicas, além de tentar descrever o que (2010) os alunos pensam sobre determinados temas utilizados para construção dos MC. ÁVILA e Novos critérios: A análise dos MC foi feita de acordo com: Processo de BORGHT (2010) construção: estilos e etapas de construção; Produto topológico (quantidade de conceitos, níveis de hierarquia, pontos de ramificação e número de ligações diferentes) e semântico (tema do MC, classe de 30 proposição e relação não explícita); Sequência de leitura: validação topológica (relação: linhas narrativas e estrutura, elementos adicionados e elementos modificados); Sequência de leitura: validação semântica (classificação das proposições criadas) MENDONÇA e Novos critérios: Os autores procuraram analisar os conceitos que MOREIRA (2010) estavam presentes nos MC dos alunos, a estrutura hierárquica dos mesmos, presença de palavras de ligação, ligações cruzadas e a existência ou não de conhecimento científico entre as proposições formadas. CAVALCANTI Os MC foram analisados utilizando a metodologia de Análise Estrutural (2010) de MC (AEMC) Yoval (2006), conforme citado anteriormente. VELÁSQUEZ Novos critérios: Os MC foram avaliados de acordo com sua estrutura (2010) direita e as proposições verdadeiras. DÍAZ-GRANADOS Os MC foram avaliados de acordo com taxonomia topológica de Cañas (2010) et al (2006). Esta taxonomia consta de sete níveis (0 a 6), os quais são avaliados em cinco critérios: a) o uso de conceitos em lugar de recortes de texto; b) o estabelecimento de relações entre conceitos; c) o grau de ramificação; d) profundidade hierárquica; e e) a presença de ligações cruzadas. MILLER et al As ferramentas utilizadas para avaliar os MC foram a taxonomia (2010) topológica de Cañas et al (2006), conforme foi visto anteriormente, e avaliação semântica (Miller e Cañas, 2008), que avalia: 1. Conceito relevante e abrangente; 2. Proposições como unidades semânticas; 3. Proposições errôneas; 4. Proposições dinâmicas; 5. Quantidade e qualidade das ligações cruzadas; 6. Presença de ciclos. SOIKA, REISKA e Novos critérios: Os MC foram analisados de acordo com o número de MIKSER (2010) proposições e frequência com que apareciam alguns conceitos nos MC. Análise temporal: As análises também foram feitas por meio de comparações entre MC. ROMANO-JR e Novos critérios: Houve uma análise das proposições dos MC em: CORREIA (2010) proposições estáticas, dinâmicas causais (implícita e parcialmente explícita) e dinâmicas não causais (implícita parcialmente explícita e totalmente explícita). RAMÍREZ (2010) Novos critérios: A avaliação dos MC foi feita por meio das seguintes categorias: a) Demonstração de um processo de melhoramento ao reelaborar o MC várias vezes; b) Aproveitamento da atenção oferecida pela professora para levantar as dúvidas sobre o próprio processo; c) Estabelecimento de premissas claras e coerentes; d) Organização do MC de maneira hierárquica; e) Incorporação de conceitos e ideias relevantes para responder a pergunta; f) Estabelecimento de relações claras e coerentes entre os conceitos; g) Resposta do MC em sua totalidade à pergunta; h) Criação de relações próprias a partir das ideias gerais; i) Evidenciação da capacidade de interpretação, análise e síntese. ASSARAF e Novos critérios: Os MC foram avaliados de acordo com o número de ORION conceitos, suas ligações, sua organização dentro do mapa e a dinâmica (2010) entre eles. KASSAB e Novos critérios: A análise dos MC foi feita por meio de: (1) seleção de HUSSAIN ( 2010) conceitos válidos; (2) arranjo hierárquico de conceitos; (3) integração entre os conceitos; (4) relação com o contexto do problema; (5) grau de criatividade dos alunos. CURSEU, Novos critérios: Foram utilizados quatro indicadores nas análises dos SCHALK e MC: estrutura superficial do mapa; estrutura conceptual profunda do SCHRUIJER 31 (2010) mapa; conectividade e diversidade do MC. COGO et al (2009) Novos critérios: Os critérios de análise foram: os conceitos apresentados estão de acordo com o tema em estudo; o mapa demonstra que o estudante compreendeu o tema proposto; o estudante expressa uma reflexão crítica; o mapa contempla a ligação entre diferentes conceitos; os verbos de ligação utilizados expressam a ação entre os conceitos a que se referem; a reflexão expressa vai além do tema em estudo; o design do mapa facilita sua leitura e interpretação. GALVÃO Análise temporal: Houve apenas uma análise comparativa entre MC (2009) elaborados antes e depois da realização da disciplina. KRUMMENAUER Análise conceitual: Análise dos MC por meio das sugestões dos alunos e COSTA (2009) da turma, para que assim os MC fossem corrigidos e reelaborados. Análise temporal: Houve também uma comparação entre MC. MARTINS, Novos critérios: Os critérios observados nos MC foram: palavras de LINHARES e REIS ligação, diferenciação progressiva, hierarquização e criatividade. (2009) Verificou-se ainda se os principais conceitos (na visão dos autores) referentes à mecânica do voo estavam presentes nos MC dos alunos. Além disso, houve a comparação dos MC dos alunos com o MC de referência. MARTINS, Utilizaram-se os critérios propostos por Novak e Gowin (1996), nos VERDEAUX e quais se observaram: a) as proposições; b) a hierarquia; c) as ligações SOUSA (2009) cruzadas e d) os exemplos; além utilizar o mapa do especialista. PACHECO e Novos critérios: Os MC foram avaliados em “I” de insuficiente, “S” DAMASIO (2009). suficiente e “E” excelente de acordo com as categorias: conceitos básicos, hierarquia, relação entre os conceitos e clareza do mapa para o leitor. RAZERA, Análise temporal: Os MC construídos em dois momentos (MCi e MCf) MENDES, foram comparados de acordo com o número de conceitos repetidos. DUARTE e BARRETTO (2009) INGEÇ (2009) O sistema de pontuação dos MC foi adaptado do método descrito por Novak e Gowin (1996): número de conceitos (2 pontos para cada conceito relevante), hierarquia (10 pontos para a colocação de conceitos de acordo com o grau de relevância), precisão ( 2 pontos para cada proposição verdadeira), clareza (2 pontos para cada proposição aberta) e direção de proposições (2 pontos para as proposições que são compreendidas na direção traçada). SEGALÀS, Novos critérios: Foi feita uma análise dos MC de acordo com número de FERRER-BALAS e conceitos por categoria e número de ligações entre categorias. MULDER Categoria 1. Aspectos ambientais; Categoria 2. Escassez de recursos; (2008) Categoria 3. Impacto social; Categoria 4. Aspectos culturais e Valores; Categoria 5. Gerações futuras; Categoria 6. Desequilíbrios; Categoria 7. Tecnologia; Categoria 8. Aspectos econômicos; Categoria 9. Aspectos de educação; Categoria 10. Atores e partes interessadas. ALMEIDA e Novos critérios: Foi possível categorizar os MC em: A- MC com várias MOREIRA relações de significados e conectores identificados; B- MC com várias (2008) relações de significados sem identificação nos conectores; C- MC superficiais. NUNES e PINO Analisa os MC de acordo com a proposta de Nicoll et al (2001) e (2008) examina as conexões entre conceitos, em dois aspectos: O primeiro aspecto classifica as conexões quanto à utilidade, dividindo-as em três categorias: incorretas, incompletas e úteis. O segundo aspecto classifica as conexões previamente caracterizadas como úteis em três categorias: a) exemplo; b) fato fundamental; c) indica uma conexão que é explicada 32 por outra conexão. TOIGO e Os critérios de pontuação baseiam-se nos critérios de classificação MOREIRA propostos por Novak e Gowin (1996), além da análise da estrutura geral (2008) do MC e de sua apresentação oral feita pelos alunos. DUNKER, Novos critérios: Os autores afirmam que realizaram um diagnóstico dos MAGNTORN e MC por meio da análise das proposições e dos conceitos que foram HELLDÈN (2008) classificados em nove categorias: conceitos científicos, percepção sensível, destruição e periculosidade, descrição dos fenômenos, experiência própria, dimensões estéticas, instituição de bombeiros, associação de palavras e dimensão histórica. GERSTNER e Novos critérios: A análise dos MC foi feita por meio da análise da BOGNER quantidade de conexões que foram feitas de forma autônoma dentro de (2008) cada conceito do MC. SCHAAL, (2008) Para a análise dos MC, foi utilizado o MaNet (Marescom, 2006), software para avaliação de MC. As análises com esse software consideram os atributos estruturais e as correspondências com o MC do especialista. MENDIA e Novos critérios: A análise dos MC foi feita por meio de indicadores de GARCÍA (2008) aprendizagem significativa: “Há diferenciação clara entre os conceitos e frases de ligação?”; “A maioria dos conceitos é utilizado?”; “Há tendência de queda nas proposições errôneas?”; “Há coerência na organização hierárquica dos conceitos em termos de sua inclusão?”; “O conceito mais abrangente é identificado?”; “Exemplos de superordenação de um conceito inclusivo, diferenciação progressiva entre conceitos inclusivos, relações lineares entre os conceitos são menos aplicadas ou totalmente ausentes?” e “Há inúmeras ligações cruzadas revelando alto nível de reconciliações integrativas?”. Além disso, os MC dos alunos foram comparados ao elaborado por um especialista. SOARES e Para a análise dos MC construídos pelos alunos, uma escala de três CUNHA (2008) taxas foi usada: fraco, aceitável e bom. Foi baseada em características sugeridas por diversos pesquisadores: Novak e Gowin (1996) e Mintzes, Wandersee e Novak (2000). As características foram: Organização hierárquica de conceitos; estrutura linear versus ramificada; número de conceitos adequadamente conectados; palavras de ligação e ligações cruzadas. HENNO e REISKA Novos critérios: Os autores avaliaram os MC por meio da quantidade de (2008) conceitos relacionados ao tema estudado, observando a ocorrência de palavras de ligação entre dois conceitos, a validez ou invalidez das proposições e a presença da lista de conceitos e proposições significativas do livro de biologia. ÅHLBERG e Novos critérios: A análise dos MC foi feita observando a existência de AHORANTA uma hierarquia adequada e a quantidade de conceitos e proposições (2008) relevantes. O MC do especialista foi montado como referência. LEMOS, Novos critérios: A análise verificou a natureza das relações hierárquicas, MOREIRA e a lista dos conceitos e sua organização nas seguintes categorias: MENDONÇA Classificação; origem (data); família (ascendentes e descendentes); (2008) funções vitais; estrutura corporal; temperatura; habitat e exemplos. DAHNCKE e O processo de avaliação dos MC foi realizado por meio dos seguintes REISKA (2008) programas: Programa de entrada, que produz a lista de conceitos e proposições (matriz adjacente) para as redes; Programa intercalado, que elabora os arquivos para Gradap (fase preliminar do CMVARI) e CMVARI (programa de análise gráfica); Programa GRADAP, que 33 calcula as variáveis definidas e as teorias gráficas; Programa CMVARI, que calcula as variáveis que nós definimos e produz uma lista completa de variáveis e Programa SPSS Excel, utilizado para as novas estatísticas e para ilustrar os resultados. BROGGY e Novos critérios: Neste estudo o sistema de pontuação é focado no grau MCCLELLAND de precisão das relações descritas em cada proposição. (2008) Os MC foram analisados usando o MC do especialista. YOVAL et al (2008) Os MC foram analisados por meio da análise estrutural de MC (AEMC - Yoval et al (2006) e por meio da taxonomia topológica