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https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/22609
Tipo de Documento: | Dissertação |
Título: | Para adiar o fim do SUS: estórias de mulheres em (trans)formação na saúde coletiva aracajuana |
Autor(es): | Belfort, Sindaya Rose Carvalho |
Data do documento: | 22-Mai-2025 |
Orientador: | Vasconcelos, Michele de Freitas Faria de |
Resumo: | A mulher, materializada e reificada como educadora e cuidadora, é o substrato básico sobre o qual se dá a trama patriarcal, colonial, capitalista, moderna. No Sistema Único de Saúde (SUS), pelo SUS e com o SUS, mulheres demoram-se sobre as palavras mulher e cuidado, problematizando-as na indissociabilidade entre produção de saúde e subjetividade. Considerando que as mulheres correspondem a 74% da força de trabalho do SUS, ouvimos estórias de mulheres no e do SUS Aracaju em seus protagonismos da produção de saúde e em reinvenção de si, ainda assim, como mulheres cuidadoras. Tendo em conta que a formação nas graduações tende a não preparar profissionais para o SUS, aprendemos com essas estórias de mulheres a importância de reduzir distâncias entre a academia e o cotidiano dos serviços por meio da Educação Permanente em Saúde (EPS), estratégia político-pedagógica que objetiva, em ato, transformar práticas profissionais, fazendo saúde por meio da produção de redes cogeridas de análise e negociação. Esse trabalho busca, assim, cartografar caminhos trilhados por mulheres trabalhadoras e feitoras do SUS Aracaju. Suas memórias, colhidas em rodas de conversação, dizem dos perigos do esquecimento das lutas sociais que vieram antes e deram vasão a implantação de um sistema de saúde para todas e cada uma, dos prejuízos do desmantelamento da Educação Permanente, da precarização dos processos de trabalho como estratégias neoliberais de destruição do SUS como política pública e de coletivos. Para adiar o fim do SUS, contamos estórias como modos de resistência, estórias de atenção e gestão em saúde produzidas no cotidiano dos serviços, incluindo e tensionando diferentes saberes e modos de fazer, num trabalho político-educativo que constitui um território de luta comum pela vida de todas e cada uma, brasileiras. Estar e trabalhar no SUS para estas mulheres significa inventar a si e ao mundo permanentemente, ampliar o olhar, entendendo que produzir saúde envolve olhar no olho das desigualdades sociais brasileiras, numa atitude transdisciplinar que produz abertura a novas sensibilidades. |
Abstract: | The woman, materialized and reified as an educator and caregiver, is the basic substrate on which the patriarchal, colonial, capitalist, modern plot is built. In the Unified Health System (SUS), through the SUS and with the SUS, women dwell on the words woman and care, problematizing them in the inseparability between health production and subjectivity. Considering that women account for 74% of the SUS workforce, we heard stories of women in and from the SUS Aracaju in their leading roles in health production and in reinventing themselves, even as women caregivers. Considering that the undergraduate courses tends not to prepare professionals for the SUS, we learn from these women's stories the importance of reducing distances between the academy and the daily routine of services through Permanent Education in Health (EPS), a political-pedagogical strategy that aims, in action, to transform professional practices, making health through the production of co-managed networks of analysis and negotiation. This work thus seeks to map the paths taken by women workers of the SUS Aracaju. Their memories, collected in conversation circles, speak of the dangers of forgetting the social struggles that came before and produced a health system for each and every one of the losses of dismantling Permanent Education, of the precariousness of work processes as neoliberal bio necropolitical strategies for destroying the SUS as a public and collective policy. To postpone the end of the SUS, we tell stories as modes of resistance, stories of health care and management produced in the daily routine of services, including and tensioning different knowledge and ways of doing, in a political-educational work that constitutes a territory of common struggle for the lives of each and every Brazilian woman. Being and working in the SUS for these women means constantly inventing themselves and the world, broadening their perspective, understanding that producing health involves looking into the eyes of Brazilian social inequalities, in a transdisciplinary attitude that produces openness to new sensibilities. |
Palavras-chave: | Memória Oralidade Mulheres trabalhadoras Sistema Único de Saúde Educação pernamente Saúde Memória coletiva Memory Orality Working women Public health system Permanent health education |
área CNPQ: | CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO |
Idioma: | por |
Sigla da Instituição: | Universidade Federal de Sergipe (UFS) |
Programa de Pós-graduação: | Pós-Graduação em Educação |
Citação: | BELFORT, Sindaya Rose Carvalho. Para adiar o fim do SUS: estórias de mulheres em (trans)formação na saúde coletiva aracajuana. 2025. 97 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2025. |
URI: | https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/22609 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Educação |
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