Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/13629
Tipo de Documento: | Dissertação |
Título: | A condição camponesa sob o espectro da informalidade |
Autor(es): | Ribeiro, Bruno Andrade |
Data do documento: | 17-Fev-2020 |
Orientador: | Santos, Josefa de Lisboa |
Resumo: | O presente escrito corresponde aos resultados da Dissertação de Mestrado que versa sobre condição camponesa e informalidade do/no mundo do trabalho. A pesquisa fundamentou-se em um objetivo geral: compreender a condição camponesa sob o espectro da informalidade e três específicos: inferir sobre as multideterminações das relações informais de trabalho no contexto de crise estrutural do capital; relacionar as formas de inserção laboral dos camponeses aos rebatimentos na unidade de produção familiar; e identificar expressões da informalidade do/no trabalho nas povoações de análise. Sob a perspectiva do materialismo histórico e dialético, a pesquisa ressalta a realidade de camponeses sergipanos como ponto de partida para o entendimento de como a informalidade encontra-se intrínseca à subordinação de seus modos de vida, a partir da expansão de formas precárias de trabalho no campo. A pesquisa de campo em povoados nos municípios de Itabaiana, Campo do Brito e São Domingos, localizados no Agreste Central Sergipano se justificam pela presença de sujeitos que permanecem na terra como condição de vida, mas, ao mesmo tempo, se inserem no circuito de revenda de mercadorias como necessidade de realização das condições materiais de vida, ou mesmo, a partir de ocupações temporárias, parciais e instáveis. A precarização intrínseca à informalidade se expressa na fala de camponeses, como no exemplo dos jovens trabalhadores das chácaras, de trabalhadores cooperados, nos que trabalham em casas de farinha ou em caminhões, nos que são contratados por demanda para aplicarem agrotóxicos e nos feirantes que adquirem produções de verduras, legumes e frutas em centros de abastecimento. A palavra como signo ideológico, para a Filosofia da Linguagem de Mikhail Bakhtin, pode refletir ou refratar dada realidade. Nas palavras dos entrevistados expressam-se a busca e necessidade de melhores espaços e tempos para a reprodução social como lócus de esperança de uma vida digna e plena. O espectro da informalidade espelha o trabalho como fardo, revelado como cansaço e culpa entre os sujeitos pesquisados, que justificam a situação a partir da responsabilidade individual de cada um. |
Abstract: | This writing corresponds to the results of the Master's Dissertation that deals with peasant condition and informality from/into the world of work. The research was based on a general objective: to understand the peasant condition under the spectrum of informality. And three specific ones: to infer about the various provisions of informal labor relations in the context of the structural crisis of capital; to relate the forms of labor insertion of peasants to rebates in the unit of family production; and to identify expressions of the informality of work in the settlements of analysis. From the perspective of historical and dialectical materialism, the research highlights the reality of sergipanos peasants as a starting point for understanding how informality is intrinsic to the subordination of their ways of life, from the expansion of precarious forms of work in the countryside. Field research in villages in the municipalities of Itabaiana, Campo do Brito and São Domingos, located in Agreste Central Sergipano are justified by the presence of subjects who remain on the land as a condition of life. However, at the same time, are inserted in the circuit of resale of goods as a need to realize the material conditions of life, or even, from temporary occupations, partial and unstable. The intrinsic precariousness of informality is expressed in the talk of peasants, as in the example of young farm workers, cooperative workers, those who work in flour houses or in trucks, those who are hired on demand to apply agro-toxins, and in fairgrounds that acquire vegetable, vegetable, and fruit production in supply centers. The word as an ideological sign, for Mikhail Bakhtin's Philosophy of Language, can reflect or refract a given reality. In the words of those interviewed, the search and need for better spaces and times for social reproduction are expressed as a locus of hope for a dignified and full life. The spectrum of informality mirrors the work as a burden, revealed as tiredness and guilt among the researched subjects, who justify the situation from the individual responsibility of each one. |
Palavras-chave: | Geografia agrícola Camponeses Sergipe Trabalhadores rurais Trabalho informal Trabalho Acumulação flexível Informalidade Precarização Espaço agrário Work Flexible accumulation Informality Precarization Agricultural space |
área CNPQ: | CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA |
Agência de fomento: | Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq |
Idioma: | por |
Sigla da Instituição: | Universidade Federal de Sergipe |
Programa de Pós-graduação: | Pós-Graduação em Geografia |
Citação: | RIBEIRO, Bruno Andrade. A condição camponesa sob o espectro da informalidade. 2020. 174 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2020. |
URI: | http://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/13629 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Geografia |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
BRUNO_ANDRADE_RIBEIRO.pdf | 2,5 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.