de Cañas et al (2006) que consta de sete níveis (0 a 6), os quais são avaliados em cinco critérios: a) o uso de conceitos em vez de recortes de texto; b) o estabelecimento de relações entre conceitos; c) o grau de ramificação; d) profundidade hierárquica; e e) a presença de ligações cruzadas. O MC do especialista foi montado para que fosse feita a comparação com o MC dos alunos. VENÂNCIO e A análise dos MC foi realizada por meio de critérios propostos por Peña KATO (2005): a hierarquização dos conceitos, a diferenciação progressiva e a (2008) reconciliação integradora, além de sugerir uma análise quanto às proposições existentes nos MC. FILHO (2007) Análise conceitual: Houve apenas uma discussão dos conceitos que estavam presentes nos MC dos alunos, verificando se estavam corretos ou incorretos. Análise temporal: Comparam-se MC criados pelos alunos em diferentes momentos. MASSONI e Análise conceitual: Os autores discutem os conceitos dos MC referentes MOREIRA aos conteúdos trabalhados. (2007) MENDONÇA, Análise conceitual: Os autores analisam alguns elementos dos MC, SILVA e como os conceitos, as palavras de ligação, a estrutura, hierarquização, PALMERO etc. (2007) RUIZ-MORENO et Novos critérios: Foram utilizados os seguintes critérios: conceitos al (2007) (quantidade e qualidade de conceitos apresentados e níveis de hierarquia conceitual); inter-relações entre conceitos (linhas de entrecruzamento, número de palavras de enlace e proposições com significado lógico); estrutura do mapa sequencial ou em rede e presença de relações cruzadas. SILVA e Novos critérios: Os critérios foram relacionados à estrutura do MC, SOUSA hierarquia conceitual do mapa, às relações apresentadas entre os (2007) conceitos, à formação de proposições entre os conceitos, reconciliação integrativa e diferenciação progressiva. Utilizou-se, ainda, um mapa de referência sobre o tema escolhido. REZENDE, Os critérios de pontuação baseiam-se nos critérios de classificação GARCIA e propostos por Novak e Gowin (1996). COLA (2006) Análise temporal: Comparam-se os MC criados pelo mesmo aluno em diferentes momentos. EDURNE Novos critérios: Algumas categorias foram observadas para analisar os ARANTZA MC e verificar se houve aprendizagem significativa: Diferenciação clara (2006) entre conceitos e palavras de ligação; direcionalidade nas relações entre conceitos; utilização da maioria dos conceitos; diminuição de proposições erradas; organização hierárquica coerente do ponto de vista da natureza inclusiva dos conceitos; aparições de exemplos de superordenação em algum conceito de natureza inclusiva; complexidade na diferenciação progressiva dos conceitos mais inclusivos; pouca ou 34 nenhuma ocorrência de relações lineares entre conceitos; numerosas aparições de enlaces cruzados reveladores de reconciliações integrativas de qualidade. Análise temporal: Compararam-se MC elaborados antes e depois da instrução. AÑEZ, FERRER e Análise temporal: Houve uma comparação de MC iniciais e finais VELAZCO (2006) verificando se houve ou não avanço por meio da observação de proposições válidas, hierarquização do MC, relações cruzadas e exemplos concretos. IRAIZOZ-SANZOL Novos critérios: Os autores observam se os conceitos presentes nos e textos estão ligados erroneamente, se a estrutura do MC é linear e se há GONZÁLEZ- ligações cruzadas. GARCÍA (2006) PÉREZ - Análise conceitual: Foram sugeridas por alunos e professores as RODRÍGUEZ et al mudanças com relação aos conceitos e palavras de ligação empregadas (2006) incorretamente nos MC dos colegas. RAMÍREZ, A avaliação dos MC foi feita com base nos critérios de pontuação BARRIGA e estabelecidos por Novak e Gowin (1996): Não fez o MC ou fez outra ZÁRATE (2006) representação gráfica (Pontuação 0 pontos); MC com níveis incipientes (Pontuação de 1-7); MC de desenvolvimento intermédio (Pontuação de 8 a 15 pontos); MC avançados (Pontuação de 16-20 pontos). Além disso, compararam-se os MC dos alunos com o MC do especialista. CAÑAS et al Os MC foram avaliados de acordo com a taxonomia topológica de (2006) Cañas et al (2006) que consta de sete níveis (0 a 6), os quais são avaliados em cinco critérios: a) o uso de conceitos em vez de recortes de texto; b) o estabelecimento de relações entre conceitos; c) o grau de ramificação; d) a profundidade hierárquica; e e) a presença de ligações cruzadas. BONASTRE e Foi aplicado um método de avaliação de MC (Novak, 1990) com base na PINA (2006) estrutura e nos componentes da MC. Esse sistema atribui as seguintes pontuações: 1 ponto para cada proposição válida, 5 para cada nível de hierarquia, 1 para cada ramificação, 10 por cada ligação cruzada e 1 por cada especificação de exemplo. POVEDA, Novos critérios: Os MC foram avaliados de acordo com a utilização de SANZOL e ONECA conceitos propostos, o número e qualidade das ligações, a ordenação (2006) hierárquica de conceitos, e o número e a qualidade das ligações cruzadas. SOARES e Fez-se uma análise baseada na indicação de outros autores (Novak e VALADARES Gowin, 1996) e a classificaram-se em fraco, aceitável e bom os (2006) seguintes fatores: hierarquização dos conceitos; estrutura linear versus ramificada; relativo número de conceitos adequadamente conectados; palavras de ligação e as ligações cruzadas. DALEY et al (2006) Os MC foram pontuados de acordo com os critérios propostos por Novak e Gowin (1996), conforme citado anteriormente por outros autores. Além disso, pontos foram concedidos para a subsunção de conceitos de ordem inferior sobre conceitos de ordem superior, a diferenciação progressiva de conceitos e a reconciliação integrativa. Com base na fórmula de pontuação, os estudantes receberam pontos para a criação de vínculos proposicionais e para a análise e síntese de conceitos em seus MC. ONECA, SANZOL A avaliação dos MC foi realizada com base em dois critérios (González, e POVEDA (2006) Morón & Novak, 2001): a) Uso de conceitos propostos. b) Disposição e hierarquia dos conceitos utilizados. 35 Análise temporal: Os autores fizeram comparações com relação à quantidade de conceitos presentes nos MC iniciais e finais. AZEVEDO e Análise temporal: Análise de conceitos e frases de ligação por meio da LANDO (2006) comparação entre três MC montados pelos alunos em momentos distintos. STODDART (2006) Novos critérios: Os MC foram analisados de acordo com os seguintes critérios: 1 número total de proposições; 2 precisão científica e 3 profundidade da explicação. IULI e Novos critérios: Foi avaliada a qualidade dos MC individuais dos alunos HIMANGSHU com base em critérios qualitativos, a fim de avaliar as alterações no (2006) conteúdo, precisão, profundidade de compreensão e organização de conhecimento do início ao fim de cada curso. Houve também uma comparação dos MC montados pelos alunos com o MC do especialista a fim de avaliar a mudança na compreensão conceitual do aluno em relação à organização do conhecimento do especialista. SAMAWI (2006) Os MC foram avaliados de acordo com os critérios propostos por Novak e Gowin (1996). RODRIGUEZ A análise quantitativa dos mapas de conceito consiste em realizar testes (2006) dependentes de cada conjunto na sequência de uma abordagem semelhante à utilizada por Zeilik et al. (1997) e muitos outros. ASSARAF e Novos critérios: Os MC foram avaliados levando-se em consideração a ORION dimensão dentro dos MC: 1. Número de conceitos; 2. Número de (2005) ligações; 3. Relação com a hidrosfera; 4. Relação com a atmosfera; 5. Relação com a geosfera; 6. Relação com a biosfera; 7. As atividades humanas; 8. Número de processos; 9. Variedade de processos; 10. Conceito relacionado com mais de dois conceitos; 11. Número de frases chave; 12. Valor dinâmico; 13. Valor cíclico. YIN et al (2005) Novos critérios: A pontuação dos MC foi feita por meio da pontuação das proposições individuais que foram registadas com uma escala de 0- 3: 0 para proposições incorretas ou cientificamente irrelevantes; 1 para proposições parcialmente incorretas; 2 para proposições corretas mas cientificamente finas e 3 para proposições corretas e cientificamente indicadas. O autor também fez uma análise da estrutura dos MC em simples e complexas. ARÁNGUIZ, Análise conceitual: Observou-se se os conceitos estavam de acordo BERRAONDO E com os conteúdos da unidade temática. TORRE (2004) MARÍA e Análise conceitual: Os autores discutem os elementos e as IRMA características dos MC e comparam os elaborados pelos alunos com o (2004) do especialista. NAVARRO- Novos critérios: Utilizou-se como critério a aproximação com a definição CLEMENTE, de "soluções", o número de termos que foram considerados DOMÍNGUEZ- relacionados com o conceito central e o uso de interconexões PÉREZ e ORTIZ- adequadas. Registraram-se as construções alternativas mais frequentes ESQUIVEL (2004) e um MC foi construído por um especialista. Análise temporal: Compararam-se MC no início e no final do curso. HUGO Os alunos fizeram a análise dos MC por meio da comparação com os CHROBAK (2004) elaborados pelo especialista. ARBEA e Novos critérios: Os critérios utilizados foram a utilização de todos os CAMPO (2004) conceitos; a diminuição de proposições errôneas; a organização hierárquica dos conceitos, identificando os conceitos mais inclusivos; a apresentação de uma complexa diferenciação progressiva nos conceitos mais inclusivos; a aparição de poucas relações lineares entre conceitos; 36 aparições numerosas de relações cruzadas reveladoras de reconciliações integrativas. Além disso, houve uma comparação dos MC dos alunos com o do especialista. IRAIZO Novos critérios: Os critérios utilizados para a análise dos MC foram: (2004) utilização de conceitos; diferenciação de conceitos/termos de ligação; níveis hierárquicos definidos; número e qualidade das proposições; presença de sequências lineares; ordenação do geral ao específico; ligações cruzadas, etc. Análise temporal: Além disso, os autores fazem a análise dos conceitos dos MC por meio da comparação entre MC iniciais e finais. DALEY (2004) Os MC foram avaliados de acordo com os critérios propostos por Novak e Gowin (1996). GOUVEIA e Análise conceitual: Foi observado se os conceitos sobre reações ácido- VALADARES base estavam corretamente empregados. (2004) YOVAL et al A análise dos MC foi realizada ao observar-se se a informação fornecida (2004) por cada MC gerou uma matriz de associação; se as associações de palavras entre as matrizes de cada setor educativo foram quantificadas; se se calcularam as frequências de associação tomando como base a matriz gerada por cada setor; se se aplicaram as provas de x2 (x quadrado) entre as frequências de associação dos diferentes setores; se se utilizou a prova de associação Olmstead –Tukey para determinar conceitos dominantes, conceitos ocasionais, conceitos constantes e conceitos raros e se se levou em conta a hierarquia dos conceitos na estrutura dos MC. ALI e ISMAIL O sistema de pontuação utilizado foi adaptado de Wallace & Mintzes (2004) (1990). De acordo com ele, a pontuação é feita com base nos critérios estabelecidos para cada um dos componentes. 