Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/21355
Tipo de Documento: | Tese |
Título: | Geopolítica da diáspora: trabalho imigrante no curso da crise estrutural |
Autor(es): | Ribeiro, Bruno Andrade |
Data do documento: | 31-Jan-2025 |
Orientador: | Santos, Josefa de Lisboa |
Resumo: | O crescimento dos processos migratórios entre fronteiras é uma das fotografias da produção do espaço mais disseminadas nas últimas décadas. Sob os conceitos de imigração ou migração internacional, as imagens de homens, mulheres e crianças concentradas nas fronteiras dos Estados Unidos da América e da Europa marcaram o período pós-2008 como definidoras de um novo contexto de diáspora. Estranhos que batem à porta das decadentes estruturas de bem-estar social europeu e das benesses do câmbio internacional do dólar. As principais análises que despontaram sobre essa tendência imigratória pautou-se no conceito de crise migratória. Nela estão os condicionantes de uma produção da barbárie e da degradação social gestada pelos próprios grupos e caravanas de imigrantes, em um deslocamento teórico das determinações mais complexas que produzem as mobilizações entre fronteiras. A crise perde a substância que a conforma ao capital em sua fase mais antagônica e passa a ser interpretada como uma externalidade passível de uma solução. Sob a perspectiva de uma crise migratória se fundamentam políticas de controle internacional, que fomentam o militarismo e a manutenção do estado de degradação e negação ao assalariamento. É na crítica que posiciona as migrações internacionais na materialidade e nas transformações do mundo do trabalho que essa investigação se posiciona. As categorias centrais que ofereceram a sustentação da análise: crise, trabalho e espaço comprovam que a atual fase sistêmica determinada pela crise estrutural produz tendências a uma produção de excedentes populacionais em permanente mobilização. A crise é a desmedida do capital ao reproduzir as contradições expostas como barbárie no espaço. Os dados comprovaram o aumento no número de imigrantes em regiões que em décadas anteriores não se configuravam receptoras. As novas determinações do capital em crise, principalmente a partir de sua última reestruturação global, com a crise financeira de 2008 se combinam ao desenvolvimento desigual e combinado para gestar o que se optou por denominar como espaços da desmedida, além das fronteiras militarizadas, cidades e zonas metropolitanas onde se concentram processos de trâmite burocrático e de ajuda humanitária. Nas cidades de Aracaju, no Brasil e na Cidade do México, no México a realidade concreta de colombianos, venezuelanos, cubanos, equatorianos, haitianos, angolanos, nicaraguenses e hondurenhos foi justaposta ao exame da crítica, pelo crivo do materialismo histórico e dialético. A crise dissecou a geopolítica como controle internacional do trabalho, sob o peso imperialista e militarista que reordena a produção desigual do espaço. De igual forma, ela confrontou o conceito de diáspora ao compreendê-lo como mobilização, portanto, como uma das formas assumidas pela mobilidade do trabalho no espaço. |
Abstract: | El crecimiento de los procesos migratorios entre fronteras es una de las imágenes
más difundidas de la producción del espacio en las últimas décadas. Bajo los
conceptos de inmigración o migración internacional, las imágenes de hombres,
mujeres y niños concentrados en las fronteras de los Estados Unidos y Europa han
marcado el período posterior a 2008 como definitorio de un nuevo contexto de
diáspora. Extraños que llaman a las puertas de las decadentes estructuras de
bienestar social europeo y de los beneficios del cambio internacional del dólar. Los
principales análisis sobre esta tendencia migratoria se han basado en el concepto de
crisis migratoria. Este enfoque atribuye la producción de barbarie y degradación social
a los propios grupos y caravanas de inmigrantes, desviando la atención de las
determinaciones más complejas que generan las movilizaciones entre fronteras. La
crisis pierde la sustancia que la vincula al capital en su fase más antagónica y pasa a
ser interpretada como una externalidad susceptible de solución. Desde la perspectiva
de una crisis migratoria se fundamentan políticas de control internacional que
promueven el militarismo y la perpetuación de la degradación y la negación del empleo
asalariado. Es en la crítica que posiciona las migraciones internacionales en la
materialidad y las transformaciones del mundo del trabajo donde se ubica esta
investigación. Las categorías centrales que sustentaron el análisis: crisis, trabajo y
espacio, demuestran que la fase sistémica actual, determinada por la crisis estructural,
genera tendencias hacia la producción de excedentes poblacionales en constante
movilización. La crisis representa el desborde del capital al reproducir las
contradicciones que se manifiestan como barbarie en el espacio. Los datos
evidenciaron un aumento en el número de inmigrantes en regiones que, en décadas
