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https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/13547
Tipo de Documento: | Dissertação |
Título: | Reprimarização da economia e o monocultivo do milho em Sergipe |
Autor(es): | Silva, Ana Paula Almeida |
Data do documento: | 27-Fev-2020 |
Orientador: | Sergio, Marleide Maria Santos |
Resumo: | A produção do espaço se realiza na esfera da sociedade e da natureza transformada continuamente através das relações sociais desenvolvidas pelos agentes produtores do espaço. A expansão de monoculturas sobre o espaço agrário da América Latina corrobora ao capital que amplia suas amarras sobre essa região através do processo de reprimarização econômica. Terras, águas, trabalho humano e todos os demais recursos são explorados de forma profunda no atual contexto de crise do capital, tendo, entre os desdobramentos, a acentuação da produção de commodities direcionadas à exportação. Esse processo tem reflexos sobre o aumento da concentração de terras nas mãos de uma diminuta parcela de proprietários, alargamento das áreas de pobreza, corrosão da soberania alimentar, além das armadilhas intrínsecas ao progresso técnico como o mortífero poder exercido pela indústria dos agrotóxicos e sementes transgênicas. No Brasil, a expansão das áreas de monocultivos é respaldada pelo Estado, que implementa e viabiliza as estruturas essenciais ao capital; nessa conjuntura, a agricultura assume fluxos cada vez mais desimpedidos diante da flexibilidade destinada ao agronegócio. No Nordeste, a demanda por grãos para alimentação do setor avícola tem repercutido na ampliação das áreas de produção de milho em diversos estados da região. Nesse contexto, a crescente ampliação dos monocultivos/desertos verdes se torna atrativa. Em Sergipe, o avanço das áreas ocupadas pelo monocultivo do milho assume expressão por diversos municípios, consolidando a força do capital. A pesquisa vigente se volta para a compreensão dos processos intrínsecos à territorialização do capital sob a produção do milho. Assim, esse trabalho se propõe a entender e analisar a expansão desse cultivo, considerando as hierarquias escalares circunscritas à produção do espaço e à relação sociedade/natureza. A análise é fundamentada no Materialismo Histórico e Dialético, cuja leitura da realidade busca situar os sentidos da essência dos fenômenos produzidos no espaço geográfico. A expansão do monocultivo do milho em Sergipe é incentivada pelas ações do Estado que viabiliza diversas políticas públicas voltadas à ampliação desse cultivo, como programas de assistência técnica, distribuição de sementes, horas de tratores e infraestrutura, acompanhadas pela retórica do desenvolvimento econômico. O capital ao se territorializar sob a forma do monocultivo do milho, tem produzido diversas facetas nesse espaço agrário como a escassez de terras, ameaças às relações de soberania alimentar, contaminações produzidas pelo uso indiscriminado de agrotóxicos e sementes transgênicas, mobilidade de trabalhadores, endividamentos de milhares de camponeses sucumbidos aos ditames desse modelo agrícola. Verifica-se que o crescimento econômico associado à produção do cultivo do milho em Sergipe retrata em sua essência as contradições do império do capital que se movimenta por meio de relações assimétricas na produção do espaço, além de que, a especialização produtiva em bens primários na América Latina representa a dominância do capital para auferir lucros a qualquer custo no contexto de sua própria crise. |
Abstract: | La producción del espacio tiene lugar en el ámbito de la sociedad y la naturaleza, transformada continuamente a través de las relaciones sociales desarrolladas por los agentes que producen el espacio. La expansión de los monocultivos sobre el espacio agrario de América Latina corrobora la capital que expande sus lazos sobre esta región a través del proceso de reprimenda económica. La tierra, el agua, el trabajo humano y todos los demás recursos se exploran de manera profunda en el contexto actual de crisis de capital, con, entre los acontecimientos, la acentuación de la producción de productos destinados a la exportación. Este proceso tiene repercusiones en el aumento de la concentración de tierras en manos de una pequeña porción de propietarios, la expansión de áreas de pobreza, la corrosión de la soberanía alimentaria, además de las trampas intrínsecas al progreso técnico, como el poder mortal ejercido por la industria de pesticidas y semillas transgénicas. En Brasil, la expansión de las áreas de monocultivo es apoyada por el Estado, que implementa y habilita las estructuras esenciales para el capital; En este contexto, la agricultura asume flujos cada vez más sin obstáculos en vista de la flexibilidad destinada a los agronegocios. En el noreste, la demanda de granos para alimentar al sector avícola ha tenido un impacto en la expansión de las áreas de producción de maíz en varios estados de la región. En este contexto, la creciente expansión de monocultivos / desiertos verdes se vuelve atractiva. En Sergipe, el avance de las áreas ocupadas por el monocultivo de maíz asume expresión en varios municipios, consolidando la fortaleza de la capital. La investigación actual se centra en comprender los procesos intrínsecos a la territorialización del capital en la producción de maíz. Por lo tanto, este trabajo tiene como objetivo comprender y analizar la expansión de este cultivo, teniendo en cuenta las jerarquías escalares circunscritas a la producción del espacio y la relación entre la sociedad y la naturaleza. El análisis se basa en el materialismo histórico y dialéctico, cuya lectura de la realidad busca situar los significados de la esencia de los fenómenos producidos en el espacio geográfico. La expansión del monocultivo de maíz en Sergipe está respaldada por las acciones del Estado que permiten diversas políticas públicas destinadas a expandir este cultivo, como programas de asistencia técnica, distribución de semillas, horas de tractores e infraestructura, acompañadas de la retórica del desarrollo económico. El capital, al territorializarse en forma de monocultivo de maíz, ha producido varias facetas en este espacio agrario, como la escasez de tierra, las amenazas a las relaciones de soberanía alimentaria, la contaminación producida por el uso indiscriminado de pesticidas y semillas transgénicas, la movilidad de los trabajadores, la deuda de miles de campesinos sucumbieron a los dictados de este modelo agrícola. Parece que el crecimiento económico asociado con la producción de cultivo de maíz en Sergipe esencialmente retrata las contradicciones del imperio del capital que se mueve a través de relaciones asimétricas en la producción de espacio, además de eso, la especialización productiva en bienes primarios en el país. América Latina representa el dominio del capital para obtener ganancias a cualquier costo en el contexto de su propia crisis. |
Palavras-chave: | Geografia agrícola Geografia econômica Agricultura e Estado Espaço em economia Cultivo de milho Sergipe Monocultivo do milho Reprimarização econômica Produção do espaço agrário Monocultivo de maíz Reprimarización económica Producción del espacio agrario |
área CNPQ: | CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA |
Idioma: | por |
Sigla da Instituição: | Universidade Federal de Sergipe |
Programa de Pós-graduação: | Pós-Graduação em Geografia |
Citação: | SILVA, Ana Paula Almeida. Reprimarização da economia e o monocultivo do milho em Sergipe. 2020. 180 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2020. |
URI: | http://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/13547 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Geografia |
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