30% é atribuído aos níveis de hierarquia dos MC, 5% para a inclusão completa dos tópicos, 5% para a proposição correta, 30% para a correta e apropriada habilidade em cada tema de ciências e 30% para os termos científicos corretos e adequados e valores nobres associados com o tema. BESTERFIELD- Os MC foram avaliados de acordo com os critérios propostos por Novak SACRE et al e Gowin (1996). Os autores utilizaram uma métrica holística (concebida (2004) por dois professores especialistas) para marcar a qualidade de cada MC. Essa métrica envolve a contagem de três atributos no MC: conceitos, hierarquias e ligações cruzadas. CONCEIÇÃO e Análise conceitual: Verificou-se se os conceitos e as palavras de ligação VALADARES dos MC estavam corretas, se havia palavras de ligação em todas as (2002) proposições, se os alunos tiveram dificuldades em hierarquizar os conceitos, etc. JACOBS-LAWSON Novos critérios: Os MC foram comparados e analisados, levando em e HERSHEY consideração: (a) o número de conceitos representados, (b) o número (2002) de níveis hierárquicos representados, (c) o número de conceitos contidos em cada um dos níveis hierárquicos (1 e 2) e (d) o número de ligações cruzadas. ODOM e KELLY Os MC foram avaliados seguindo procedimentos semelhantes aos (2001) sugeridos por Novak e Gowin (1996). RUIZ-PRIMO, Novos critérios: Para explicar a variação na qualidade da proposição (2000) foram classificadas as proposições de cada MC em uma das cinco categorias: excelente (mostra uma profunda compreensão da relação entre dois conceitos), boa (mostra um bom entendimento da relação entre dois conceitos), ruim (mostra compreensão parcial da relação 37 entre dois conceitos), não relevantes (não mostra compreensão da relação entre dois conceitos) e imprecisas e inválidas (proposição incorreta). ANDERSON, Novos critérios: Observaram-se, nos MC dos alunos, casos em que LUCAS e houvesse algumas ou muitas ligações entre os conceitos, se esses se GINNS (2000) referiam a concepções científicas ou alternativas. A avaliação baseou-se também em questionamentos feitos pelo professor. STODDART et al, Novos critérios: O estudo faz uma análise das proposições de acordo 2000 com a Precisão (cientificamente precisas, de conhecimento comum, imprecisa e afetiva); Profundidade da explicação (descritiva e explicação de ordem superior); Complexidade (simples e composta). STRUCHINER, Os critérios de pontuação baseiam-se nos critérios de classificação VIEIRA e propostos por Novak e Gowin (1996) e definem mais cinco categorias: RICCIARDI dificuldades na construção do mapa; organização do pensamento; erros (1999) de conceituação; abrangência da temática; representações sobre a prática profissional e influência do currículo. MCCLURE, Novos critérios: Os MC foram avaliados por meio de seis métodos de SONAK e avaliação: a) holística; b) holística com o MC do especialista; c) SUEN (1999) relações; d) relações com o MC do especialista; e) estrutura; f) estrutura com o MC do especialista. Além disso, houve a utilização do método de pontuação estrutural adaptado a partir de um método descrito por Novak e Gowin (1996). O MC do especialista foi montado para servir de guia na aplicação dos critérios de pontuação mencionados anteriormente. MOREIRA e Análise conceitual: Os MC foram avaliados qualitativamente, LAGRECA (1998) observando-se se elegiam conceitos ou se eram colocados arbitrariamente, se havia hierarquização conceitual e como eram feitas as ligações (conectivos) entre os conceitos (palavras, frases, fórmulas). RICE, RYAN e Novos critérios: Os MC dos alunos foram classificados em categorias A, SAMSON (1998) B e C, recebendo uma pontuação de acordo com a qualidade da informação/conceitos presentes nas proposições. MARKOW e Os MC foram pontuados de acordo com os procedimentos de Novak e LONNING (1998) Gowin (1996). JONES, RUA e Os MC foram avaliados por meio de uma versão modificada do método CARTER (1998) de Novak e Gowin (1996): exemplos (1 ponto), relações (1 ponto), hierarquias (5 pontos) e ligações cruzadas (10 pontos). WILLIAMS Novos critérios: Os autores afirmaram ter realizado uma análise (1998) qualitativa por meio da análise dos conceitos e proposições dos MC e de comparações entre os MC de dois grupos participantes da pesquisa (alunos e professores especialistas). GANGOSO (1997) Análise conceitual: Os MC foram analisados de acordo com as dimensões e relações entre os conceitos e com a qualificação desses em bons e ruins. PEARSALL, Os MC foram avaliados por meio da técnica de Novak e Gowin (1996), SKIPPER e porém de forma simplificada por Markham, Mintzes e Jones (1994). Um MINTZES ponto foi dado para cada conceito, para cada relação, e para a primeira (1997) instância de ramificação; três pontos foram dados para cada instância adicional de ramificação; cinco pontos para cada nível hierárquico e 10 pontos para cada ligação cruzada. 38 CASTIÑEIRAS et Novos critérios: Os MC foram analisados de acordo com as relações al entre conceitos. As proposições foram classificadas em microscópicas e (1996) macroscópicas, ambas nas categorias aceitável ou alternativa em relação ao modelo de partículas e houve comparações com o mapa do especialista. BEYERBACH Novos critérios: Os seguintes critérios foram observados nos MC: 1) (1988) Ítens pontuados (indicando o grau de diferenciação); 2) Níveis pontuados (indicando grau de organização hierárquica); 3) Similaridade para pontuação do grupo (indicando o consenso do grupo); 4) Similaridade com a pontuação do instrutor (indicando o número de entradas idênticas às entradas no mapa do instrutor); 5) Fluxos de itens similares aos do instrutor (indicando o número de fluxos de itens similares aos do MC do instrutor). Os critérios de análise de MC propostos por Novak e Gowin (1996) foram bastante utilizados, um total de 20 trabalhos, entre as diversas pesquisas de nível nacional e internacional, conforme pode ser observado no quadro 2. Por meio desse critério é possível analisar: a) proposições; b) a hierarquia; c) as ligações cruzadas e d) os exemplos. Dentre essas pesquisas citamos a de Martínez et al (2012), Silveira, Sousa e Mendonça (2012), Toigo e Moreira (2008), Ingeç (2009), Rezende, Garcia e Cola (2006) e Daley (2004). Observando esses critérios é possível atribuir uma determinada pontuação aos MC dos alunos: Proposições (1 ponto por cada proposição válida e significativa que apareça), hierarquia (5 pontos por cada nível hierárquico válido), ligações cruzadas (10 pontos por cada relação cruzada que seja simultaneamente válida e significativa e 2 pontos por cada relação cruzada que seja válida mas que não traduza qualquer síntese entre grupos de proposições ou conceitos relacionados) e exemplos (cada acontecimento ou objeto concretos que seja exemplo válido do que designam os termos conceituais pode valer 1 ponto). Além da utilização dos critérios propostos por Novak e Gowin (1996), houve a análise dos MC de acordo com a proposta de outros pesquisadores presentes na literatura: Novak (1990), Wallace e Mintzes (1990), Markham, Mintzes e Jones (1994), Zeilik et al (1997), Mintzes, Wandersee e Novak (2000), Nicoll et al (2001), González, Morón e Novak (2001), Peña (2005), Yoval et al (2006) e Iriarte (2010). Em parte dessas pesquisas, um total de 19 trabalhos, o MC de referência/especialista foi elaborado pelo professor contendo os conceitos considerados importantes pelos pesquisadores e a partir dele foram feitas as comparações com os MC dos alunos. Além das análises qualitativas que podem ser realizadas entre os MC do especialista e o dos alunos, Novak e Gowin (1996) sugerem que se pode construir e pontuar um MC que sirva de referência para o 39 material que se vai representar nos MC. Depois, dividem-se os pontos dos alunos pela pontuação obtida para esse MC de referência, obtendo-se, desse modo, uma porcentagem que serve de comparação. Segundo eles, alguns alunos podem ter melhor classificação que o MC de referência, recebendo assim uma pontuação superior a 100%. A análise conceitual dos MC, realizada pelos autores de alguns trabalhos do quadro 2, foi feita sem o estabelecimento de categorias ou critérios. Os autores observaram, nessa análise, entre outros elementos, se os conceitos presentes nos MC estavam corretos, se estavam relacionados com os conteúdos trabalhados em aula ou com uma determinada teoria e se formavam proposições lógicas. Além disso, as análises foram feitas, em parte dos trabalhos, por meio de apresentações dos MC pelos alunos, gerando momentos de interatividade e discussão. Após as apresentações dos MC, eram sugeridas algumas correções por parte dos colegas e do professor, que deveriam ser feitas nos próprios MC. A análise dos MC por meio de novos critérios, conforme especificado no quadro 2, procurou evidências de aprendizagem significativa. Assim, buscou-se uma análise direta com relação à correção ou incorreção dos conceitos nas proposições, da quantidade e qualidade dos conceitos, dos níveis de hierarquia, da presença de ligações cruzadas, da diferenciação progressiva, da reconciliação integrativa, da estrutura dos MC, da presença de palavras de ligação em todas as proposições, entre outras categorias. Foi possível observar também em 12 artigos que os autores realizaram uma análise temporal. Essa análise consiste em realizar comparações entre MC construídos em momentos distintos com o objetivo de verificar a evolução do conhecimento dos estudantes com relação a determinados conteúdos e técnicas de ensino trabalhados em sala de aula. Dentre esses artigos, destacam-se Iraizo (2004), Azevedo e Lando (2006), Oneca, Sanzol e Poveda (2006), Añez, Ferrer e Velazco (2006), Filho (2007), Razera, Mendes, Duarte e Barretto (2009), Galvão (2009). Foi percebida, por meio da leitura dos artigos, a utilização de uma ou mais técnicas na fase de construção dos MC dentre as presentes na literatura (Ruiz- Primo, 2000). Essas técnicas são conhecidas como “Construa o MC = C-MAP”, “Fill in (Preencha o MC) = F-MAP”, “Seleção de conceitos = S-MAP” e “Seleção de 40 conceitos/Fill in = S F-MAP”. Após a análise dos artigos, notou-se que apenas três, dentre as quatro técnicas, foram utilizadas pelos autores conforme pode ser observado no gráfico 7. 60 51 50 38 40 30 20 8 10 2 3 1 2 0 Fill in Construa o Seleção de Seleção de Construa o Seleção de Não (Preencher) MC Conceitos Conceitos MC e Fill in Conceitos e informa e Construa Fill in o MC Gráfico 7: Quantidade de MC versus tipo de construção dos MC (Por meio de seleção de Conceitos (S-MAP), Fill in (F-MAP) ou Construa o MC (C-MAP)). Pode-se observar que grande parte das pesquisas utilizou a técnica “C- MAP” para sua elaboração. Nessa técnica, os MC eram elaborados: a partir de uma questão foco referente ou não aos conteúdos ensinados, a partir dos conteúdos já vistos na disciplina ou das concepções prévias dos alunos sobre determinado assunto. Não havia um direcionamento quanto aos conceitos que deveriam constar nos MC, os alunos abordavam em seus MC os conceitos que julgavam importantes. A segunda técnica mais utilizada na montagem dos MC foi a “S-MAP”, em que os alunos deveriam montar seus MC abrangendo conceitos pré- estabelecidos e selecionados pelo professor. A técnica “F-MAP” não foi utilizada em pesquisas de nível nacional, apenas no âmbito internacional. Ela consiste em preencher um MC que já contém alguns conceitos e palavras de ligação. Já a técnica “S F-MAP”, que não foi utilizada em nenhuma das pesquisas, consiste em selecionar uma lista de conceitos que servirá posteriormente para preencher um MC. É importante esclarecer que alguns autores utilizaram mais de uma técnica para construção dos MC, conforme se pode observar no gráfico 7. Por 41 exemplo, em uma pesquisa, um MC foi montado com a técnica S-MAP e outro com a técnica C-MAP, já que em algumas delas foram construídos mais de um MC. Destaca-se que cada técnica pode ser utilizada de acordo com o objetivo de cada avaliação e com o grau de familiaridade do aluno com a ferramenta MC. Por exemplo, a técnica F-MAP e S F-MAP, apesar de limitar o aluno quanto à organização dos conceitos, pode ser útil na fase inicial, onde os alunos ainda estão se familiarizando com os MC. Quando já tiverem um bom conhecimento da ferramenta pode-se solicitar que os mesmos elaborem MC por meio da técnica C- MAP ou S-MAP, a fim de obter melhores resultados após a avaliação dos MC. A elaboração desses MC era manuscrita, nos softwares power point, Cmap Tools ou em outros (Inspiration, CCMap e LiveMappers), ver gráfico 8. Os trabalhos que elaboraram MC manuscritos e no Cmap Tools geralmente utilizaram apenas lápis e papel no princípio, pois era a fase de familiarização com a ferramenta, para uma posterior utilização do software. 