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Tipo de Documento: Dissertação
Título: Colonialidades nos dicionários : quando as marcas de uso não sinalizam as marcas da colonização
Autor(es): Andrade, João Paulo Santos
Data do documento: 5-Fev-2024
Orientador: Matos, Doris Cristina Vicente da Silva
Coorientador: Rodrigues, Roana
Resumo: As colonialidades perpassam pelos povos negros desde quando os europeus invadiram as terras da América e junto com eles, trouxeram diversas etnias africanas para que fossem escravizadas. Porém, as colonialidades não somente perpassam os negros, os brancos também são tocados por essas colonialidades, vide a branquitude que os prioriza. Os europeus foram os responsáveis por caracterizar e dividir as pessoas de acordo com seu fenótipo (QUIJANO, 2005), além da nomenclatura “negro” para diversas etnias, esses povos negros eram vistos como animais e inferiores a eles (FANON,2008). Entendendo esse contexto histórico, essa pesquisa, na área de Linguística Aplicada, se dispõe a analisar de qual maneira os dicionários monolíngues de língua espanhola de variação mexicana contribuem para a manutenção das colonialidades, principalmente a colonialidade da linguagem (VERONELLI, 2015). Três dicionários foram escolhidos para este trabalho: o dicionário da Real Academia Española em parceria com outras academias da língua de países que falam espanhol oficialmente (DLE), o Diccionario de Español de México (DEM), ambos dicionários online – e um terceiro dicionário impresso, o Diccionario de Mexicanismos (2014). Nestes dicionários, analiso as marcas de uso de 17 verbetes que tenham ligação com a população negra – estes verbetes foram retirados de sites mexicanos que tratam da temática. O dicionário tem muita importância para qualquer sociedade, e na obra lexicográfica estarão as experiências desse povo (LARA, 1990), levando em conta esse status que o dicionário tem na sociedade, como as marcas de uso são empregadas nos termos relacionados à população negra. De acordo com Vilarinho (2017), as marcas de uso vão condicionar o emprego de lexemas levando em conta a intencionalidade, logo elas são importantes para o consulente se inteirar se determinada palavra pode ser ofensiva. As análises foram dispostas em tabelas baseadas no modelo de Lafuente (2017) e estão relacionadas com textos teóricos sobre as colonialidades (QUIJANO, 2005; VERONELLI, 2015; CASTRO-GOMEZ, 2007), questões de linguagem e racismo (NASCIMENTO, 2019, SILVIO ALMEIDA, 2018). Os resultados apontam que as marcas de uso não estão alertando o consulente sobre o racismo presente nos verbetes de maneira eficaz, e que dessa maneira a falta delas auxilia na manutenção de colonialidades.
Abstract: Las colonialidades han permeado a los pueblos negros desde que los europeos invadieron las tierras de América y trajeron consigo a varios grupos étnicos africanos para esclavizarlos. Sin embargo, las colonialidades no sólo impregnan a los negros, sino que los blancos también se ven afectados por ellas, pero de una manera diferente a los negros, llevando en cuenta que la "blanquitud" los prioriza. Los europeos fueron los responsables por caracterizar y dividir a las personas de acuerdo con su fenotipo (QUIJANO, 2005). Además de la nomenclatura "negro" para diversas etnias, los negros eran vistos como animales e inferiores a ellos (FANON, 2008). Entendiendo este contexto histórico, esta investigación tiene como objetivo analizar cómo los diccionarios monolingües de lengua española de variación mexicana contribuyen al mantenimiento de las colonialidades, especialmente la colonialidad del lenguaje (VERONELLI, 2015). Para este trabajo se eligieron tres diccionarios: el de la Real Academia Española en colaboración con otras academias de la lengua de países que hablan oficialmente español (DLE), el Diccionario de Español de México (DEM), ambos diccionarios en líneay un tercer diccionario impreso, el Diccionario de Mexicanismos (2014). En estos diccionarios, analizo las marcas de uso de 17 entradas que tienen relación con la población negra -estas entradas fueron tomadas de sitios web mexicanos que tratan el tema. El diccionario tiene una gran importancia para cualquier sociedad, y la obra lexicográfica contendrá las experiencias de ese pueblo (LARA, 1990). Teniendo en cuenta este estatus que el diccionario tiene en la sociedad, cómo se utilizan las marcas de uso en términos relacionados con la población negra. Según Vilarinho (2017), las marcas de uso condicionarán el uso de los lexemas llevando en cuenta la intencionalidad, por lo que son importantes para que el consultante sepa si una determinada palabra puede ser ofensiva. Los análisis fueron ordenados en tablas a partir del modelo de Lafuente (2017) y están relacionados con textos teóricos sobre colonialidades (QUIJANO, 2005; VERONELLI, 2015; CASTRO-GOMEZ, 2007), cuestiones lingüísticas y racismo (NASCIMENTO, 2019, SILVIO ALMEIDA, 2018). Los resultados indican que las marcas de uso no están alertando al lector sobre el racismo presente en las entradas, y que la falta de ellas ayuda a mantener las colonialidades.
Palavras-chave: Língua espanhola
Negros
Dicionários
Colonização de negros
Colonialidade
Marcas de uso
População negra
Colonialidad
Diccionarios
área CNPQ: LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Idioma: por
Sigla da Instituição: Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Programa de Pós-graduação: Pós-Graduação em Letras
Citação: ANDRADE, João Paulo Santos. Colonialidades nos dicionários : quando as marcas de uso não sinalizam as marcas da colonização. 2024. 106 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2024.
URI: https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/20232
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