anteriores, no se consideraban receptoras. Las nuevas determinaciones del capital en
crisis, especialmente a partir de su última reestructuración global con la crisis
financiera de 2008, se combinan con el desarrollo desigual y combinado para generar
lo que se ha denominado espacios del desborde: fronteras militarizadas, ciudades y
zonas metropolitanas donde se concentran procesos de trámite burocrático y ayuda
humanitaria. En las ciudades de Aracaju, en Brasil, y Ciudad de México, en México, la
realidad concreta de colombianos, venezolanos, cubanos, ecuatorianos, haitianos,
angoleños, nicaragüenses y hondureños fue analizada desde una perspectiva crítica,
a través del materialismo histórico y dialéctico. La crisis diseccionó la geopolítica como
un mecanismo de control internacional del trabajo, bajo el peso imperialista y
militarista que reordena la producción desigual del espacio. Asimismo, confrontó el
concepto de diáspora al entenderlo como movilización, y por ende, como una de las
formas asumidas por la movilidad del trabajo en el espacio. La croissance des processus migratoires transfrontaliers est l'une des images les plus répandues de la production de l'espace au cours des dernières décennies. Sous les concepts d'immigration ou de migration internationale, les images d'hommes, de femmes et d'enfants regroupés aux frontières des États-Unis et de l'Europe ont marqué la période post-2008 comme révélatrice d'un nouveau contexte de diaspora. Des étrangers frappent aux portes des structures de protection sociale européennes déclinantes et des avantages du système monétaire international basé sur le dollar. Les principales analyses de cette tendance migratoire se sont appuyées sur le concept de crise migratoire. Ce cadre attribue la production de barbarie et de dégradation sociale aux groupes et caravanes de migrants eux-mêmes, en détournant l'attention des déterminations plus complexes qui sous-tendent les mobilisations transfrontalières. La crise perd sa substance liée au capital dans sa phase la plus antagonique et devient interprétée comme une externalité pouvant être résolue. Sous l’angle d’une crise migratoire, se fondent des politiques de contrôle international favorisant le militarisme et le maintien de la dégradation et du refus de l’emploi salarié. C’est dans la critique qui place les migrations internationales dans la matérialité et les transformations du monde du travail que s’inscrit cette recherche. Les catégories centrales qui ont soutenu l’analyse : crise, travail et espace, montrent que la phase systémique actuelle, déterminée par la crise structurelle, produit des tendances à la génération d’excédents de population en mobilisation permanente. La crise reflète le débordement du capital en reproduisant des contradictions qui apparaissent comme barbarie dans l’espace. Les données ont révélé une augmentation du nombre de migrants dans des régions qui, au cours des décennies précédentes, n’étaient pas des destinations réceptrices. Les nouvelles déterminations du capital en crise, notamment depuis sa dernière restructuration mondiale avec la crise financière de 2008, se combinent avec le développement inégal et combiné pour générer ce qui a été appelé des espaces de débordement : des frontières militarisées, des villes et des zones métropolitaines où se concentrent les processus administratifs et l’aide humanitaire. Dans les villes d’Aracaju, au Brésil, et de Mexico, au Mexique, la réalité concrète de Colombiens, Vénézuéliens, Cubains, Équatoriens, Haïtiens, Angolais, Nicaraguayens et Honduriens a été analysée sous un prisme critique, à travers le matérialisme historique et dialectique. La crise a disséqué la géopolitique comme un mécanisme de contrôle international du travail, sous le poids impérialiste et militariste qui réorganise la production inégale de l’espace. De même, elle a confronté le concept de diaspora en le comprenant comme une mobilisation, et donc comme l’une des formes prises par la mobilité du travail dans l’espace. |
Palavras-chave: | Geografia Emigração e imigração Mobilidade ocupacional Geopolítica Capitalismo Crise do capital Mobilidade do trabalho Precariedade Exército sobrante Crisis Movilidad del trabajo Inmigración Precariedad Ejército sobrante Crise Mobilité du travail Immigration Précarité Armée de réserve |
área CNPQ: | CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA |
Agência de fomento: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES |
Idioma: | por |
Sigla da Instituição: | Universidade Federal de Sergipe (UFS) |
Programa de Pós-graduação: | Pós-Graduação em Geografia |
Citação: | RIBEIRO, Bruno Andrade. Geopolítica da diáspora: trabalho imigrante no curso da crise estrutural. 2025. 343 f. Tese (Doutorado em geografia) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2025. |
URI: | https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/21355 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Geografia |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
BRUNO_ANDRADE_RIBEIRO.pdf | 7,02 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.