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Tipo de Documento: Dissertação
Título : Fatores de risco para mortalidade hospitalar após acidente vascular cerebral
Otros títulos : Risk factors for in-hospital mortality after stroke
Autor : Santana, Silvia Mayla Santos de
Fecha de publicación : 9-feb-2024
Director(a): Vieira, Rita de Cássia Almeida
Resumen: Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a patologia neurológica mais prevalente no Brasil e no mundo. É caracterizado pelo acometimento focal na circulação sanguínea cerebral, provocando alterações sensoriais, motoras e cognitivas. O AVC isquêmico (AVCi) é o tipo mais prevalente, caracterizado pela interrupção do fluxo sanguíneo devido a uma obstrução do vaso, resultando na formação de áreas isquêmicas no cérebro e, consequentemente, em repercussões clínicas temporárias ou permanentes. Objetivo: Avaliar os fatores de risco para a mortalidade hospitalar em pacientes após o AVCi. Método: Trata-se de um estudo de coorte prospetivo, que incluiu pacientes com diagnóstico primário de AVCi, admitidos em até 24 horas do início dos seus sintomas, com a tomografia computadorizada de crânio para o diagnóstico. Os dados foram coletados prospectivamente diariamente, com busca ativa dos pacientes nos setores de emergência do hospital, desde a admissão até a alta hospitalar. As variáveis sociodemográficas, clínicas, histórico prévio, gravidade, complicações, internação e desfecho foram analisadas por uma variedade de métodos estatísticos, incluindo teste de Mann-Whitney, Teste QuiQuadrado de Pearson, Teste Exato de Fisher. Além da aplicação dos modelos de regressão de Poisson para avaliação das relações entre variáveis dependetes e independentes. Resultados: A pesquisa incluiu 91 pacientes, sendo 53% do sexo feminino e 47% do sexo masculino, com média de idade de 65 (dp=13,9) anos. Quanto aos tipos de AVCi e suas complicações, destacou-se o AVCi sem outras alterações (84,6%), seguido pelos AVCs extensos ou malignos (9,9%) e, por último, os AVC com transformação hemorrágica (5,5%). Em relação à terapia de repercussão, o estudo mostrou que 22% dos pacientes foram submetidos à trombólise endovenosa, sendo que 44,8% chegaram dentro das quatro horas e 30 minutos do ictus. Sobre complicações e desfechos durante a internação, 73,6% tiveram alta hospitalar e 25,3% foram a óbito na unidade hospitalar. Os pacientes com maiores chances de evoluir ao óbito hospitalar foram os que apresentaram AVCi maligno ou extenso (Razão de Chance [RC] = 42, p < 0,001), pacientes com RNC (RC = 4,89, p = 0,008), ausência de fotorreação pupilar bilateral (RC = 5,90, p = 0,009), uso de anticoagulantes (RC = 6,84, p = 0,005), infecção respiratória (RC = 8,85, p = 0,017), elevação dos níveis de Proteína C Reativa (RC = 248, p < 0,001), a necessidade de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (RC = 25,39, p < 0,001), ventilação mecânica (RC = 138, p < 0,001), uso de bloqueadores neuromuscular hospitalar (RC = 12,59, p = 0,033). Ademais, pacientes com escore de Alberta Stroke Program Early Computed Tomography Score entre 0 e 5 e National Institute of Health Stroke Scale maior que 16 apresentam uma RC significativamente maior de evoluir para óbito hospitalar. Conclusão: Pacientes mais graves, com maior acometimento cerebral e pelo menos umas complicações durante a internação hospitalar tiveram mais risco de evoluir ao óbito. A distância não teve influência significativa na mortalidade dos pacientes com AVCi e não chegar em janela ou não realizar a trombólise não foram fatores de risco para óbito.
Resumen : Introduction: Stroke is the most prevalent neurological disorder in Brazil and worldwide. It is characterized by focal involvement in cerebral blood circulation, leading to sensory, motor, and cognitive alterations. Ischemic stroke (IS) is the most prevalent type, characterized by the interruption of blood flow due to vessel obstruction, resulting in the formation of ischemic areas in the brain and, consequently, temporary or permanent clinical repercussions. Objective: To assess risk factors for in-hospital mortality in patients after IS. Method: This is a prospective cohort study that included patients with a primary diagnosis of IS, admitted within 24 hours of symptom onset, and diagnosed using cranial computed tomography. Data were collected prospectively on a daily basis, actively seeking patients in the hospital's emergency sectors from admission to discharge. Sociodemographic, clinical, previous history, severity, complications, hospitalization, and outcomes variables were analyzed using various statistical methods, including the Mann-Whitney test, Pearson's Chi-square test, Fisher's exact test, and Poisson regression models to evaluate relationships between dependent and independent variables. Results: The study included 91 patients, with 53% females and 47% males, with a mean age of 65 (SD=13.9) years. Regarding IS types and complications, IS without other alterations stood out (84.6%), followed by extensive or malignant IS (9.9%), and lastly, IS with hemorrhagic transformation (5.5%). Concerning reperfusion therapy, the study showed that 22% of patients underwent intravenous thrombolysis, with 44.8% arriving within four hours and 30 minutes of symptom onset. Regarding complications and outcomes during hospitalization, 73.6% were discharged, and 25.3% died in the hospital. Patients with a higher likelihood of in-hospital death were those with malignant or extensive IS (Consciousness Impairment [CI] = 42, p < 0.001), patients with National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) (CI = 4.89, p = 0.008), absence of bilateral pupillary light reflex (CI = 5.90, p = 0.009), anticoagulant use (CI = 6.84, p = 0.005), respiratory infection (CI = 8.85, p = 0.017), elevated C-reactive protein levels (CI = 248, p < 0.001), need for Intensive Care Unit (ICU) (CI = 25.39, p < 0.001), mechanical ventilation (CI = 138, p < 0.001), and use of hospital neuromuscular blockers (CI = 12.59, p = 0.033). Additionally, patients with Alberta Stroke Program Early Computed Tomography Score between 0 and 5 and NIHSS greater than 16 had a significantly higher odds ratio for in-hospital death. Conclusion: Patients with more severe conditions, greater cerebral involvement, and at least one complication during hospitalization had a higher risk of in-hospital death. Distance did not significantly influence the mortality of IS patients, and not reaching the therapeutic window or not undergoing thrombolysis were not risk factors for death.
Palabras clave : Enfermagem
Acidente vascular cerebral
Pacientes hospitalizados
Mortalidade
Isquemia cerebral
Fatores de risco
Acidente vascular cerebral isquêmico
Mortalidade hospitalar
Fatores predisponentes
Medidas de associação
Exposição
Risco ou desfecho
Internação hospitalar
Ischemic stroke
Hospital mortality
Predisposing factors
Measures of association
Exposure
Risk or outcome
Hospital internment
Área CNPQ: CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Idioma : por
Institución: Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Programa de Posgrado: Pós-Graduação em Enfermagem
Citación : SANTANA, Silvia Mayla Santos de. Fatores de risco para mortalidade hospitalar após acidente vascular cerebral. 2024. 115 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) — Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2024.
URI : https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/23926
Aparece en las colecciones: Mestrado em Enfermagem

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