Please use this identifier to cite or link to this item:
https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/23579| Document Type: | Tese |
| Title: | Câncer ginecológico em um estado do Nordeste do Brasil: análises de incidência, sobrevida e mortalidade |
| Authors: | Silva, Brenda Evelin Barreto da |
| Issue Date: | 2024 |
| Advisor: | Lima, Carlos Anselmo |
| Resumo : | Introdução: os cânceres ginecológicos representam uma preocupação global devido ao seu impacto na saúde pública, resultando em milhares de mortes a cada ano. Objetivos: analisar as tendências de incidência e mortalidade de cânceres ginecológicos em Sergipe entre 1996 e 2017, e descrever estimativas de sobrevida líquida para os cânceres cervical e ovariano. Métodos: trata-se de um estudo de base populacional, com dados obtidos do Registro de Câncer de Aracaju e do Sistema de Informação sobre Mortalidade. Taxas brutas e padronizadas por idade foram calculadas. Para analisar mudanças nas tendências, foi utilizada a análise joinpoint, que permitiu calcular a mudança percentual anual (APC) e a mudança percentual anual média (AAPC). A sobrevida líquida de um e cinco anos após o diagnóstico foi calculada utilizando o estimador de Pohar Perme e padronizada por idade com os pesos do 'International Cancer Survival Standards'. Resultados: de 1996 a 2017, as taxas de incidência padronizadas por idade para os cânceres ginecológicos apresentaram uma tendência decrescente (AAPC: -3,1), enquanto a mortalidade aumentou (AAPC: 2,1). O câncer cervical mostrou uma diminuição anual na incidência (AAPC: -5,2) e uma tendência estacionária nas taxas de mortalidade (AAPC: 1,0). As taxas de incidência do câncer vaginal também diminuíram (AAPC: -5,5). O câncer de ovário teve um aumento nas taxas de mortalidade (AAPC: 3,9), assim como o câncer uterino (C54-C55; AAPC: 3,1) . O câncer vulvar exibiu um aumento substancial nas taxas de mortalidade entre 2001 e 2009 (APC: 27,1), seguido por uma diminuição até 2017 (APC: - 11,3). A sobrevida líquida de um ano para o câncer cervical diminuiu de 84,6% (1996-1999) para 73,4% (2015-2017), e a de cinco anos de 60,8% para 49,3% no mesmo período. Carcinomas de células escamosas compreenderam 85,1% dos casos e demonstraram uma sobrevida comparável aos adenocarcinomas. Houve uma diminuição na sobrevida líquida padronizada por idade de um e cinco anos para carcinoma de células escamosas ao longo dos anos. A sobrevida líquida de um ano para o câncer de ovário variou entre 60-70% e a de cinco anos entre 31-47% durante 1996-2017. Tumores epiteliais tipo I corresponderam a 24,9% dos casos e tipo II a 56,1%. A sobrevida de um ano para ambos os tipos foi de cerca de 67-68,5%, mas a de cinco anos foi de 32,5% para tipo II e 52% para tipo I. Para tumores tipo II, a sobrevida de um ano diminuiu de 75,9% (2000-2004) para 68,9% (2015-2017), enquanto a de cinco anos aumentou de 26,7% para 37,2%. Conclusão: embora as tendências de incidência de cânceres ginecológicos tenham diminuído, as taxas de mortalidade aumentaram ou não diminuíram significativamente. A sobrevida do câncer cervical declinou ao longo dos anos, sem diferenças entre carcinoma escamocelular e adenocarcinoma. Para o câncer de ovário, a sobrevida de cinco anos teve um leve aumento. No entanto, tumores epiteliais tipo II apresentaram uma sobrevida de cinco anos menor que os tipo I. Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento de cânceres ginecológicos, ainda existem desafios significativos na redução da mortalidade e na melhoria da sobrevida. |
| Abstract: | Background: Gynaecological cancers represent a global concern due to their impact on public health, resulting in thousands of deaths each year. Objectives: To analyse the trends in incidence and mortality of gynaecological cancers in Sergipe between 1996 and 2017, and to describe net survival estimates for cervical and ovarian cancers. Methods: This is a population- based study with data obtained from the Aracaju Cancer Registry and the Mortality Information System. Crude and age-standardised rates were calculated. Joinpoint analysis was used to identify changes in trends, calculating the annual percent change (APC) and the average annual percent change (AAPC). Net survival at one and five years after diagnosis was calculated using the Pohar Perme estimator and age-standardised with the weights of the International Cancer Survival Standards. Results: From 1996 to 2017, age-standardised incidence rates for gynaecological cancers showed a decreasing trend (AAPC: -3.1), while mortality rates increased (AAPC: 2.1). Cervical cancer showed an annual decrease in incidence (AAPC: -5.2) and a stationary trend in mortality rates (AAPC: 1.0). Incidence rates for vaginal cancer also decreased (AAPC: -5.5). Ovarian cancer saw an increase in mortality rates (AAPC: 3.9), as did uterine cancer (C54-C55; AAPC: 3.1). Vulvar cancer exhibited a substantial increase in mortality rates between 2001 and 2009 (APC: 27.1), followed by a decrease until 2017 (APC: -11.3). One-year net survival for cervical cancer decreased from 84.6% (1996-1999) to 73.4% (2015-2017), and five-year survival from 60.8% to 49.3% over the same period. Squamous cell carcinomas comprised 85.1% of cases and demonstrated comparable survival to adenocarcinomas. There was a decrease in age-standardised net survival at one and five years for squamous cell carcinoma over the years. One-year net survival for ovarian cancer varied between 60-70% and five-year survival between 31-47% during 1996-2017. Type I epithelial tumours accounted for 24.9% of cases and type II for 56.1%. One-year survival for both types was around 67-68.5%, but five-year survival was 32.5% for type II and 52% for type I. For type II tumours, one-year survival decreased from 75.9% (2000-2004) to 68.9% (2015-2017), while five-year survival increased from 26.7% to 37.2%. Conclusion: Although the incidence trends of gynaecological cancers have decreased, mortality rates have either increased or not significantly declined. Survival for cervical cancer has declined over the years, with no differences between squamous cell carcinoma and adenocarcinoma. For ovarian cancer, five- year survival has shown a slight increase. However, type II epithelial tumours have a lower five-year survival than type I. Despite advances in the diagnosis and treatment of gynaecological cancers, significant challenges remain in reducing mortality and improving survival. |
| Keywords: | Câncer ginecológico Incidência Sobrevida Mortalidade Brasil Gynecologic neoplasm Incidence Survival Mortality Brazil |
| Language: | por |
| Institution: | Universidade Federal de Sergipe |
| Program Affiliation: | Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
| Citation: | SILVA, Brenda Evelin Barreto da. Câncer ginecológico em um estado do Nordeste do Brasil: análises de incidência, sobrevida e mortalidade. 2024. 144f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, 2024. |
| URI: | https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/23579 |
| Appears in Collections: | Doutorado em Ciências da Saude |
Files in This Item:
| File | Description | Size | Format | |
|---|---|---|---|---|
| Tese_Brenda_Evelin_Barreto_da_Silva.pdf | 4,21 MB | Adobe PDF | ![]() View/Open |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.
