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Tipo de Documento: Dissertação
Título: Caracterização química e capacidade antioxidante de infusão de mesocarpo (entrecasca) de coco verde (Cocos Nucifera Linn.): perfil de compostos fenólicos e ácidos orgânicos
Título(s) alternativo(s): Chemical characterization and antioxidant capacity of mesocarp infusion (barrel) of green coconut (Cocos Nucifera Linn.): profile of phenolic compounds and organic acids
Autor(es): Santos, Iris Conceição Sampaio
Data do documento: 3-Jul-2021
Orientador: Wartha, Elma Regina Silva de Andrade
Resumo: O uso de cascas e outros resíduos de plantas, incluindo frutas, ao longo de anos tem sido usado na medicina tradicional para tratamento de enfermidades. A casca do coco verde corresponde de 80 a 85% ao peso bruto do fruto e apesar de ser material orgânico, sua decomposição natural é demorada, logo, sem reutilização ou descarte de forma inadequada, torna-se problema ambiental devido ao acúmulo de forma alarmante. Portanto, a utilização desse resíduo para fins medicinais seria uma alternativa salutar. O objetivo deste estudo foi determinar o perfil de compostos fenólicos e ácidos orgânicos em infusão de mesocarpo desidratado de coco verde (Cocos nucifera L.), e avaliar a atividade antioxidante in vitro. Inicialmente, o mesocarpo de coco verde foi separado e submetido à desidratação em estufa de circulação de ar a 40°C, durante 72 horas. Em seguida, foi obtida a infusão para análises subsequentes. O mesocarpo (entrecasca) de coco verde foi caracterizado físico-quimicamente (atividade de água - aw, ºbrix, cinzas, pH, umidade e acidez) e, identificados ácidos orgânicos por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Foram quantificados compostos fenólicos totais, usando reagente Folin Ciocalteau, e flavonoides totais na infusão obtida do mesocarpo desidratado e, determinado o perfil de ácidos fenólicos e flavonoides por CLAE, os resultados foram expressos em mg de equivalente de ácido gálico (EAG) e de quercetina (EQ) por grama de base seca (BS), respectivamente. Por fim, a atividade antioxidante da infusão foi avaliada em diferentes métodos in vitro por espectrofotometria (varredura do radical DPPH, captação do radical ABTS, capacidade redutora de íon férrico – FRAP e capacidade de absorção de radicais de oxigênio – ORAC). Na caracterização físico-química do mesocarpo de coco verde in natura foram encontrados os seguintes resultados: aw 0,33; ºbrix 42,33; umidade 8,64%; cinzas 5,12%; pH 5,2 e acidez 9,13%. Dentre os ácidos orgânicos foram identificados ainda no mesocarpo, ácido oxálico (27,3 mg); ácido quínico (75,3 mg); ácido cítrico (4,0 mg); ácido fumárico (0,5mg) e ácido succínico (1,5mg). Para a infusão obtida do mesocarpo desidratado de coco verde, os fenólicos totais corresponderam a 55,5 mg EAG/g BS e flavonoides, 35,3 mg EQ/g BS. Foi identificado um único flavonoide, a epigalocatequina galato. A infusão de coco verde apresentou atividade antioxidante, consistindo em 50,29 ± 0,75 μM TE /100g para a redução do radical DPPH, 229,71 ± 5,41 μM TE/100g para captação do radical ABTS, 126,16 ± 24,55 μM TE /100g no FRAP e 247,71 ± 14,54 μM TE /100g no ORAC. Os compostos fenólicos encontrados possivelmente podem atribuir à infusão do coco verde desidratado ações terapêuticas importantes. A presença de ácidos orgânicos no mesocarpo pode propiciar boa influência na palatabilidade da infusão, podendo ser fonte alternativa efetiva e econômica de antioxidante natural. A reutilização de entrecasca (resíduo) do coco atenua o impacto ambiental causado. Entretanto, estudos in vivo fazem-se necessários para comprovar a real eficácia da infusão do mesocarpo do coco verde em doenças de distúrbios intestinais, a exemplo da diarreia, bem como a avaliar se existe toxicidade por ser parte do fruto considerada não comestível.