37 40 35 27 27 30 25 20 15 7 10 5 5 1 0 Gráfico 8: Quantidade de artigos versus tipo de montagem do MC. Sintetizando o quadro 2, que mostra os critérios utilizados pelos autores para avaliar os MC dos alunos, destacam-se os seguintes critérios: • Análise conceitual; • Análise temporal; • Novos critérios propostos pelos autores; • Critérios propostos por Novak e Gowin (1996); • Comparação dos MC dos alunos com o MC do especialista; 42 • Critérios propostos por Nicoll et al (2001); • Critérios propostos por Peña (2005); • Critérios propostos por Novak (1990); • Critérios propostos por Mintzes, Wandersee e Novak (2000); • Critérios propostos por Markham, Mintzes e Jones (1994); • Critérios propostos por Iriarte (2010); • Critérios propostos por González, Morón e Novak (2001); • Critérios propostos por Yoval et al (2006); • Critérios propostos por Wallace e Mintzes (1990); • Critérios propostos por Zeilik et al (1997); • Critérios propostos por Cañas et al (2006) - taxonomia topológica; • Critérios propostos por Miller e Cañas (2008) - avaliação semântica; • Software Cmap Analysis, Cañas, Bunch e Reiska (2006); • Software CMVARI, Reiska (1997); • Software MaNet 1.6, Marescom (2010). O gráfico 9 mostra, de forma sintética, os critérios utilizados para análise dos MC e o número de artigos em que esses critérios foram utilizados. 50 50 40 30 20 19 20 14 12 10 4 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 3 0 Gráfico 9: Quantidade de artigos versus critérios utilizados para análise dos MC. Foram inúmeras as formas utilizadas para avaliar os MC dos alunos, pois cada autor procurou dar ênfase ao tipo de análise que ele achou confiável, tendo em vista a sua in/experiência com o uso da ferramenta MC. Por exemplo: alguns autores 43 acharam importante observar somente a estrutura do MC, por considerarem que uma análise do conteúdo dos mesmos poderia ser algo subjetivo, que influenciasse na confiabilidade das avaliações (Cañas et al, 2006); outros acharam importante fazer uma análise do conteúdo dos mesmos sem pontuá-los (Miller e Cañas, 2008); outros compreenderam que a pontuação é essencial tendo em vista a necessidade de atribuição de nota aos alunos (Novak e Gowin, 1996); e houve aqueles que defenderam que o MC do aluno deve ser similar ao MC do especialista para ser classificado como um “bom MC” (Azcárate e García, 2012; Correia, Silva e Junior 2010). Com a síntese desses critérios é possível observar que a maioria dos autores procura analisar as mesmas características dos MC: estrutura, proposições corretas, frases de ligação empregadas corretamente, validade dos conceitos, ramificação dos MC e presença de ligações cruzadas. É interessante destacar que houve alguns autores que utilizaram mais de uma forma de avaliação dos MC. Martins, Linhares e Reis (2009) estabeleceram critérios além de terem feito comparações entre os MC dos alunos e um MC de referência especialista; Filho (2007) realizou uma análise conceitual, além de ter feito uma comparação entre MC criados em momentos diferentes pelos mesmos alunos (análise temporal); Silva e Sousa (2007) estabeleceram critérios, além de utilizarem um MC de referência/especialista sobre o tema escolhido. O quadro 1 do apêndice B mostra, por meio de categorias, os resultados da análise da metodologia dos 105 artigos pesquisados. É importante enfatizar que nem todas as informações constantes nesse quadro estavam explícitas nos artigos e que algumas (marcadas com asterisco) foram deduzidas por meio de sua leitura. Conforme se ressaltou em discussões anteriores, foi possível observar que, dentre as diversas disciplinas do ensino médio e fundamental que abordaram MC, a física esteve presente. Além disso, a utilização de MC na área de Ensino de Física ocorreu além do nível fundamental e médio, estendendo-se a nível superior, pós-graduação, curso técnico e educação de Jovens e Adultos (EJA). Pode-se observar, por meio do gráfico 10, a quantidade de pesquisas desenvolvidas na área de Ensino de Física no âmbito nacional (periódicos nacionais) e internacional (periódicos internacionais e Atas das Conferências Internacionais sobre MC). 44 8 8 8 7 6 5 4 2 3 2 1 0 Periódicos Nacionais Periódicos Atas da Conf. Int. Internacionais sobre MC Gráfico 10: Pesquisas que foram desenvolvidas na área de Ensino de Física no âmbito nacional e internacional. Ao observar-se o gráfico 10, pode-se perceber que o Brasil tem desenvolvido um número significativo de pesquisas com MC como forma de avaliação no Ensino de Física, a pesar do MC ser uma ferramenta pouco divulgada no meio educacional brasileiro, entre professores, alunos e pesquisadores. Entretanto, tem crescido o número de pesquisas que utilizam o MC para avaliar a aprendizagem dos alunos e evidenciar a aprendizagem significativa quanto aos conteúdos trabalhados ou até mesmo para verificar as concepções prévias dos estudantes antes de abordar-se o conteúdo. Esse método de avaliação tem sido utilizado na área da física por ser uma disciplina conceitual, em comparação, por exemplo, com a matemática, que é uma disciplina baseada em algoritimos, e pela necessidade de se utilizar novas ferramentas que verifiquem como o conhecimento foi construído e organizado na estrutura cognitiva dos estudantes, além de proporcionar um ensino mais dinâmico e distante do tradicional. No ensino superior, as pesquisas também foram desenvolvidas com alunos de outras graduações, pois embora a disciplina pertencesse ao curso de Física, era, muitas vezes, ministrada para alunos de outros cursos, como Engenharia (Chrobak, 2004; Almeida e Moreira, 2008) e Biologia (Gangoso, 1997). O gráfico 11 mostra a quantidade de pesquisas desenvolvidas na área de Ensino de Física em cada nível de ensino. 45 7 7 6 5 4 4 4 3 2 1 1 1 1 0 Gráfico 11: Quantidade de pesquisas que foram desenvolvidas na área de Ensino de Física nos diversos níveis de ensino. Conforme já foi mencionado na metodologia desse trabalho sobre o considerável número de pesquisas no ensino superior, a mesma justificativa pode ser dada em específico para a área de Ensino de Física. Esse elevado número de pesquisas no ensino superior pode ser justificado pela maior divulgação dessa ferramenta nesse nível de ensino, por professores pesquisadores e pela falta de informação ou indisponibilidade de tempo dos docentes nos demais níveis. 46 CAPÍTULO 6 Considerações Finais Por meio dos resultados desta pesquisa, foi possível observar, em nível nacional, internacional e nas atas das Conferências Internacionais sobre MC, um número significativo de artigos (um universo de 105) que utilizam o MC como ferramenta de avaliação da aprendizagem dos alunos. Fazendo a análise da metodologia desses trabalhos foram estabelecidas categorias comuns a alguns artigos, porém muitos autores não informavam alguns dados e não deixava explícito algumas informações, o que dificultou a sistematização dos mesmos. Como por exemplo: alguns autores não informavam a quantidade de alunos que participaram da pesquisa, quantos MC foram montados pelos alunos, não informaram se os alunos possuíam experiência na montagem de MC, se houve uma explicação/fundamentação teórica sobre a utilização de MC, o período em que foram trabalhados com MC, se os MC foram manuscritos ou montados no Cmap Tools ou em outro software, e se os mesmos eram apresentados/discutidos pelos alunos. Muitos autores não informaram como foram construídos os MC. Sendo assim, em grande parte dos trabalhos essas observações foram feitas por meio de interpretações, pois foi observado, por exemplo, que todos os MC mostrados em um artigo eram manuscritos e, a partir de então, concluiu-se que não foi utilizada nenhuma ferramenta tecnológica. Além disso, alguns autores não explicitaram como foi organizado o curso. Nesse item, embora se tenha tentado mostrar a organização do curso em cada pesquisa, os dados colocados nessa categoria podem não coincidir com a real organização do curso para os autores. Assim, mostrou-se parte da metodologia empregada com relação às etapas em que as atividades foram desenvolvidas, ressaltando se houve utilização de textos, se os MC foram utilizados antes ou depois da aplicação do conteúdo, etc. Para melhor identificar a sistematização dos dados, os autores deveriam confeccionar cronogramas com as atividades desenvolvidas e a quantidade de encontros e conteúdos trabalhados. 47 Quanto à experiência na montagem de MC, as pesquisas mostraram que MC é uma ferramenta pouco familiar aos alunos. Dentre 24 artigos que descreveram a experiência na montagem de MC, 14 afirmaram que os alunos não possuíam nenhuma experiência com esses, podendo-se citar Castiñeiras et al, 1996; Rice, Ryan e Samson ,1998; Struchiner, Vieira e Ricciardi,1999; Daley, 2004; Yoval et al, 2004; Mendonça, Silva e Palmero, 2007; Cogo et al, 2009 e Krummenauer e Costa, 2009. Esse dado revela a necessidade de maior utilização e divulgação dessa ferramenta nos meios educacionais. A análise e a avaliação dos MC também foram focadas nessa pesquisa, uma vez que foram selecionados apenas os artigos que utilizaram o MC como ferramenta de avaliação da aprendizagem dos alunos e procuraram estabelecer algum critério para avaliação dele. Percebeu-se que foram muitos os critérios adotados pelos autores, alguns criados por eles, os quais foram denominados “novos critérios”, e outros já existentes na literatura, dentre eles Novak e Gowin (1996), Cañas et al (2006), Miller e Cañas (2008) e Yoval et al (2006). Além desses critérios, grande parte dos pesquisadores fez uma “análise temporal”, isto é, comparações entre MC para verificar a ocorrência ou não de evolução no conhecimento dos alunos, comparando-os com o MC do especialista. Eles realizaram ainda a “análise conceitual” dos MC, que consiste em observar seus conceitos, sua estrutura e suas proposições, verificando se estavam corretamente relacionados e tomando como base o conteúdo estudado. Com relação à utilização do MC como avaliação, é importante destacar que alguns autores não afirmaram ter utilizado o MC para avaliar o aluno, porém, após a leitura dos trabalhos e da análise dos critérios utilizados, chegou-se à conclusão de que se tratava da utilização do MC para avaliar a aprendizagem dos estudantes. Vale ressaltar que a quantidade de trabalhos encontrados nos periódicos internacionais poderia ter sido maior, se houvesse acesso, por meio do portal da Capes, aos artigos anteriores ao ano de 1996, bem como a outros periódicos