Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/22299
Tipo de Documento: | Monografia |
Título: | Organizações Internacionais : análise teórica acerca dos seus papeis no sistema internacional |
Autor(es): | Araujo, Raphael Lima |
Data do documento: | 8-Abr-2025 |
Orientador: | Junqueira, Cairo Gabriel Borges |
Resumo: | Os dois capítulos deste trabalho analisam teoricamente o papel e os aspectos técnicos das Organizações Internacionais (OIs) no sistema internacional. O Capítulo 1 examina diferentes abordagens teóricas sobre as OIs. O realismo clássico, representado por Hans Morgenthau, argumenta que as OIs são reflexos da distribuição de poder entre os Estados e servem apenas aos interesses das grandes potências. O realismo estrutural (neorrealismo), de Kenneth Waltz, reforça essa visão ao afirmar que a anarquia do sistema internacional limita a capacidade das OIs de influenciarem a política global. O realismo ofensivo, de John Mearsheimer, sustenta que as OIs não possuem poder autônomo e são meramente arenas onde os Estados buscam maximizar seu poder. Em contraste, o neoliberalismo institucional, defendido por Robert Keohane e Joseph Nye, argumenta que as OIs facilitam a cooperação ao reduzir incertezas e custos de transação, promovendo a previsibilidade das relações internacionais. O capítulo destaca que, enquanto o realismo vê as OIs como instrumentos dos Estados, o neoliberalismo enfatiza seu papel na governança global. O Capítulo 2 aborda os aspectos técnicos das OIs, com foco em delegação de autoridade e pooling de soberania. A delegação ocorre quando os Estados atribuem competências a uma OI, mantendo algum controle sobre suas ações. Isso é comum em instituições como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Já o pooling de soberania envolve um nível maior de integração, onde as decisões são tomadas coletivamente, como ocorre na União Europeia. O capítulo também discute a personalidade jurídica das OIs, destacando que, embora possuam autonomia para assinar tratados e estabelecer compromissos, sua atuação continua dependente da vontade dos Estados. Além disso, analisa o papel dos funcionários das OIs, que devem agir com neutralidade, mas frequentemente enfrentam desafios como pressões políticas e limitações orçamentárias. O estudo conclui que as OIs não são totalmente autônomas nem irrelevantes, pois sua eficácia depende da aceitação e do comprometimento dos Estados. Enquanto o realismo destaca suas limitações estruturais, o neoliberalismo institucional vê nelas ferramentas para aprimorar a cooperação global. |
Abstract: | The two chapters of this study analyze theoretically the role and technical aspects of International Organizations (IOs) in the international system. Chapter 1 examines different theoretical approaches to IOs. Classical realism, represented by Hans Morgenthau, argues that IOs reflect the distribution of power among states and serve only the interests of major powers. Structural realism (neorealism), developed by Kenneth Waltz, reinforces this view by stating that the anarchic nature of the international system limits IOs' ability to influence global politics. Offensive realism, by John Mearsheimer, asserts that IOs lack autonomous power and merely serve as arenas where states compete to maximize their power. In contrast, neoliberal institutionalism, advocated by Robert Keohane and Joseph Nye, argues that IOs facilitate cooperation by reducing uncertainties and transaction costs, thus promoting predictability in international relations. The chapter highlights that while realism sees IOs as tools of states, neoliberalism emphasizes their role in global governance. Chapter 2 focuses on the technical aspects of IOs, particularly delegation of authority and pooling of sovereignty. Delegation occurs when states assign competencies to an IO while retaining some control over its actions. This is common in institutions such as the World Trade Organization (WTO) and the International Monetary Fund (IMF). Pooling of sovereignty, on the other hand, involves a higher level of integration, where decisions are made collectively, as seen in the European Union (EU). The chapter also discusses the legal personality of IOs, emphasizing that while they have autonomy to sign treaties and establish commitments, their actions still depend on state willingness. Additionally, it examines the role of IO staff, who are expected to act neutrally but often face challenges such as political pressures and budget constraints. The study concludes that IOs are neither fully autonomous nor irrelevant, as their effectiveness depends on state commitment and acceptance. While realism highlights their structural limitations, neoliberal institutionalism views them as tools for enhancing global cooperation. |
Palavras-chave: | Relações internacionais Ensino superior (UFS) Organizações internacionais Sistema internacional Soberania Anarquia Personalidade jurídica International organisations International system Sovereignty Anarchy Legal personality |
área CNPQ: | OUTROS::RELACOES INTERNACIONAIS |
Idioma: | por |
Sigla da Instituição: | Universidade Federal de Sergipe (UFS) |
Departamento: | DRI - Departamento de Relações Internacionais |
Citação: | Araújo, Raphael Lima. Organizações internacionais : análise teórica acerca dos seus papeis no sistema internacional. São Cristóvão, 2025. Monografia (graduação em Relações Internacionais) – Departamento de Relações Internacionais, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2025 |
URI: | https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/22299 |
Aparece nas coleções: | Relações Internacionais |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Raphael_Lima_Araujo.pdf | 539,36 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.