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dc.contributor.authorMariano, Elissandra Barboza Santos-
dc.date.accessioned2025-12-01T19:25:47Z-
dc.date.available2025-12-01T19:25:47Z-
dc.date.issued2025-08-28-
dc.identifier.citationMARIANO, Elissandra Barboza Santos. Grupos reflexivos para homens autores de violência doméstica: percepções das (os) profissionais da Central Integrada de Alternativas Penais - CIAP/SE. 2025. 205 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) — Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2025.pt_BR
dc.identifier.urihttps://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/23986-
dc.description.abstractGender inequalities are historically permeated by power relations and male domination over women, manifesting themselves in both public and private spaces and being reproduced by institutional practices. Within this context, this dissertation aims to analyze the perceptions of professionals working at the Integrated Center for Penal Alternatives (CIAP) regarding Reflective Groups for Male Perpetrators of Violence (GRHAV), considering the impact of these practices on combating violence against women. GRHAV emerged in Brazil in the 1990’s and gained greater visibility after the enactment of the Maria da Penha Law (LMP) in 2006, which, while not mandating their implementation, recognizes their importance as a protective measure. In Sergipe, the first experience with reflective groups was recorded in 2012, in the municipality of Lagarto. This qualitative, exploratory, case-study research is grounded in feminist epistemology, allowing for a broader understanding of the social inequalities and oppressions generated by the patriarchal, racist, and classist system, of which domestic violence is one of the most perverse expressions. The research universe encompasses professionals who work with GRHAV in the state of Sergipe. The sample consisted of two social workers, two psychologists, and one education professional affiliated with CIAP (Institutionalized Family and Adolescent Psychiatric Association). Content analysis was used for data analysis. As of June 2024, there were 14 reflective groups operating in the state. From its inauguration in 2020 to June 2024, CIAP served 687 (100%) men referred by the justice system. Among these, a representative sample of 169 subjects (24.5%) revealed the following predominant profile: Black men, aged between 30 and 59, low-income, single, and with incomplete elementary education. We concluded that the facilitators interviewed perceive the groups as important spaces that contribute to behavioral change, as participants come to understand that violence is not a natural act, but a social construct, which contributes to acknowledging their own actions and holding them accountable. The work developed by GRHAV is understood as a complementary strategy to legal measures, contributing to reducing the recurrence of violence against women. Although the groups represent powerful spaces for symbolic displacement, they still face limitations due to the complexity of the social, structural, and cultural relations that generate violence. The process of deconstructing hegemonic patterns of masculinity proves complex, highlighting the need for reflective groups to be linked to broader, intersectoral public policies.eng
dc.languageporpt_BR
dc.subjectServiço socialpor
dc.subjectViolência contra as mulherespor
dc.subjectHomenspor
dc.subjectMasculinidadepor
dc.subjectProcessos grupaispor
dc.subjectPrática profissionalpor
dc.subjectViolência domésticapor
dc.subjectGrupos reflexivospor
dc.subjectHomens autores de violênciapor
dc.subjectViolência de gêneropor
dc.subjectReflective groupseng
dc.subjectMale perpetrators of violenceeng
dc.subjectMasculinitieseng
dc.subjectGender violenceeng
dc.titleGrupos reflexivos para homens autores de violência doméstica: percepções das (os) profissionais da Central Integrada de Alternativas Penais - CIAP/SEpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor1Oliveira, Catarina de Nascimento-
dc.description.resumoAs desigualdades de gênero são atravessadas, historicamente, por relações de poder e dominação dos homens sobre as mulheres, manifestando-se tanto em espaços públicos quanto privados, e sendo reproduzidas por práticas institucionais. A partir desse contexto, esta dissertação tem como objetivo analisar as percepções das profissionais que atuam na Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP) acerca dos Grupos Reflexivos para Homens Autores de Violência (GRHAV), considerando os impactos dessas práticas no enfrentamento à violência contra as mulheres. Os GRHAV surgiram no Brasil na década de 1990 e alcançaram maior visibilidade a partir da promulgação da Lei Maria da Penha (LMP), em 2006, embora sem obrigação de sua implementação, mas de reconhecida importância como medida protetiva. Em Sergipe, a primeira experiência com grupos reflexivos teve registro em 2012, no município de Lagarto. A presente pesquisa, de abordagem qualitativa, do tipo exploratória e com delineamento de estudo de caso, fundamenta-se na epistemologia feminista, por permitir uma compreensão ampliada das desigualdades e opressões sociais geradas pelos sistemas patriarcal, racista, classista e sexista, em que a violência doméstica é uma das expressões mais perversas. A pesquisa tomou como percurso, o universo constituído por profissionais que atuam com os GRHAV no estado de Sergipe, sendo a amostra composta por duas assistentes sociais, duas psicólogas e uma profissional da área de Educação vinculadas à CIAP. Um roteiro de entrevista semiestruturado foi utilizado para a coleta de dados e contou com o método de análise de conteúdo. Os resultados revelaram que: até junho de 2024, havia 14 grupos reflexivos em funcionamento no estado; a CIAP, desde sua inauguração em 2020 até junho de 2024, atendeu 687 (100%) homens encaminhados pelo sistema de justiça; com base em uma amostra representativa de 169 sujeitos (24,5%), foi identificado um perfil predominante de homens negros, com idade entre 30 e 59 anos, de baixa renda, solteiros e com ensino fundamental incompleto. Concluímos que as profissionais entrevistadas percebem os grupos como espaços importantes, que contribuem para mudanças de comportamento, na medida em que, os participantes passam a compreender que a violência não é um ato natural, mas uma construção social, o que contribui para o reconhecimento dos próprios atos e para a responsabilização. O trabalho desenvolvido pelos GRHAV é compreendido como uma estratégia complementar às medidas legais, contribuindo para a diminuição da reincidência da violência contra mulheres. Embora os grupos representem espaços potentes de deslocamento simbólico, ainda enfrentam limitações diante da complexidade das relações sociais, estruturais e culturais geradoras da violência. O processo de desconstrução de padrões hegemônicos de masculinidade mostra-se complexo e evidencia a necessidade de os grupos reflexivos estarem articulados a políticas públicas mais amplas e intersetoriais.pt_BR
dc.publisher.programPós-Graduação em Serviço Socialpt_BR
dc.subject.cnpqCIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIALpt_BR
dc.publisher.initialsUniversidade Federal de Sergipe (UFS)pt_BR
dc.description.localSão Cristóvãopt_BR
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