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Tipo de Documento: Tese
Título: Análise do treinamento sobre os indicadores neuromusculares, temperatura da pele, ativação muscular e assimetrias no powerlifting paralímpico e convencional
Autor(es): Souza, Rafael Luiz Mesquita
Data do documento: 25-Jul-2025
Orientador: Martins, Felipe José Aidar
Resumo: Introdução: As competições de powerlifting exigem um levantamento consistente e simétrico, onde a assimetria resulta na invalidação do teste. Indicadores como velocidade, potência e temperatura da pele são cruciais para controlar as cargas de treinamento em atletas convencionais (CP) e paralímpicos (PP). O treinamento de força é essencial para o desempenho atlético e a reabilitação, beneficiando tanto levantadores de peso paralímpicos quanto convencionais. Objetivos: Comparar e analisar a assimetria do movimento, a velocidade máxima (Vmáx), velocidade propulsiva média (VPM), potência (POT), temperatura da pele (TP), os indicadores estáticos de força (força isométrica máxima - FIM, taxa de desenvolvimento de força- TDF, tempo até a força isométrica máxima - TFIM) e a ativação muscular (sEMG) (peitoral maior esternal e tríceps cabeça longa) entre atletas CP e PP, antes e após uma sessão de treinamento. Métodos: Vinte e quatro atletas masculinos treinados (12 CP e 12 PP) participaram do estudo. A Velocidade Propulsiva Média (VPM), Velocidade Máxima (Vmáx) e Potência foram avaliadas a 45% de 1RM antes e após uma sessão de treinamento de 5x5 a 80% de 1RM. Para 80% de 1RM, VPM, Vmáx e Potência foram medidas na primeira e última séries (5x5). Os indicadores de velocidade, potência, TP, FIM, TDF sEMG do peitoral maior (porção esternal) e tríceps braquial cabeça longa, foram avaliados a 45% de 1RM antes e depois de uma sessão de treinamento 5x5 a 80% de 1RM. Resultados: Atletas PP demonstraram menor velocidade e maior simetria a 45%-1RM, porém maior velocidade e menos assimetria a 80%-1RM em comparação com CP. Os dados indicaram que atletas PP tendem a ser mais lentos em intensidades mais baixas, mais rápidos em intensidades mais altas em valores absolutos, e apresentam maior simetria que os CP. Apenas o grupo CP apresentou diferenças significativas em Vmáx (p < 0,015), VPM (p < 0,007) e potência (p < 0,022) entre os pontos de tempo. O grupo CP também exibiu aumentos significativos no FIM (Δ +146,1 N, p <0,001) e no TDF (Δ +36.851,3 N/s, p<0,001), enquanto o PP não apresentou alterações significativas. O grupo CP demonstrou redução significativa na atividade sEMG do peitoral maior (p = 0,026), sem alteração para o PP. Conclusão: Apesar da possível instabilidade gerada por limitações de membros inferiores no grupo PP, eles apresentaram menores níveis de assimetria comparados ao grupo CP. As adaptações às regras do esporte e o treinamento promovem adaptações na técnica, diminuindo a assimetria. As avaliações a 45% 1RM revelaram efeitos diferentes nas medidas de velocidade, potência e ST entre os grupos CP e PP após uma sessão de treinamento tradicional. Atletas CP exibiram adaptações neuromusculares agudas significativas, enquanto PP mantiveram níveis estáveis, possivelmente devido a adaptações de longo prazo e especialização do padrão motor. Estas evidências sugerem a necessidade de abordagens de treinamento individualizadas para atletas paralímpicos.
Abstract: Introduction: Powerlifting competitions require consistent and symmetrical lifting, as any asymmetry results in a failed attempt. Indicators such as velocity, power, and skin temperature are crucial for monitoring training loads in both conventional (CP) and Paralympic (PP) athletes. Strength training is essential for athletic performance and rehabilitation, benefiting both conventional and Paralympic powerlifters. Objectives: To compare and analyze movement asymmetry, peak velocity (Vmax), mean propulsive velocity (MPV), power output (POT), skin temperature (ST), static strength indicators (maximum isometric force – MIF, rate of force development –RFD, time to maximum isometric force – TMIF), and muscle activation (sEMG) of the sternocostal portion of the pectoralis major and the long head of the triceps brachii between CP and PP athletes, before and after a training session. Methods: Twenty- four trained male athletes (12 CP and 12 PP) participated in the study. MPV, Vmax, and power were assessed at 45% of 1RM before and after a 5x5 training session at 80% of 1RM. For the 80% 1RM load, MPV, Vmax, and power were measured during the first and last sets of the 5x5 protocol. Velocity, power, ST, MIF, RFD, and sEMG (pectoralis major – sternocostal portion and triceps brachii – long head) were assessed at 45% 1RM before and after the training session. Results: PP athletes demonstrated lower velocity and greater symmetry at 45% 1RM, but higher velocity and less asymmetry at 80% 1RM compared to CP athletes. The data suggest that PP athletes tend to be slower at lower intensities and faster at higher intensities in absolute terms, while showing greater symmetry than CP athletes. Only the CP group showed significant differences in Vmax (p < 0.015), MPV (p < 0.007), and power (p < 0.022) between time points. The CP group also exhibited significant increases in MIF (Δ +146.1 N, p < 0.001) and RFD (Δ +36,851.3 N/s, p < 0.001), while the PP group showed no significant changes. The CP group demonstrated a significant reduction in sEMG activity of the pectoralis major (p = 0.026), with no changes observed in the PP group. Conclusion: Despite potential instability caused by lower limb impairments in the PP group, they exhibited lower levels of asymmetry compared to CP athletes. Adaptations to sport-specific rules and training seem to promote technical refinements that reduce asymmetry. Assessments at 45% 1RM revealed distinct effects on velocity, power, and ST metrics between CP and PP athletes after a traditional training session. CP athletes showed significant acute neuromuscular adaptations, while PP athletes maintained stable levels, possibly due to long-term adaptations and motor pattern specialization. These findings highlight the need for individualized training approaches for Paralympic athletes.
Palavras-chave: Halterofilismo
Treinamentos de força
Atletas com deficiência
Indicadores de desempenho
Powerlifiting
Strength training
Performance indicators
área CNPQ: CIENCIAS BIOLOGICAS::FISIOLOGIA
Idioma: por
Sigla da Instituição: Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Programa de Pós-graduação: Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Citação: SOUZA, Rafael Luiz Mesquita. Análise do treinamento sobre os indicadores neuromusculares, temperatura da pele, ativação muscular e assimetrias no powerlifting paralímpico e convencional. 2025. 125 f. Tese (Doutorado em Ciências Fisiológicas) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2025.
Licença: Creative Commons Atribuição-Não Comercial-Sem Derivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)
URI: https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/22941
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