que não estavam disponíveis para consulta. Esse trabalho procurou mostrar também como são desenvolvidas as pesquisas que utilizam o MC como ferramenta de avaliação da aprendizagem dos alunos na área de Ensino de Física. Os resultados mostraram que há pesquisadores 48 conscientes da existência de outras formas de avaliar a aprendizagem dos alunos. Seguem abaixo as asserções de conhecimento de algumas dessas pesquisas: “O MC pode ser considerado uma ferramenta útil para investigar o que o aluno sabe e como ele organiza o seu conhecimento. [...] uma análise qualitativa dos MC dos alunos fornece informações valiosas e detalhadas sobre a aprendizagem significativa produzida pelo inquérito. Esta análise também pode fornecer um feedback valioso para melhorar o ensino”. (CASTIÑEIRAS et al, 1996, p. 26). (Tradução nossa) “[...] aplicação da estratégia centrada na utilização de mapas de conceitos revelou-se eficaz não só ao nível cognitivo, mas também na promoção de atitudes favoráveis relativamente à aprendizagem dos conceitos de Mecânica do 9º ano de escolaridade (CONCEIÇÃO e VALADARES, 2002, p. 10). “[...] o MC revelou-se, para os autores, um instrumento importante e inovador, no campo da Educação em Saúde, para desenvolver práticas avaliativas comprometidas em apreender os processos de aprendizagem dos alunos [...]” (RUIZ-MORENO et al, 2007, p. 461). Pode-se considerar a utilização de MC como ferramenta de avaliação como um conjunto de procedimentos utilizados para medir aspectos importantes da estrutura e organização do conhecimento dos alunos e que deve ser compreendida com relação a três aspectos (Ruiz-Primo e Shavelson, 1996): uma tarefa que convida o aluno a fornecer evidências sobre a sua estrutura de conhecimento, um formato para a resposta do aluno e um sistema de pontuação pelo qual o MC do aluno pode ser avaliado com precisão e consistência. Sem esses três componentes, um MC não pode ser considerado uma ferramenta de medição, pois a escolha dos critérios de análise depende do objetivo de cada avaliação. Além disso, pesquisas mostram (Ruiz-Primo, 2000) que diferentes técnicas de mapeamento tocam diferentes aspectos da estrutura de conhecimento dos estudantes. Por exemplo, a tarefa de preencher um MC, demanda uma tarafefa cognitiva muito menor que a de construir um MC a partir do zero. Em síntese, pode-se considerar que, para o bom desenvolvimento de pesquisas com MC, alguns fatores são essenciais: • A aplicação do MC pode ser feita em diversos níveis de ensino: ensino fundamental maior, ensino médio, ensino superior, pós-graduação, cursos técnicos e educação de jovens e adultos (níveis como ensino fundamental menor não foram listados apenas por não constarem nos trabalhos analisados); • O tempo sugerido para realização das pesquisas e aplicação de MC deve ser de, no mínimo, um semestre letivo, pois o pouco tempo de contato e 49 adaptação com a ferramenta refletir-se-á na baixa qualidade dos MC. Grande parte das pesquisas foi realizada em tempo significativo como um semestre letivo, três meses, 45 horas, 30 horas, 16 horas etc. No entanto, a quantidade de MC elaborados durante essas pesquisas foi bastante reduzida, mostrando a necessidade de haver coerência entre o período de realização da pesquisa e a quantidade de MC elaborados; • É necessário um período de treinamento com MC, pois sua montagem é complexa e, quando efetuada uma única vez, não permite determinar a aptidão dos alunos quanto ao desenvolvimento de MC bem elaborados. As pesquisas mostraram ainda que o primeiro MC montado na fase de familiarização com a ferramenta deve ser confeccionado sobre um tema familiar ao aluno e que não necessariamente deve estar relacionado com conteúdo estudado. Martins, Linhares e Reis (2009) solicitaram a confecção de um MC sobre o tema violência, que não possui relação com o assunto estudado (Mecânica de Voo), mas que era familiar à maioria dos alunos. Se houver um período de treinamento e familiarização com a ferramenta, os professores e pesquisadores poderão realizar comparações entre os MC montados na fase inicial e final a fim de observar os avanços quanto à construção de MC e à organização do conhecimento; • A utilização do Cmap Tools, software utilizado na maioria das pesquisas de nível nacional, pode funcionar como um recurso tecnológico atraente para os alunos na montagem dos MC, pois por meio dele é possível inserir vários elementos durante essa montagem. Porém, é necessário haver maior contato entre o professor ou pesquisador e essa ferramenta para que ocorra a transmissão de conhecimentos aos alunos. No Apêndice A dessa dissertação, há um tutorial que mostra como manusear a ferramenta Cmap Tools; • Quando houver disponibilidade de tempo, é interessante que o professor solicite que os alunos expliquem o MC que elaboraram, gerando um ambiente de discussão em sala de aula por meio de sugestões para a complementação e correção dele, quando necessário; 50 • Os MC poderão ser montados individualmente, em grupos ou em duplas. Porém, na fase de elaboração dos MC em grupo, é necessário haver extrema atenção a fim de que todos os componentes participem ativamente de sua elaboração; • É importante que o professor estabeleça critérios para validar os conceitos e a estrutura dos MC montados pelos alunos, uma vez que o sistema exige a atribuição de notas às atividades realizadas. O professor poderá consultar a literatura, tendo em vista o número significativo de trabalhos que estabelecem critérios para a análise de MC e consequentemente adotá-los em suas práticas educativas; Espera-se que essa pesquisa sirva de base para professores e pesquisadores que possuam interesse em desenvolver pesquisas com MC e, principalmente, que pretendam utilizar o MC como ferramenta de avaliação de aprendizagem. Espera-se ainda que funcione como um meio de divulgação dos MC, que, embora tenham surgido há várias décadas, têm sido pouco aplicados no meio educacional e podem ser utilizados para avaliar a aprendizagem dos alunos em diversas áreas. 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÅHLBERG, M.; AHORANTA, V. Concept maps and short-answer tests: probing pupils’ learning and cognitive structure. Proc. of the Third Int. Conference on Concept Mapping, Tallinn, Estonia & Helsinki, Finland 2008. ÅHLBERG, M.; AHORANTA, V. 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APÊNDICE A 78 APÊNDICE B Quadro 1: Mostra os resultados da análise da metodologia dos 105 trabalhos que foram pesquisados em periódicos nacionais, internacionais e nas atas das Conferencias Internacionais sobre MC. BEYERBACH CASTIÑEIRAS GANGOSO PEARSALL, MOREIRA e RICE, RYAN e MARKOW e JONES, RUA e (1988) et al (1997) SKIPPER e LAGRECA SAMSON LONNING CARTER (1996) MINTZES (1998) (1998) (1998) (1998) (1997) Nível de Curso de Ensino superior Ensino superior Superior Superior Ensino Superior Pós-Graduação Ensino. formação Fundamental Disciplina(s). - - Física - Física Geral I Ciências - Ciência Física Quantidade de 52 alunos 139 alunos 39 alunos Estudo 1: 68 18 alunos no 113 alunos 32 alunos 14 professores estudantes estudantes; primeiro participantes Estudo 2: 93 semestre e 30 do estudo. estudantes no segundo Quantidade de Em média dois Não informa Não informa Quatro MC por Não informa Não informa Não informa Não informa MC que foram MC por aluno* aluno montados. Organização Utilização de Não deixa Dois módulos Participação A disciplina foi Aplicação dos Construção de Construção de do curso. MC como Pré e explícito dos alunos em conduzida na conteúdos e MC antes e MC em dois Pós-testes palestras e modalidade posterior depois da momentos, aulas de “Método aplicação de aplicação de além da laboratório e Keller”. testes, atividades de aplicação de realização de perguntas com laboratório com entrevistas testes de respostas o grupo múltipla curtas e experimental escolha construção de MC) Tema(s) Conteúdos Lista fechada Não informa Conteúdo Conteúdo Diversos temas Tópicos de Temas da gerador(es) sobre o de conceitos referentes à referente a três das unidades química ciência física dos MC. planejamento (Temperatura, célula e aos unidades das de ensino (ex. inorgânica e (calor, luz, som do curso energia, calor, seres vivos 21 trabalhadas Célula, química e eletricidade) agitação, invertebrados, orgânica partículas, vertebrados, dilatação, etc.). fungos) Explicação Sim Sim Não informa Sim Não informa Sim Não informa Sim sobre 79 teoria/montage m dos MC. Os estudantes Não informa Não Não informa Não informa Não informa Não Não informa Não informa já possuem experiência com MC? Período em Um semestre De 1992 a 120 minutos Um semestre No primeiro e 23 semanas Um semestre Um semestre que foram 1993 divididos em segundo (50 min de (3 horas por trabalhados os dois módulos semestres teoria e 3h de semana) MC. 80 e 40 min. letivos de 1996 aula prática por semana) Os MC eram Grupos* Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Individual e em Individualmente Duplas montados * e em grupos e em grupos* grupos individualmente e/ou em grupos e/ou em duplas? Os MC eram Sim Não informa Sim Não informa Não informa Sim Não informa Não informa discutidos pelos estudantes? Tipo de Não informa Não informa Não informa Manuscritos Manuscritos* Manuscritos* Inspiration Não informa montagem dos Software MC. Técnica de C-MAP S-MAP S-MAP C-MAP S-MAP S-MAP S-MAP C-MAP construção dos MC. WILLIAMS MCCLURE, STRUCHINER, STODDART et RUIZ-PRIMO, ANDERSON, ODOM e JACOBS- (1998) SONAK e VIEIRA e al, 2000 (2000) LUCAS e KELLY (2001) LAWSON e SUEN (1999) RICCIARDI GINNS (2000) HERSHEY (1999) (2002) Nível de Superior Superior Superior Ensino Ensino Médio Ensino Ensino Superior Ensino. Fundamental e Primário Secundário Médio Disciplina(s). - Psicologia - Ciências Química Ciência Biologia - Educacional Quantidade de Dois grupos: 63 alunos 38 alunos Não informa Estudo 1: 40 12 alunos 108 alunos 17 alunos estudantes 28alunos e 8 estudantes, 2 80 participantes professores professores e do estudo. /especialistas. um especialista (químico); Estudo 2: 152 estudantes. Quantidade de Não informa 63 MC em uma 36 MC 724 MC Não informa Um MC. Porém Não informa 34 (em média 2 MC que foram das etapas da ele foi sendo por aluno) montados. pesquisa reelaborado durante 3 fases do estudo Organização Os MC foram Aplicação de Dividido em Fase de A pesquisa foi Construção de A pesquisa Utilização de do curso. montados por questionário, duas etapas: treinamento e desenvolvida MC nas fases envolveu MC como Pré e dois grupos de treinamento estudo piloto e aplicação de por meio de de pré-visita, quatro grupos pós-testes alunos os da quanto a estudo uma pré e pós- dois estudos, pós-visita e de tratamento seção de montagem de definitivo avaliação cada um com pós-atividade (MC, ciclo de reforma e da MC e técnicas em um museu aprendizagem, seção avaliações com diferentes de de ciência expositiva, tradicional e MC construção de MC/ciclo de um grupo de MC aprendizagem. professores especialista. Tema(s) “Funções” Lista de Conhecimentos Conteúdos do Estudo 1: Ions, “Eletricidade e “Difusão e “Psicologia” gerador(es) conceitos do relacionados currículo que Moléculas e Magnetismo” osmose” dos MC. curso sobre ao conceito de seriam Compostos; teorias esmalte estudados Estudo 1: cognitivas dentário. conceitos fornecido pelo acessor. Explicação Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim sobre teoria/montage m dos MC. Os estudantes Não