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https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/21455
Tipo de Documento: | Dissertação |
Título: | O horror e a estética da violência em contos de María Fernanda Ampuero e Mariana Enriquez |
Autor(es): | Botelho, Fábio Farias |
Data do documento: | 24-Jan-2025 |
Orientador: | Gomes, Carlos Magno Santos |
Coorientador: | Sá, Daniel Serravalle de |
Resumo: | Esta pesquisa analisará contos de duas autoras latino-americanas contemporâneas, a equatoriana María Fernanda Ampuero e a argentina Mariana Enriquez, que escrevem narrativas ligadas ao horror literário (estética) como representação do terror social (política). Pretendemos verificar como as violências coloniais, de classe, gênero e seus desdobramentos, são utilizados como elementos temáticos, aliados às questões estruturantes da narrativa ficcional das autoras, como a espacialidade, a monstruosidade e o horror corporal, além de abordagens sobre as perspectivas da memória e do trauma. Em relação ao horror ficcional e a monstruosidade, utilizaremos definições de Cohen (2020), Punter e Byron (2004), Jeha (2007) e Aldana Reyes (2014, 2020), além de discutirmos os conceitos de Carroll (1999) sobre horror artístico. Já em relação a seu desenvolvimento específico na América Latina, seguiremos com Casanova-Vizcaíno e Ordiz (2020). Sobre a importância da espacialidade, partiremos de Brandão (2007) e Bachelard (2000) e chegaremos à casa na literatura feminina de Xavier (2012), que relacionamos ao horror literário. Quanto à violência de gênero e suas consequências, serão utilizadas abordagens de Federici (2017), bem como questões sociais ligadas à herança colonial, como Stolke (2006), Quijano (2014) e Mignolo (2017), além das proposições de Ginzburg (2012, 2017) sobre violência, memória e trauma na literatura. Por meio deste referencial serão realizadas análises intercaladas e paralelas dos contos “Monstros”, de Ampuero, e “A casa de Adela”, de Enriquez, e “Leilão”, de Ampuero e “As coisas que perdemos no fogo”, de Enriquez, sobretudo a partir do processo criativo e de diálogos e intertextos com a história social e das artes. Conclui-se nesse estudo que o horror literário latino-americano tem inovado no uso de distintos elementos estéticos para representar as violências sociais cotidianas, dialogando com o clássico ao mesmo tempo em que inverte algumas abordagens relativas à monstruosidade e ao terror. Além disso, percebemos que o uso destas formas narrativas em autoras latino-americanas representa a atualização das tradições e sua adaptação ao contemporâneo e ao local, de forma a renovar um modelo já consolidado, aproveitando elementos como a sua maleabilidade e o interesse do público pelo horror. |
Abstract: | En esta pesquisa serán analizados cuentos de dos autoras latinoamericanas contemporáneas, la ecuatoriana María Fernanda Ampuero y la argentina Mariana Enriquez, que escriben narrativas de horror literario (estética) como representación de los terrores sociales (política). Pretendimos verificar como las violencias coloniales, de clase, género y sus desdoblamientos, son utilizados como elementos temáticos, aliados a las cuestiones estructurantes de la narrativa ficcional de las autoras, como la espacialidad, la monstruosidad y el horror corporal, además de los abordajes de las perspectivas de la memoria y del trauma. En lo referente al horror ficticio y la monstruosidad, vamos a utilizar las definiciones de Cohen (2020), Punter y Byron (2004), Jeha (2007) y Aldana Reyes (2014, 2020), además, también vamos a discutir los conceptos de Carroll (1999) acerca del horror artístico. Con relación al desarrollo del horror en América Latina, vamos a utilizar Casanova-Vizcaíno y Ordiz (2020). Cuanto a la importancia de la espacialidad, partimos desde los conceptos de Brandão (2007) y Bachelard (2000) hasta llegarmos a la casa en la literatura femenina, de Xavier (2012), que vamos a relacionar al horror literario. Acerca de violencia de género y sus consecuencias, van a ser utilizadas los abordajes de Federici (2017), bien como cuestiones sociales relacionadas con la herencia colonial, como en Stolke (2006), Quijano (2014) y Mignolo (2017), además de las proposiciones de Ginzburg (2012, 2017) sobre la violencia, memoria y el trauma en la literatura. Por intermedio de este referencial serán realizadas análisis intercalados y paralelos de los cuentos “Monstros”, de Ampuero, con “A casa de Adela”, de Enriquez, y “Leilão”, de Ampuero con “As coisas que perdemos no fogo”, de Enriquez, sobre todo a partir del proceso creativo y de los diálogos e inter textos con la historia social y de las artes. Se Concluye que el horror literario latinoamericano tiene innovaciones en la utilización de distintos elementos del horror para representar las violencias sociales cotidianas, dialogando con el clásico del género, al tiempo que invierte abordajes relativos a la monstruosidad y al terror. Además, se percibe que el uso de estas formas narrativas en las autoras latinoamericanas representa una actualización de las tradiciones y su adaptación al contemporáneo y a lo local, de forma a renovar un molde ya consolidado, aprovechando elementos como a su maleabilidad y el interés del público por el horror en las artes. |
Palavras-chave: | Literatura latino-americana Violência contra as mulheres na literatura Contos de terror Violência social Violência de gênero Contos de horror Monstruosidade Literatura latinoamericana Violencia social Violencia de género Cuentos de horror Cuentos Monstruosidad |
área CNPQ: | LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS |
Idioma: | por |
Sigla da Instituição: | Universidade Federal de Sergipe (UFS) |
Programa de Pós-graduação: | Pós-Graduação em Letras |
Citação: | BOTELHO, Fábio Farias. O horror e a estética da violência em contos de María Fernanda Ampuero e Mariana Enriquez. 2025. 133 f. Dissertação (Mestrado em Letras) — Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2025. |
URI: | https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/21455 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Letras |
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