Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/19388
Registro completo de metadatos
Campo DC Valor Lengua/Idioma
dc.contributor.authorTrindade, Carla Apenburg-
dc.date.accessioned2024-07-04T18:36:19Z-
dc.date.available2024-07-04T18:36:19Z-
dc.date.issued2023-08-30-
dc.identifier.citationTRINDADE, Carla Apenburg. “Da lama ao caos, do caos a lama, uma ‘uma mulher’ ‘violentada’ nunca se engana”: os territórios pesqueiros sã cristovenses em conflito. 2023. 103 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttps://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/19388-
dc.description.abstractThe modern civilizational model, legitimized under a colonial, imperialist and capitalist logic, is based and structured on the basis of expropriation, violation of rights, exploitation and violence against subjects who have a way of life based on the natural economy.With this, we return to Chayanov's theory (1966) in order to delimit and differentiate the work of peasants and traditional peoples who, from the cultivation, fishing, collection and collection of shellfish in the land-mud-water, seek to satisfy the needs of their communities. families and communities.Therefore, these peoples are recognized for establishing in their territories a symbiotic relationship between the complex cycles of nature and their way of life permeated by ancestral knowledge and practices (Diegues, et. al., 2000).They also acquire a genderconditioning mark, as shellfish gathering work – central to this study – is carried out, in large part, by women. This is a characteristic that conforms historically, since there is greater proximity between the inner sea – rivers, estuaries and mangroves – with households, than with the outside sea – maritime – (Ramalho, 2006).This condition is necessary given that women reconcile their professional work, whether in fishing and shellfishing or in the elaboration of handcrafted products, with domestic chores (Álvares; Maneschy, 2011) and, due to this proximity, it is also possible for them to shellfish gatherers take their sons and daughters to occupy the shores of estuarine regions, mangroves or rivers.These, in addition to accompanying them, also learn and work in the craft of fishing and shellfish capture from a very early age. In Ilha Grande, São Cristóvão, the practice of shellfish extraction is predominantly female, with few men performing the activity sporadically.These women live and work in the nursery of biodiversity considered by many to be a mere source of resources: the mangroves. Based on infrastructure projects, agrohydrobusiness and capitalist development activities, these ecosystems become expensive gears for capital accumulation, promoting, through the appropriation of fractions of nature, violence, exploitation, expropriation and socio-environmental degradation against women, nature and their territories.Thus, this research aims to understand how conflicts over land and water, resulting from this scenario, also reaffirm the patriarchal logic that structurally and daily violates the bodies and territories of shellfish gatherers. For this, the study was based on the theoreticalmethodological assumptions of dialectical historical materialism and operationalized from bibliographic research and exploratory research using the instruments of semi-structured interviews (Triviños, 1987). In view of this, the studies carried out have shown that the structural knot of Patriarchy-Capitalism-Racism (Saffioti, 1987) sustains the contradiction that presides over each of these structures, which together, present their own dynamics, also permeating the conflicts that affect the bodies and territories of shellfish gatherers in a specific way.Then, through the situations of violence that result from territorial conflicts, the patriarchal condition of control that subordinates women – as reproducers, objectified bodies and workforce more susceptible to exploitation – and territories to the expansive and destructive logic intrinsic to the capitalist development.Once immersed in the mud and water, the shellfish gatherers experience direct contact with the mangrove, which continues to be increasingly poisoned by the greed of capital actors. The contamination of land and water, together with the exploration of oil and gas, the enclosure of waters and spaces historically designated for common use in fishing and shellfishing, the expansion of real estate speculation, construction of artificial tanks for the execution of shrimp farming activities , revealing the advance of agrohydrobusiness in traditional territories (Romero et al. 2018) represent, simultaneously, the imposition of the predatory logic of capital against nature and patriarchal on women shellfish gatherers and their territories.eng
dc.description.sponsorshipConselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.subjectGeografiapor
dc.subjectMariscopor
dc.subjectPesca de marisco em São Cristóvão(SE)por
dc.subjectMulherespor
dc.subjectCondições sociais das mulherespor
dc.subjectDivisão do trabalho por sexopor
dc.subjectAspectos sociaispor
dc.subjectTerritorialidade humanapor
dc.subjectDesenvolvimento econômicopor
dc.subjectSão Cristóvão(SE)por