informa A maioria Não Não informa Não informa Não informa Sim Não informa já possuem experiência com MC? Período em Não informa 90 minutos Não informa Uma semana Não informa Não informa Em média sete Um semestre que foram semanas 81 trabalhados os MC. Os MC eram Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Duplas e Individualmente Individualmente montados * * e em Grupos Individualmente e em grupos individualmente e/ou em grupos e/ou em duplas? Os MC eram Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Sim Sim Não informa discutidos pelos estudantes? Tipo de Não informa Não informa Manuscritos Manuscritos* Não informa Software Não informa Manuscritos* montagem dos Inspiration MC. Técnica de S-MAP S-MAP C-MAP C-MAP S-MAP e C-MAP S-MAP S-MAP construção dos F-MAP MC. CONCEIÇÃO e BESTERFIELD NAVARRO- MARÍA e HUGO ARBEA e ARÁNGUIZ, IRAIZO VALADARES -SACRE et al CLEMENTE, IRMA CHROBAK CAMPO (2004) BERRAONDO (2004) (2002) (2004) DOMÍNGUEZ- (2004) (2004) E PÉREZ e TORRE (2004) ORTIZ- ESQUIVEL (2004) Nível de Ensino Superior Superior Superior Superior Ensino Médio Superior Ensino Ensino. Fundamental Primário Disciplina(s). Física e - - Física I Física I Ciências da Fisioquímica - química Natureza Quantidade de 52 alunos 46 alunos e 27 63 alunos 45 alunos Não informa 19 alunos Não informa 43 alunos estudantes idosos (dois grupos 22 participantes e 21) do estudo. Quantidade de Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa MC que foram montados. Organização Pré e pós- O curso foi Elaboração de 2 etapas. Uma Em duas Três fases: Desenvolvimen Seis fases: 1 do curso. testes com um desenvolvido MC pelos de atividades: Introdução, to de uma Preparação do 82 grupo em duas fases: professores desenvolviment 1ª De focalização e unidade MC da experimental e uma no ano (especialista) e o instrucional e integração e resumo. temática instrução; 2 um grupo 2000 com os alunos outra de monitoramento estruturada em realização de controle. 46 alunos e implementação de suas cinco temas um MC inicial; outra em 2002 aprendizagens 3 avaliação com 27 idosos 2ª Modo de inicial dos reflexão alunos, antes do período de instrução; 4 instrução; 5 realização de um MC ao finalizar a matéria; 6 construção de um MC final. Tema(s) Os MC foram Conceitos “Soluções” A partir de um “Cinemática” “Energia” Após a Lista de gerador(es) montados de sobre texto escrito explicação dos conceitos das dos MC. acordo com as engenharia conteúdos grandezas de concepções industrial medida. prévias dos alunos Explicação Sim Sim Não informa Sim Não informa Sim Não informa Não informa sobre teoria/montage m dos MC. Os estudantes 80% não Não informa Não informa Não informa Não informa Sim Não informa Não informa já possuem tiveram contato experiência com MC com MC? Período em Não informa Um mês para Não informa 6 horas Não informa 9 semanas, Aproximadame Não informa que foram cada fase semanais, sendo 3 seções nte 2 meses trabalhados os durante 15 por semana MC. semanas Os MC eram Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Individuais e montados * * * * * em grupos individualmente e/ou em grupos 83 e/ou em duplas? Os MC eram Sim Não informa Não informa Sim Sim Não informa Não informa Não informa discutidos pelos estudantes? Tipo de Não informa Manuscritos* Manuscritos Cmap Tools Cmap Tools (o Cmap Tools Cmap Tools Cmap Tools montagem dos (os do aluno)* do professor)* MC. Técnica de C-MAP S-MAP S-MAP C-MAP S-MAP C-MAP C-MAP S-MAP construção dos MC. DALEY (2004) ALI e ISMAIL GOUVEIA e YOVAL et al YIN et al (2005) ASSARAF e CAÑAS et al BONASTRE e (2004) VALADARES (2004) ORION (2006) PINA (2006) (2004) (2005) Nível de Pós-Graduação Formação de Não informa Superior Ensino Ensino Capacitação de Superior Ensino. professores Fundamental Secundário professores Disciplina(s). - - Química Biologia IV Ciências Ciências - Fundamentos de bases de dados Quantidade de 21 alunos 100 Não informa 221 alunos 92 alunos Cerca de 50 Não informa 17 estudantes estudantes professores alunos participantes do estudo. Quantidade de Três MC por Não informa Não informa Não informa Não informa Em média dois 50 MC Não informa MC que foram aluno MC por aluno montados. Organização Elaboração de Não deixa Aplicação de Fase inicial Construção de Utilização de Duas fases. Em duas fases: do curso. MC e explícito MC com o para MC ciando (C) ferramentas Primeira - Sensibilização; entrevistas grupo familiarização e selecionando antes durante e estudo busca e experimental e com os MC, (S) frases de depois do preliminar; organização do ensino elaboração de ligação processo de segunda - conhecimento; tradicional com conceitos para aprendizagem resultados da o grupo posterior confiabilidade. controle construção de MC Tema(s) Não informa Não informa “Reações Uma lista de 20 Lista de Lista de Não informa “Conceptos gerador(es) Ácido-base” conceitos conceitos sobre conceitos Fundamentales 84 dos MC. o tema referente ao de Bases de “Flutuabilidade” ciclo da água Datos”. Explicação Sim Sim Não informa Não informa Sim Sim Não informa Sim sobre teoria/montage m dos MC. Os estudantes Não Não informa Não informa Não Não informa Não informa Não informa Não informa já possuem experiência com MC? Período em Dois semestres 3 meses Não informa Não informa 7 semanas Não informa Não informa que foram trabalhados os MC. Os MC eram Individuais* Em grupos Individuais e Não informa Em grupos* Individualmente Individuais* Individuais e montados em grupos e em duplas em grupos individualmente e/ou em grupos e/ou em duplas? Os MC eram Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Sim discutidos estudantes? Tipo de Não informa Manuscritos Cmap Tools Não informa Manuscritos Manuscritos* 24 manuscritos Cmap Tools montagem dos e 26 com outro MC. programa Técnica de Não deixa C-MAP Não deixa S-MAP S-MAP S-MAP Não informa C-MAP construção dos explícito explícito MC. POVEDA, PÉREZ RAMÍREZ, REZENDE, RODRIGUEZ IRAIZOZ AÑEZ, EDURNE SANZOL e RODRÍGUEZ BARRIGA e GARCIA e (2006) SANZOL e FERRER e ARANTZA ONECA (2006) et al ZÁRATE COLA (2006) GONZÁLEZ VELAZCO (2006) (2006) (2006) GARCÍA (2006) (2006) Nível de Ensino Superior Ensino Superior Ensino primário Ensino primário Superior Ensino Ensino. Primário (Licenciatura Secundário Secundário em ciências física) 85 Disciplina(s). Matemática Didática da - Biomecânica I Ciências - - Matemática física e Cinesiologia Quantidade de 41 crianças Não informa 96 estudantes 13 da disciplina 15 professores Não informa 108 63 alunos estudantes Biomecânica I e 36 alunos participantes e 10 da do estudo. disciplina Cinesiologia. Quantidade de Não informa 65 MC 10 MC 23 MC Não informa Não informa Não informa Não informa MC que foram montados. Organização Introdução; Construção de Em quatro Pesquisa Instruções Leitura de Três Introdução, do curso. Foco cognitivo; MC e fases. 1ª: fase desenvolvida utilizando textos para momentos: 1º focalização e Aplicação discussão dos de diagnóstico; em três etapas abordagens montagem de buscar as resumo mesmos pelos 2ª: fase de pedagógicas e MC concepções colegas treinamento; tecnologias de prévias dos 3ª: fase de aprendizagem estudantes; 2º: ensino; exposição do 4ª: fase de professor e 3º: avaliação consolidação do conhecimento Tema(s) “Medição de “Corrente “Vício” “Movimento de “Placas Não houve um “As soluções” Lista de 25 gerador(es) grandezas” elétrica” uma tectônicas, tema específico conceitos sobre dos MC. articulação do estrutura e o tema corpo humano” função celular Proporcionalida e seres vivos” de Explicação Não informa Não informa Sim Não informa Sim Não Sim Não informa sobre teoria/montage m dos MC. Os estudantes Sim Não informa Não informa Não informa Não Sim Não informa Não informa já possuem experiência com MC? Período em Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa que foram exatamente. trabalhados os MC. 86 Os MC eram Não informa Individuais Individuais Individualmente Não informa Individualmente Em grupos* Individuais e montados * * em grupos individualmente e/ou em grupos e/ou em duplas? Os MC eram Não informa Sim Sim Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa discutidos pelos estudantes? Tipo de Não informa Cmap Tools Não informa Manuscritos* Não informa Manuscritos* Não informa Cmap Tools montagem dos MC. Técnica de Não informa S-MAP S-MAP C-MAP F-MAP C-MAP C-MAP S-MAP construção dos MC. SOARES e DALEY et al ONECA, AZEVEDO e STODDART SAMAWI IULI e MASSONI e VALADARES (2006) SANZOL e LANDO (2006) (2006) (2006) HIMANGSHU MOREIRA (2006) POVEDA (2006) (2007) (2006) Nível de Ensino Superior Ensino Superior Ensino Superior Superior Superior Ensino. Secundário Primário Fundamental Disciplina(s). Química e - Matemática Bioquímica Inglês - Química, História e Física biologia Epistemologia da Física Quantidade de 28 do grupo 63 alunos Não informa 60 alunos Não informa 32 do grupo 79 alunos Não informa estudantes experimental e experimental e participantes 27 do grupo 45 do grupo do estudo. controle controle Quantidade de 86 MC do 3 MC por aluno Não informa Não informa Não informa 2 MC por aluno Não informa Não informa MC que foram grupo montados. experimental e 54 MC do grupo controle Organização Aplicação de Não deixa Período de Montagem de Três fases: 1ª – Atividades Entrevistas, O curso foi do curso. MC antes explícito treinamento MC antes da instruções de desenvolvidas observações, organizado por durante e após quanto à aplicação do como montar pelo grupo construção de meio da o ensino do montagem de DMDV um MC; 2ª – experimental e MC e construção de 87 conteúdo sobre MC, período de (Diagrama seleção de grupo controle questionários MC, realização acústica busca das Metabólico conceitos de seminários, concepções Dinâmico referente ao e monografias prévias, Virtual), conteúdo; 3ª – período de durante e elaboração dos instrução e depois do MC período pós estudo com instrução DMDV Tema(s) “Acústica” “Problemas Conteúdos Conteúdos do Conceitos de Conteúdo do “Resolução de “Epistemologia gerador(es) clínicos” referentes a software sobre uma unidade curso de problemas de Popper, dos MC. magnitudes de ciclo de Krebs que será enfermagem ambientais” Lakatos e medição e metabolismo ensinada Kuhn; filosofia de carboidratos de Bachelard, Laudan e de Toulmin”. Explicação Não informa Não informa Sim Não informa Sim Não informa Não informa Não informa sobre teoria/montage m dos MC. Os estudantes Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa já possuem experiência com MC? Período em Não informa Três meses Seis semanas Não informa Quatro Um semestre Um semestre Não informa que foram semanas exatamente. trabalhados os MC. Os MC eram Individuais e Individualmente Individuais Individualmente Individuais e Individuais Individualmente Grupos montados em grupos * * em grupos * individualmente e/ou em grupos e/ou em duplas? Os MC eram Sim Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Sim discutidos pelos estudantes? Tipo de Não informa Cmap Tools Não informa Cmap Tools* Manuscritos* Não informa Não informa Manuscritos e 88 montagem dos no Cmap MC. Tools. Técnica de S-MAP C-MAP S-MAP Não deixa S-MAP F-MAP Não deixa C-MAP construção dos explícito explícito MC. SILVA e MENDONÇA, FILHO (2007) RUIZ- SCHAAL, MENDIA e YOVAL et al SOARES e SOUSA SILVA e MORENO et al (2008) GARCÍA (2008) (2008) CUNHA (2008) (2007) PALMERO (2007) (2007) Nível de Ensino Médio Ensino Superior Pós-graduação Ensino Ensino Ensino Médio Ensino Ensino. Fundamental Secundário Secundário Secundário Disciplina(s). Física - - Processo de Biologia, Matemática Biologia IV Física Ensino- matemática e Aprendizagem física e Educação em (Interdisciplinar Saúde ) Quantidade de Só informa que 13 alunos Não informa Não informa 106 alunos 84 alunos (29 Dois grupos de 56 alunos (28 estudantes foram duas do grupo estudantes um do grupo participantes turmas controle e 55 com 34 e outro experimental e do estudo. do grupo com 39. 