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https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/22023
Tipo de Documento: | Dissertação |
Título: | Com quantos paus se faz uma mulher: estupro corretivo e a invisibilidade lesbiana |
Autor(es): | Goés, Maísa Valéria Valença de Souza |
Data do documento: | 29-Nov-2024 |
Orientador: | Vasconcelos, Michele de Freitas Faria de |
Resumo: | A feitura de corpos feminilizados pelo cistema heteronormativo é realizada e reiterada cotidianamente por normas regulatórias e civilizatórias de gênero e sexualidade que invisibilizam a lesbiandade, a qual aparece pelo crivo do desvio (des)humano e da anormalidade. Diante disso, essa dissertação intenta problematizar práticas discursivas e não- discursivas que naturalizam os estupros corretivos contra lésbicas tomados como reparação da dignidade sexual permeada pelas tecnologias do sexo e da subjetivação. No curso desta pesquisa bibliográfica, ressaltamos a composição ético-metodológica queer e decolonial, na extensão da análise institucional por meio da ferramenta da análise de implicação como modo de tensionar tecnologias que fazem do gênero e da sexualidade, ainda hoje, um dispositivo de saber-poder. Argumentamos que o estupro foi e ainda é uma tecnologia generificada de embranquecimento, uma prática ‘correcional’ de corpos ‘invertidas’ que precisam civilizar-se pela sujeição à razoabilidade pela penetração da forma-Homem cis, branco, europeu, colonizador. Estupro, uma violação componente de atos constitutivos/corretivos sobre o Outro ininteligível, nesse caso, a mulher lésbica. O estupro, uma ferramenta útil de composição/constituição/correção, produtora de corpos e sujeitos. |
Abstract: | The making of bodies feminized by the heteronormative cystem is carried out and reiterated on a daily basis by regulatory and civilizing norms of gender and sexuality that make lesbianism invisible, which only appears through the sieve of (un)human deviation and abnormality. In view of this, this dissertation attempts to problematize discursive and non- discursive practices that naturalize corrective rapes against lesbians taken as reparation for sexual dignity permeated by the technologies of sex and subjectivation. In the course of this bibliographic research, we highlight the queer and decolonial ethical-methodological composition, in the extension of institutional analysis through the tool of implication analysis as a way of tensioning technologies that make gender and sexuality, even today, a device of knowledge-power. We argue that rape was and still is a gendered technology of whitening, a 'correctional' practice of 'inverted' bodies that need to be civilized by subjection to reasonableness by the penetration of the cis, white, European, colonizing Man-form. Rape, a violation that is a component of constitutive/corrective acts on the unintelligible Other, in this case, the lesbian woman. Rape, a useful tool of composition/constitution/correction, producer of bodies and subjects. |
Palavras-chave: | Subjetivação Feminilização Lesbiandade Invisibilidade lesbiana Estupro Corretivo Psicologia Subjectivation Feminization Lesbianity Lesbian invisibility Corrective rape |
área CNPQ: | CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
Agência de fomento: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES |
Idioma: | por |
Sigla da Instituição: | Universidade Federal de Sergipe (UFS) |
Programa de Pós-graduação: | Pós-Graduação em Psicologia |
Citação: | GOÉS, Maísa Valéria Valença de Souza. Com quantos paus se faz uma mulher: estupro corretivo e a invisibilidade lesbiana. 2024. 81 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2024. |
URI: | https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/22023 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Psicologia |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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