dc.subjectViolência contra mulherespor
dc.subjectConflito socialpor
dc.subjectMarisqueiraspor
dc.subjectConflitopor
dc.subjectAgrohidronegóciopor
dc.subjectViolênciapor
dc.subjectSeafood restaurantseng
dc.subjectConflicteng
dc.subjectAgrohydrobusinesseng
dc.subjectViolenceeng
dc.title“Da lama ao caos, do caos a lama, uma ‘uma mulher’ ‘violentada’ nunca se engana”: os territórios pesqueiros sã cristovenses em conflitopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor1Ramos Filho, Eraldo da Silva-
dc.description.resumoO modelo civilizatório moderno, legitimado sob uma lógica colonial, imperialista e capitalista, baseia e se estrutura a partir da expropriação, violação de direitos, exploração e violência contra os sujeitos que possuem um modo de vida baseado na economia natural. Com isso, retomamos a teoria de Chayanov (1966) a fim de delimitar e diferenciar o trabalho camponês e de povos tradicionais que, a partir do cultivo, pesca, coleta e cata de mariscos na terra-lama-água busca satisfazer as necessidades de suas famílias e comunidades. Logo, esses povos são reconhecidos por estabelecerem em seus territórios, uma relação simbiótica entre os ciclos complexos da natureza e seu modo de vida permeado por saberes e práticas ancestrais (Diegues, et. al., 2000). Adquirem também uma marca condicionante de gênero, pois o trabalho de mariscagem – central neste estudo – é desenvolvido, em grande parte, por mulheres. Essa é uma característica que se conforma historicamente, uma vez que há maior proximidade entre o mar-de-dentro – rios, estuários e mangues – com os domicílios, do que com o mar de fora – marítimo – (Ramalho, 2006). Essa condição se faz necessária tendo em vista que as mulheres conciliam seus trabalhos profissionais, seja na pesca e mariscagem ou na elaboração de produtos artesanais, com os afazeres domésticos (Álvares; Maneschy, 2011) e, devido a esta proximidade, também é possibilitado que as marisqueiras levem seus filhos e filhas para ocupar as margens das regiões estuarinas, mangues ou rios. Esses, além de acompanhá-las também aprendem e trabalham no ofício da pesca e captura de mariscos desde muito cedo. Em Ilha Grande, São Cristóvão, a prática de extração de mariscos é predominantemente feminina, tendo poucos homens que executam a atividade de forma esporádica. Essas mulheres vivem e trabalham no berçário da biodiversidade considerado por tantos, mera fonte de recursos: os manguezais. A partir dos empreendimentos de infraestrutura, agrohidronegócio e atividades de desenvolvimento capitalista, estes ecossistemas se tornam caras engrenagens da acumulação de capital promovendo, por meio da apropriação de frações de natureza, a violência, exploração, expropriação e degradação socioambiental contra as mulheres, natureza e seus territórios. Assim, a presente pesquisa objetiva compreender como os conflitos por terra e água, decorrentes deste cenário, também reafirmam a lógica patriarcal que violenta estrutural e cotidianamente os corpos e territórios das mulheres marisqueiras. Para isso, o estudo foi fundamentado nos pressupostos teóricometodológicos do materialismo histórico dialético e operacionalizado a partir de pesquisa bibliográfica e pesquisa exploratória utilizando-se do instrumental das entrevistas semiestruturadas (Triviños, 1987). À vista disso, os estudos realizados demonstraram que o nó estrutural do Patriarcado-Capitalismo-Racismo (Saffioti, 1987) sustenta a contradição que presidecada uma dessas estruturas, que unidas, apresentam uma dinâmica própria, permeando também os conflitos que atingem os corpos e territórios das marisqueiras de maneira específica. Materializa-se então, através das situações de violência que decorrem dos conflitos territoriais, a condição patriarcal de controle que subordina as mulheres – enquanto reprodutoras, corpos objetificados e força de trabalho mais passível à exploração – e os territórios à lógica expansiva e destrutiva intrínseca ao desenvolvimento capitalista. Uma vez imersas na lama e nas águas, as marisqueiras experienciam o contato direto com o mangue, que segue cada vez mais envenenado pela ganância dos atores do capital. A contaminação da terra e água, juntamente à exploração de petróleo e gás, o cercamento das águas e espaços historicamente designados ao uso comum na atividade da pesca e mariscagem, a expansão da especulação imobiliária, construção de tanques artificiais para a execução da atividade da carcinicultura, desvelando o avanço do agrohidronegócio nos territórios tradicionais (Romero et al. 2018) representam, simultaneamente, a imposição da lógica predatória do capital contra a natureza e patriarcal sobre as mulheres marisqueiras e seus territórios.pt_BR
dc.publisher.programPós-Graduação em Geografiapt_BR
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIApt_BR
dc.publisher.initialsUniversidade Federal de Sergipe (UFS)pt_BR
dc.description.localSão Cristovãopt_BR
Aparece en las colecciones: Mestrado em Geografia

Ficheros en este ítem:
Fichero Descripción Tamaño Formato  
CARLA_APENBURG_TRINDADE.pdf6,36 MBAdobe PDFVista previa
Visualizar/Abrir


Los ítems de DSpace están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, a menos que se indique lo contrario.