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https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/18855
Tipo de Documento: | Trabalhos em Eventos |
Título: | Quem tem direito de se ofender? Branquitude e educação linguística |
Autor(es): | Fukumoto, Alessandra Harumi Bonito |
Data do documento: | Out-2023 |
Resumo: | É fundamental na questão decolonial a compreensão da centralidade da raça na nossa constituição social e, portanto, nas discussões sobre colonialidade, inclusive a linguística. Em uma sociedade construída sobre a ideia de que o branco é superior, a racialização acontece para marcar aqueles que são não-brancos. Quando pensamos em uma educação linguística decolonial, precisamos estar atentos ao fato de que essa construção está nos nossos materiais didáticos, na seleção dos aspectos culturais ou linguísticos dessa língua que serão abordados em sala, nas nossas escolhas didáticas (quando não refletimos criticamente sobre elas). Não ponderar sobre a colonialidade na minha postura docente me faz contribuir para a manutenção desse sistema desumanizador. Se sou parte da branquitude, preciso estar ciente e preparada para o fato de que falar de raça irá, muitas vezes, me causar desconforto, pois a discussão perturba o equilíbrio branco. DiAngelo (2018) denomina “fragilidade branca” esse “meio poderoso de controle racial branco e de proteção das vantagens brancas”. Essa reação acaba, por vezes, impossibilitando o diálogo e servindo de autojustificativa para que pessoas brancas não se engajem nas lutas antirracistas. Mas enquanto algumas pessoas preferem não se envolver ou não se responsabilizar em compreender o próprio papel na luta antirracista, pessoas não brancas não têm essa escolha porque são diariamente confrontadas e ameaçadas em sua existência. A sala de aula de língua pode (e deve) ser uma aliada na luta antirracista, pois a língua é um “poderoso instrumento de controle social” (Bagno, 2007) e, no contato com a outra língua, uma possibilidade de alterar nossas constituições como sujeitos (Coracini, 2003). Para que isso aconteça, precisamos nos questionar e compreender quais são os corpos que têm direito a se ofender e se isentar da luta. |
Palavras-chave: | Educação linguística Decolonialidade Educação antirracista Branquitude |
ISSN: | 2236-2061 |
Parte de : | Anais Eletrônicos do VII Seminário Formação de Professores e Ensino de Língua Inglesa (VII SEFELI), v. 7, 2023 |
Idioma: | por |
Sigla da Instituição: | LINC/UFS |
Citação: | FUKUMOTO, A. H. B. Quem tem direito de se ofender? Branquitude e educação linguística. In: SEMINÁRIO FORMAÇÃO DE PROFESSORES E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA, 7., 2023, São Cristóvão, SE. Anais eletrônicos [...]. São Cristóvão, SE: LINC/UFS, 2023. p. 20-32. |
Licença: | Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0 DEED). Disponível em: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ . |
URI: | https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/18855 |
Aparece nas coleções: | VII Seminário Formação de Professores e Ensino de Língua Inglesa |
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