28 do grupo experimental) controle) Quantidade de 22 MC Não informa Não informa 31 MC Não informa Não informa Não informa Não informa MC que foram montados. Organização As aulas foram Organizado em Curso Dois módulos, Utilização de Construção de Montagem de Construção de do curso. desenvolvidas 5 etapas organizado em um de 20 pré e pós- MC antes e MC por meio MC antes, em 5 três momentos: horas-aula e testes depois da de uma durante e após momentos 1º. outro de 24 instrução pergunta e instruções Levantamento horas aula montagem de referentes ao de concepções MC por meio conteúdo prévias sobre a de uma lista de temática; 2º. conceitos. Listagem de Além da várias palavras aplicação de soltas; 3º. entrevistas Leitura de texto Tema(s) Não há um Não houve um Alimentos Tema Conceitos inter- “Proporcionalid “O que é “Som” gerador(es) único tema tema nosso “Educação em relacionados ade” evolução?” 89 dos MC. gerador, os MC específico, os combustível Saúde” e de de ciências e “Evolução dos foram MC foram outros termodinâmica seres vivos” montados de elaborados de conteúdos da acordo com acordo com o disciplina. alguns tópicos tema “água” do conteúdo que estava sendo ensinado Explicação Sim Sim Não informa Sim Não informa Não informa Sim Sim sobre teoria/montage m dos MC. Os estudantes Não Informa Não* Não informa Em uma das Não informa Não informa Não informa Não informa já possuem disciplinas os experiência alunos tinham com MC? experiência Período em Entre o 2º e 3º Fevereiro a De março de Um semestre Seis aulas Um ano letivo Seis seções de Um ano letivo que foram bimestre de dezembro de 2005 a junho letivo 50 minutos trabalhados os 2006 2006. de 2007 MC. Os MC eram Individualmente Individualmente Individualmente Grupos, duplas Duplas Individualmente Grupos Individualmente montados * e * e em grupos individualmente individualmente e/ou em grupos e/ou em duplas? Os MC eram Não informa Não informa Não Sim Não informa Não informa Não informa Sim discutidos pelos estudantes? Tipo de Não informa Não informa Manuscritos* Não informa Outro Cmap Tools* Cmap Tools* Cmap Tools* montagem dos MC. Técnica de C-MAP C-MAP S-MAP e C- S-MAP e C- S-MAP S-MAP S-MAP e F- C-MAP construção dos MAP MAP MAP MC. 90 DUNKER, GERSTNER e SEGALÀS, BROGGY e ALMEIDA e TOIGO e VENÂNCIO e NUNES e MAGNTORN e BOGNER FERRER- MCCLELLAND MOREIRA MOREIRA KATO PINO HELLDÈN (2008) BALAS e (2008) (2008) (2008) (2008) (2008) (2008) MULDER (2008) Nível de Ensino Ensino Médio Superior Superior Superior Superior Ensino médio Ensino Médio Ensino. Fundamental Disciplina(s). Química Ciências - Física Física e - Não informa Química naturais Engenharia (grupo de comparação) Quantidade de 92 alunos 397 alunos 700 estudantes 88 alunos na 125 alunos Não informa 19 alunos 34 alunos estudantes fase 1 e 79 na participantes fase 2 do estudo. Quantidade de Não informa 81 MC Em média dois Em media três 39 MC Não informa 38 MC 34 MC MC que foram MC por aluno* MC por aluno montados. Organização Utilização de Instrução Avaliação dos Aplicação de Atividades do Tópicos do Leitura de Não explicita a do curso. entrevistas, centrada no alunos no início MC e de grupo conteúdo textos e outros organização do construção e professor, e no fim do questionários experimental curso análise de MC instrução curso sobre de pesquisa foram prática e sustentabilidad desenvolvidas mapeamento e durante o de conceitos horário da disciplina Tema(s) “Queima e “Água - base “Sustentabilida Luz, som Não há um Não há um “O que você “Átomo” gerador(es) combustão” da vida” de” eletricidade e tema único tema sabe sobre a dos MC. magnetismo específico. Foi gerador, os MC dengue?” sugerido que foram os alunos montados de montassem os acordo com MC de acordo alguns tópicos com os do conteúdo. conteúdos que foram vistos em aulas anteriores. 91 Explicação Não informa Sim Não informa Sim Não informa Sim Não Não informa sobre teoria/montage m dos MC. Os estudantes Não informa Não Não informa Não informa Não informa Alguns alunos Sim Não informa já possuem experiência com MC? Período em Não informa 135 minutos* Não informa Um ano Durante o Não informa 5 encontros de Não informa que foram segundo 50 min cada. trabalhados os semestre letivo MC. de 2005 e primeiro de 2006. Os MC eram Em grupos* Em grupos Individualmente Individuais e Individualmente Em grupos Individualmente Individualmente montados * em grupos e em grupos * individualmente e/ou em grupos e/ou em duplas? Os MC eram Não informa Não informa Não informa Não informa Sim Sim Não informa Não informa discutidos pelos estudantes? Tipo de Manuscritos* Não informa Não informa Cmap Tools* Não informa Cmap Tools Manuscritos Manuscritos montagem dos MC. Técnica de Não deixa S-MAP C-MAP S-MAP C-MAP C-MAP C-MAP C-MAP construção dos explícito MC. HENNO e ÅHLBERG e LEMOS, DAHNCKE e INGEÇ (2009) KRUMMENAU RAZERA, GALVÃO REISKA (2008) AHORANTA MOREIRA e REISKA (2008) ER e COSTA MENDES, (2009) (2008) MENDONÇA (2009) DUARTE e (2008) BARRETTO (2009) Nível de Ensino Médio Não informa Ensino Ensino Curso de Educação de Ensino Superior Ensino. Secundário Fundamental formação Jovens e Fundamental Adultos 92 Disciplina(s). Ciências Não informa Ciências Física Física Física Ciências Fisiologia Geral Quantidade de 29 estudantes Não informa 22 alunos Dois estudos: 73 alunos 40 alunos 20 alunos Não informa, estudantes exatamente um com 9 e diz apenas que participantes outro com 10 é um grupo de do estudo. estudantes alunos Quantidade de Não informa Não informa Em media três 130 MC 73 MC Não informa 27 MC Não informa MC que foram MC por aluno montados. Organização Instruções Pesquisa Debate livre, Montagem de Os alunos MC construídos Ocorreram Estudo do curso. sobre o desenvolvida seguido da pré e pós- construíram após a estratégias desenvolvido conteúdo, por meio do leitura do livro testes e MC e também abordagem dos envolvendo em quatro aplicação de desenvolviment didático e uma utilização de realizaram um conteúdos aulas, fases avaliação o de quatro discussão, grupo teste de pesquisas e sumativa e experimentos atividades em experimental e desempenho trabalhos construção de seguidos de grupo e, por grupo controle diversos de MC construções e fim, uma classe e análise de MC avaliação extraclasse escrita os dados recém adquiridos Tema(s) Conteúdo Os MC foram “Répteis” "A oferta de Conhecimentos Não há um “Animais” “Homeostasia” gerador(es) referente ao montados energia em um dos alunos tema gerador, dos MC. sistema sobre a sistema sobre os os MC foram digestivo e temática dos dinâmico de conteúdos de montados de sistema experimentos: centrais dinâmica e acordo com o excretor atmosfera, diferentes" impulso conteúdo biologia “Energia, abordado sobre humana, consumo em cinemática e Austrália e o casa” dinâmica Sol e os planetas. Explicação Sim Não Sim Não informa Sim Sim Sim Não informa sobre teoria/montage m dos MC. Os estudantes Não* Sim Não Não informa Não informa Não Não informa Não informa já possuem 93 experiência com MC? Período em Um ano letivo Não informa Três encontros Não informa Não informa Não informa Aproximadame Não informa que foram exatamente de 90 minutos exatamente nte 3 meses trabalhados os MC. Os MC eram Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Grupos Individualmente Não informa montados * individualmente e/ou em grupos e/ou em duplas? Os MC eram Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Sim Sim Não informa discutidos pelos estudantes? Tipo de Cmap Tools Não informa Manuscritos* MC montados Manuscritos* Manuscritos e Não informa Manuscritos* montagem dos com etiquetas no Cmap Tools MC. auto-adesivas e com o programa CCMap Técnica de C-MAP C-MAP* C-MAP* C-MAP* C-MAP C-MAP C-MAP C-MAP construção dos MC. MARTINS, COGO et al PACHECO e CORREIA, SILVEIRA e SOIKA, RAMÍREZ ROMANO-JR e LINHARES e (2009) DAMASIO SILVA e MILTÃO REISKA e (2010) CORREIA REIS (2009) (2009). JUNIOR (2010) (2010) MIKSER (2010) (2010) Nível de Ensino médio Superior Curso Técnico Superior Ensino Ginasial Superior Superior Ensino. e superior Fundamental Disciplina(s). Ensino Médio- Introdução a - Ciências da Física Química - - Física Anamnese e ao Natureza Exame Físico de Enfermagem Quantidade de 36 do ensino 20 alunos 29 alunos 109 alunos Não informa 41 estudantes 28 estudantes Não informa 94 estudantes médio e 16 do participantes ensino superior do estudo. Quantidade de 22 da turma do 11 MC 64 MC 109 MC Não informa Não informa Em média 172 55 MC MC que foram ensino médio e exatamente, MC revisados montados. 04 ensino mas 29 alunos superior montaram 2 MC cada Organização Foi organizado O curso foi Curso foi Textos MC construídos Construção de Elaboração de Leituras do curso. dois encontros dividido em organizado de referentes aos após a MC após a pastas de MC, preparatórias, com a turma do cinco módulos maneira conteúdos que abordagem de aplicação de mediação sessões de ensino médio modular, sendo seriam vários dois métodos docente e filme e cada módulo abordados nos conteúdos de ensino avaliação e construção de constituído por MC diferentes qualificação MC diversas das pastas de unidades MC curriculares Tema(s) Não houve Não houve um MC foram “Como a Não há um Lista de 5 perguntas "Como é que a gerador(es) uma questão tema gerador montados em ciência e a tema gerador e conceitos referentes ao bioética regular dos MC. foco específica específico e vários tecnologia sim vários químicos tema a relação entre e sim uma lista sim os momentos com influenciaram a temas desenvolviment ciência e de conceitos conceitos que o tema chuva compreensão relacionados o gráfico, sociedade?". sobre foram ácida da sociedade com a aprendizagem mecânica de discutidos sobre o Astronomia e leitura e voo que foram referentes à universo?" escrita indicados pelo anamnese professor Explicação Sim Sim Sim Sim Não informa Não informa Não informa Sim sobre teoria/montage m dos MC. Os estudantes Não informa Não Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa já possuem experiência com MC? Período em Não informa a 60 horas Durante um Ao longo do 1º Não informa Apenas informa Não informa 15 semanas que foram quantidade semestre semestre de que foram dois (duas horas trabalhados os total de horas. 