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https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/13814
Tipo de Documento: | Trabalhos em Eventos |
Título: | Reestruturação produtiva e precarização do trabalhador |
Autor(es): | Souza, Fábio Silva |
Data do documento: | Out-2020 |
Resumo: | Após Segunda Guerra Mundial o Japão estava imerso em um contexto de total destruição, nesse cenário assistiu-se a uma reorganização do modelo produtivo que procurou otimizar lucros a cada peça produzida. E assim surge o Toyotismo, criado em 1945 e só pulverizado para outras nações em meados da década de 70, quando críticos Estado do Bem Estar Social passaram a condenar os gastos excessivos praticados pelos Estados, bem como o processo inflacionário decorrente desse modelo. De modo paralelo a essas críticas, assistiu-se a uma defesa de maior contenção de gastos e enxugamento do Estado, pautado em um modelo de privatizações e na retomada do liberalismo, que valorizavam inciativas voltadas para o empreendedorismo e a livre iniciativa. Na filosofia dos idos de 70, o filósofo francês François Lyotard propôs a tese de falência das ciências. Ele partiu em especial das abordagens de longa duração propostas pelo marxismo, e argumentou que essas descumpriram seus requisitos em busca da verdade, submergindo a relatos metanarrativos, mais próximos dos sistemas ideológicos. Suas análises tiveram, denominadas de pós-modernas, repercutiram no cenário epistemológico e o marxismo tradicionalmente pautado na luta de classes ganhou nova conotação, através dos conflitos étnicos, raciais, de gênero, questões ecológicas etc. O espaço de ampliação do Toyotismo se deu com a saída do Estado da esfera econômica, em um momento de retração financeira. Então nos perguntamos: essa seria de fato uma das melhores opções a ser tomada pela economia mundial, particularmente nesse momento? Nossa intuição é que, a retirada do Estado fragilizou o trabalhador, não gerou direitos e criou uma expectativa ilusória por meio de ideologias empreendedoras que se defrontam com um cenário marcado pela ausência de perspectivas econômicas, aumentando o número de desempregados e de inadimplentes. Nosso objetivo é debater a reestruturação produtiva e os novos horizontes trabalhistas, analisando a saída do Estado da economia e a precarização do trabalho. A reflexão foi construída a partir de consulta bibliográfica, as informações quantitativas foram levantadas a partir de pesquisas on-line. Lamentavelmente nossas conclusões não são nada animadoras, pois o que percebemos é que o mercado de trabalho se acirrou, exigindo muito mais qualificação por parte do trabalhador, que se se viu órfão em seus direitos, mas não de suas obrigações. |
Palavras-chave: | Reestruturação produtiva Neoliberalismo Precarização do trabalhador Sociologia |
Parte de : | Anais do III Seminário Nacional de Sociologia: Distopias dos extremos: sociologias necessárias |
Idioma: | por |
Sigla da Instituição: | Programa de Pós-Graduação em Sociologia - Universidade Federal de Sergipe (PPGS/UFS) |
Citação: | SOUZA, F. S. Reestruturação produtiva e precarização do trabalhador. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE SOCIOLOGIA DA UFS, 3., 2020, São Cristóvão, SE. Anais [...]. São Cristóvão, SE: PPGS/UFS, 2020. |
Licença: | Autorização para publicação no Repositório Institucional da Universidade Federal de Sergipe (RIUFS) concedida pelos editores. |
URI: | https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/13814 |
Aparece nas coleções: | GT 05 – Precarização: transformações e crises nas relações sociais do trabalho |
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