Abstract: The use of bark and other plant residues, including fruits, for years has been used in traditional medicine to treat diseases. The green coconut husk corresponds from 80 to 85% of the gross weight of the fruit and despite being organic material, its natural decomposition takes time, so without reuse or improper disposal, it becomes an environmental problem due to the alarming accumulation. Therefore, the use of this residue for medicinal purposes would be a healthy alternative. The aim of this study was to determine the profile of phenolic compounds and organic acids in infusion of dehydrated mesocarp of green coconut (Cocos nucifera), and to evaluate the antioxidant activity in vitro. Initially, the green coconut mesocarp was separated and subjected to dehydration in an air circulation oven at 40°C for 72 hours. Then, the infusion was obtained for subsequent analyses. The mesocarp (core) of green coconut was characterized physicochemically (water activity - aw, ºbrix, ash, pH, moisture and acidity) and organic acids identified by high performance liquid chromatography (HPLC). Total phenolic compounds were quantified, using Folin Ciocalteau reagent, and total flavonoids in the infusion obtained from the dehydrated mesocarp and, having determined the profile of phenolic acids and flavonoids by HPLC, the results were expressed in mg of gallic acid equivalent (GAE) and quercetin (EQ) per gram of dry basis (BS), respectively. Finally, the antioxidant activity of the infusion was evaluated in different in vitro methods by spectrophotometry (DPPH radical scavenging, ABTS radical uptake, ferric ion reducing capacity - FRAP and oxygen radical absorbing capacity - ORAC). In the physical-chemical characterization of fresh green coconut mesocarp, the following results were found: aw 0.33; ºbrix 42.33; humidity 8.64%; ash 5.12%; pH 5.2 and acidity 9.13%. Among the organic acids were still identified in the mesocarp, oxalic acid (27.3 mg); quinic acid (75.3 mg); citric acid (4.0 mg); fumaric acid (0.5mg) and succinic acid (1.5mg). For the infusion obtained from dehydrated green coconut mesocarp, the total phenolics corresponded to 55.5 mg EAG/g BS and flavonoids, 35.3 mg EQ/g BS. A single flavonoid, epigallocatechin gallate, was identified. The green coconut infusion showed antioxidant activity, consisting of 50.29 ± 0.75 μM TE /100g for DPPH radical reduction, 229.71 ± 5.41 μM TE/100g for ABTS radical uptake, 126.16 ± 24.55 μM TE /100g in FRAP and 247.71 ± 14.54 μM TE /100g in ORAC. The phenolic compounds found could possibly attribute important therapeutic actions to the infusion of dehydrated green coconut. The presence of organic acids in the mesocarp can provide a good influence on the palatability of the infusion, and can be an effective and economical alternative source of natural antioxidant. The reuse of coconut husk (waste) mitigates the environmental impact caused. However, in vivo studies are necessary to prove the real effectiveness of the infusion of green coconut mesocarp in diseases of intestinal disorders, such as diarrhea, as well as to assess whether there is toxicity as part of the fruit is considered inedible.
Palavras-chave: Coco
Medicina popular
Antioxidantes
Flavonóides
Impacto ambiental
Entrecasca de coco verde
Infusão
Ácidos fenólicos
Green coconut shell
Infusion
Phenolic acid
Flavonoid
Antioxidant
área CNPQ: CIENCIAS AGRARIAS::CIENCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
Idioma: por
Sigla da Instituição: Universidade Federal de Sergipe
Programa de Pós-graduação: Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Citação: SANTOS, Iris Conceição Sampaio. Caracterização química e capacidade antioxidante de infusão de mesocarpo (entrecasca) de coco verde (Cocos Nucifera Linn.): perfil de compostos fenólicos e ácidos orgânicos. 2021. 60 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2021.
URI: http://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/16193
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos

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