2009 dias semanais) 95 MC. Os MC eram Grupos Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente montados e em grupos e em grupos e em grupos e em duplas individualmente e/ou em grupos e/ou em duplas? Os MC eram Sim Não informa. Sim Não informa Sim Não informa Não informa Não informa discutidos pelos estudantes? Tipo de Manuscritos* Cmap Tools Manuscritos e Não informa Manuscritos Não informa Cmap Tools Manuscritos e montagem dos no Cmap Tools no Cmap Tools MC. Técnica de C-MAP e S- C-MAP C-MAP C-MAP C-MAP S-MAP C-MAP S-MAP construção dos MAP MC. ALMEIDA e ÁVILA e MENDONÇA e CAVALCANTI VELÁSQUEZ DÍAZ- MILLER et al CURSEU, FONTANINI BORGHT MOREIRA (2010) (2010) GRANADOS (2010) SCHALK e (2010) (2010) (2010) (2010) SCHRUIJER, (2010) Nível de Superior Superior Ensino Superior Ensino Médio Superior Ensino Superior Ensino. Fundamental Primário Disciplina(s). Fundamentos Ecologia 2 Ciências - - Construtivismo Ciências - da Matemática Naturais e de Cálculo Diferencial e Integral I Quantidade de 4 alunos 50 estudantes 16 alunos 57 estudantes Não informa Não informa 55 do grupo 359 estudantes estudantes (31 período experimental e participantes integral e 26 53 do grupo do estudo. período controle noturno) Quantidade de 28 MC Três MC por Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa MC que foram aluno montados. Organização Desenvolvimen Realização de Os MC foram Familiarização Construção de Utilização de Intervenção Elaboração de do curso. to de atividades MC antes, montados em quanto ao uso MC e entrevistas e experimental projetos de 96 de modelagem durante e três momentos da ferramenta discussões construção de com grupo pesquisa, e matemática e depois do distintos: antes, MC, montagem com os grupos MC experimental e construção de confecção dos curso de durante e após de MC e leitura (fase de grupo controle MC cognitivos MC ecologi. o de livros seleção de e MC a partir desenvolviment conceitos e de conceitos o do conteúdo formação das referentes aos sobre o tema proposições) projetos Mamíferos Tema(s) “Função, Conceitos “Mamíferos” “Equilíbrio Conceitos na Conteúdos da “Fontes de Tema dos gerador(es) função do 1º fundamentais Químico” área de disciplina Energia” projetos (tema dos MC. grau” da disciplina tecnologia e livre) informática Explicação Sim Não informa Não informa Sim Não informa Sim Não Sim sobre teoria/montage m dos MC. Os estudantes Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Sim Não informa já possuem experiência com MC? Período em 45 horas/aula Não informa 33 encontros Não informa Não informa Um semestre 10 semanas Um semestre que foram de atividades de 50 minutos (com seções (14 semanas) trabalhados os (três vezes por de 45 minutos MC. semana) realizadas uma vez por semana) Os MC eram Individuais, em Individualmente Em duplas Em grupos* Em grupos* Individualmente Grupos Grupos montados grupos e em individualmente duplas e/ou em grupos e/ou em duplas? Os MC eram Não informa Não informa Não informa Não informa Sim Sim Não informa Sim discutidos pelos? Tipo de Manuscritos e Cmap Tools Não informa Não informa LiveMappers Manuscritos e Cmap Tools Manuscritos* montagem dos no Power no Cmap Tools MC. Point. 97 Técnica de C-MAP S-MAP C-MAP S-MAP S-MAP C-MAP C-MAP S-MAP construção dos MC. ASSARAF e KASSAB e AIZICZON e RORATTO, GARCIA e CAVALCANTI SOIKA, CAVALCANTI ORION HUSSAIN CUDMANI NOGUEIRA e ARABÍ (2012) e LOURENÇO REISKA e e (2010) (2010) (2010) KATO (2012) MIKSER (2012) MAXIMIANO (2011) (2012) Nível de Ensino Médio Superior Ensino superior Ensino Ensino Ensino Médio Não informa Superior Ensino. Fundamental Primário Disciplina(s). Ciências - - Matemática - - - - Quantidade de 4 alunos 114 alunos 14 professores Não informa 25 estudantes 29 estudantes Estudo 1:77 17 estudantes estudantes alunos participantes Estudo 2: 62 do estudo. alunos Estudo 3: 54 alunos Quantidade de Não informa 456 MC Não informa Não informa Não informa Não informa Em média, dois Não informa MC que foram MC por grupo* montados. Organização Estudo Treinamento Conteúdos e Sequência Leitura de texto Construção de Utilização de Aplicação dos do curso. realizado em quanto ao uso atividades didática: e construção MC sobre o animações MC aos alunos quatro etapas: da ferramenta divididos em Atividades de MC mesmo tema individual, com em dois fase 1º MC, construção módulos e iniciais, em momentos explicação do momentos conduzida de MC e textos desenvolviment distintos professor e por distintos antes do início avaliação dos o das meio da do processo de mesmos atividades e utilização de aprendizagem; avaliação da um texto fase 2ª aprendizagem referente ao realizada tema da durante o animação processo de aprendizagem; fase 3ª de realização do pós-teste; fase 4ª realizada seis anos depois, antes 98 dos alunos ingressarem no ensino superior. Tema(s) Conceitos dos MC gerados Várias Conteúdos Um texto “Propriedades Lista de “Equilíbrio gerador(es) conteúdos da por meio de um questões foco estudados narrativo: “Dom Coligativas” conceitos nos Químico” dos MC. unidade problema em são discutidas sobre funções Quixote” três estudos curricular que estudo (ex.: aborda sobre o epilepsia) ciclo da água Explicação Não informa Sim Não informa Sim Sim Sim Não informa Não informa sobre teoria/montage m dos MC. Os estudantes Não informa Não informa Não informa Não informa Não Não informa Não informa Não informa já possuem experiência com MC? Período em Não informa Dois anos 16 horas 10 encontros Não informa Não informa Não informa Não informa que foram divididas em 4 de duas claramente exatamente trabalhados os sessões horas/aula MC. Os MC eram Duplas Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Individualmente Grupos (nos Individualmente montados e em grupos * * três estudos) * individualmente e/ou em grupos e/ou em duplas? Os MC eram Não informa Não informa Não informa Sim Não informa Não informa Não informa Não informa discutidos pelos? Tipo de Não informa Não informa Não informa Manuscritos* Cmap Tools Não informa Cmap Tools* Cmap Tools* montagem dos MC. Técnica de S-MAP C-MAP C-MAP C-MAP S-MAP S-MAP Os três S-MAP construção dos estudos: S- MC. MAP 99 MARTÍNEZ MENDONÇA SILVEIRA, CICUTO e AZCÁRATE e MERRILL VANHEAR HARRELL et HILGER, et al (2012) e SILVEIRA SOUSA e CORREIA GARCÍA (2012) (2012) al (2012) MOREIRA e (2012) MENDONÇA (2012) (2012) GRIEBELER (2012) (2012) Nível de Superior Ensino Ensino Superior Ensino Ensino Superior Superior Ensino Médio Ensino. Primário Primário Secundário Primário Disciplina(s). Técnicas Ciências - Ciências da - Ciências - - Física experimentai Naturais e Natureza s em óptica Biologia Quantidade Não informa Três turmas Não informa 69 alunos Não Não informa Não informa 49 Quatro de com 16, 16 e explicitou a professores turmas estudantes 24 alunos quantidade (Não participantes cada investigada informou os do estudo. números) Quantidade Não informa Em média 3 2 MC por 69 MC Não informa Não informa 2 MC por Não informa Não informa de MC que MC por aluno aluno* aluno* foram montados. Organização Desenvolvim Construção Aplicação de Textos, aulas Quatro Observações Construção Utilização de Desenvolvim do curso. ento de de MC antes, avaliação expositivas e etapas: das aulas e de Vê de MC como pré ento de seis atividades de durante e diagnóstica discussões Diagnóstica, entrevistas Gowin e e pós- tese e tarefas: laboratório e após o no início e no em grupos. elaboração e com aplicação de uma construção estudo dos final da aplicação do professores e MC como pré intervenção de mapas conteúdos interveção módulo alunos e e pós-testes instrucional mentais, instrucional, artefatos questioname aplicação de ntos iniciais, MC e análise tarefa de livre de MC escolha, MC, avaliação individual e jornal de classe. Tema(s) Conteúdos “Solo, Temas “Como o Não deixa “Bacias Tema “Dissolução” Conceitos de gerador(es) sobre “óptica” mamíferos e astronômicos desenvolvime explícito Hidrográficas referente à quantização, dos MC. sistema nto científico- ” educação e incerteza, respiratório” tecnológico desenvolvime estados e se relaciona nto superposição com as sustentável de estados 100 mudanças climáticas?" Explicação Sim Não informa Não informa Sim Não informa Sim Não informa Sim Não informa sobre teoria/montag em dos MC. Os Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa estudantes já possuem experiência com MC? Período em 8 seções de 16, 33 e 20 Não informa Ao longo do Quatro Seis meses Sete Não informa Não informa que foram práticas de 4 encontros em 1º semestre meses semanas, trabalhados horas cada cada turma. de 2010 duas horas os MC. uma Cada semanais encontro era de 50 min. Os MC eram Individualmen Individualmen Individualmen Individualmen Individualmen Individualmen Individualmen Individualmen Duplas montados te e em te e em te* te te* te* te* te* individualmen duplas duplas te e/ou em grupos e/ou em duplas? Os MC eram Não informa Não informa Não informa Não informa Não informa Sim Não informa Não informa Não informa discutidos pelos estudantes? Tipo de Cmap Tools Manuscritos* Cmap Tools* Não informa Manuscritos Manuscritos Cmap Tools* Não informa Manuscritos* montagem e no Cmap e Cmap dos MC. Tools Tools Técnica de F-MAP e C- C-MAP* Não deixa C-MAP S-MAP* C-MAP* C-MAP* S-MAP C-MAP* construção MAP explícito dos MC. 101 APÊNDICE C “Vê” do conhecimento É um instrumento heurístico inventado por D. Bob Gowin em 1977 que procura ajudar as pessoas a entender a estrutura do conhecimento e seu processo de construção ou até mesmo a desempacotar o conhecimento presente em livros, artigos científicos, atividade de laboratório, etc. Esse instrumento também pode ser chamado de Vê epistemológico, diagrama V, Vê heurístico e Vê de Gowin. Figura 1. Uma versão expandida do “Vê” cognitivo, de Gowin, com descrições e exemplos dos elementos que o compõem. (NOVAK e GOWIN, 1996, p. 72). Por meio da figura 4 é possível observar que o “Vê” apresenta uma questão central que deverá ser respondida por meio da interação entre o domínio conceitual (lado esquerdo) e do domínio metodológico (lado direito). É essa questão que identifica o que será estudado e quais os fenômenos envolvidos. 102 O domínio conceitual representa o pensar. Nele estão os conceitos, os quais podem gerar princípios e leis e estes, por sua vez, formam teorias. Essas teorias geram um sistema de crenças chamadas de filosofia, ou seja, a visão que as pessoas têm sobre determinado fenômeno ou teoria. Na parte inferior, ou seja, na base do “Vê”, estão os acontecimentos que correspondem aos fenômenos de interesse, registros dos dados e objetos da pesquisa. O domínio metodológico representa o fazer. Ele é guiado pelas transformações dos registros obtidos por meio dos acontecimentos/objetos. Essas transformações geram resultados que servirão para chegar aos juízos cognitivos, ou seja, a resposta à questão central do “Vê”. A partir daí é possível mostrar também a importância do que está sendo investigado tanto no campo da pesquisa, como fora dele, por meio dos juízos de valor. Inicialmente, é bastante complexa a utilização desse instrumento, quando os alunos ainda não conseguem visualizar realmente a sua função e a importância de cada elemento do “Vê”. Porém, após um tempo de experiência, sua utilização torna- se mais prazerosa, pois os alunos passam a compreender aquilo que estão fazendo. Novak e Gowin (1996) afirmam que é importante a utilização do “Vê” na avaliação. Ele pode ser considerado um instrumento valioso para o trabalho de laboratório, de estudo ou de campo. Segundo eles, [...] os diagramas em “Vê” ajudam os estudantes a organizarem o seu pensamento, a agirem de um modo mais eficiente e produtivo, e, o que consideramos extremamente importante, a sentirem-se melhor consigo mesmos e mais responsáveis pelo que estão a fazer. (NOVAK e GOWIN, 1996, p. 130). Eles acreditam que a avaliação educacional pode ser melhorada se conhecermos o modo como os seres humanos criam e valorizam o conhecimento e os processos biológicos por meio dos quais atingem a compreensão do conhecimento. (NOVAK e GOWIN, 1996, p. 128). 103 ANEXO A 104 ANEXO B 105 CONT. ANEXO B 106 CONT. ANEXO B 107 ANEXO C 108 CONT. ANEXO C 109 ANEXO D 110 ANEXO E 111 CONT. ANEXO E 112 ANEXO F 113 CONT. ANEXO F 114